sexta-feira, 30 de novembro de 2007

FOFOCAS, CALÚNIAS, DIFAMAÇÕES E MENTIRAS

Fofocas, Calúnias, Difamações e Mentiras
“Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente.” 1 Pd 3:10 O sentimento maior que deve existir em nossa vida é o amor a Deus (“Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.” Mt 22.37). Quando O amamos verdadeiramente, somos constrangidos pelo Espírito Santo a uma vida de santidade e pureza, os frutos produzidos são dignos de honra e capaz de revelar ao próximo a comunhão que possuímos com o Eterno, nestas vidas está o prazer do Senhor; são abençoadas e bem-sucedidas, transbordante do poder de Deus, cheias de autoridade e capacitadas a pisarem sobre a cabeça do inimigo; são vitoriosas! De suas bocas procedem as palavras que edificam e abençoam.Oh Senhor! Quão lamentável é enxergarmos dentro de muitas igrejas, que o amor já se apagou por completo nos corações; e, levados por toda sorte de desejos produzidos pela carne, tornaram-se frios e desprovidos de misericórdia, duros como a pedra. Com as palavras tocam no próximo promovendo a desarmonia. É o velho homem que renasce com muita força, repleto de antigos sentimentos que são comuns aos filhos das trevas. As conseqüências são as brechas abertas nos “muros” que protegem o povo de Deus, possibilitando a ação do inimigo.Nesta mensagem quero abordar quatro aspectos do uso inconseqüente da língua, são eles:
1-Fofoca; 2- Calunia; 3- Difamação e 4- Mentira.
Devemos fazer uma profunda reflexão sobre como temos usado a língua, a usamos para bem ou para o mal? Se o uso não é bênção, necessitamos rever o nosso proceder e nos empenharmos num processo de mudança, com o fim de moldar nosso agir, tomando a forma do Senhor Jesus e imitando-O. A santidade deve envolver todo o ser, inclusive o falar.
1 - Fofoca / Mexerico (intriga, bisbilhotice). Quão lamentável, mas este mal está dentro das igrejas, numa freqüência muito maior do que imaginamos. É o “disse que me disse”, que tem levados muitos a servirem aos propósitos maléficos, verdadeiros instrumentos do diabo. Queridos irmãos, vigie o vosso falar, para que não incorram no erro e sejam considerados por todos como fofoqueiros e indignos de confiança. Não fale mal dos irmãos e ou dos líderes. Esta prática é condenada pelo Senhor em Sua palavra, veja os textos abaixo.Lv 19:16 “Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo teu próximo. Eu sou o SENHOR.”Pv 11:13 “O mexeriqueiro descobre o segredo, mas o fiel de espírito o encobre.”Pv 20:19 “O mexeriqueiro revela o segredo; portanto, não te metas com quem muito abre os lábios.”1 Tm 6:20 “E tu... evitando os falatórios inúteis...”2 Tm 2:16 “Evita, igualmente, os falatórios inúteis e profanos, pois os que deles usam passarão a impiedade ainda maior...”Tg 1.26 “Alguém está pensando que é religioso? Se não souber controlar a língua, a sua religião não vale nada, e ele está enganando a si mesmo.”
2 - Calúnia (Falsa imputação (a alguém) de um fato definido como crime. Mentira, falsidade, invenção.)Meu Senhor! Infelizmente esta prática é relativamente comum dentro do arraial, frutificando a desarmonia e uma série de conseqüência, através das quais o corpo é enfraquecido e o inimigo exaltado. Povo de Deus é tempo de estarem vivendo em Espírito, e não permitam que as más ações encontrem terreno propício e finque raízes. Se tens alguma queixa contra outrem, seja espiritual e procure a pessoa, numa conversa franca e ungida resolva as pendências. Não permita que o diabo use da ocasião para afastá-lo da comunhão com o Eterno. 2Tm 3.1-3 “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas... desafeiçoados... caluniadores...”Tt 3. 2 “Aconselhe que não falem mal de ninguém, mas que sejam calmos e pacíficos e tratem todos com educação.”Sl 50. 20 “Estão sempre acusando os seus irmãos e espalhando calúnias a respeito deles.”3 - Difamar (Tirar a boa fama ou o crédito a; desacreditar publicamente; infamar, detrair; Imputar a (alguém) um fato concreto e circunstanciado, ofensivo de sua reputação, conquanto não definido como crime. Falar mal; detrair)O ato de difamar, lamentavelmente, é visível entre os crentes. A satisfação de muitos é observar a vida alheia e destacar os erros, é prazeroso para estes falar da vida do próximo. Falam do pastor, dos presbíteros, diáconos, dos irmãos mais simples, bem como, dos que são afortunados; falam também dos políticos, do patrão e muitos mais. Enfim, tudo é motivo para apontar e falar. Estes semeiam a discórdia entre irmãos e são dignos de condenação eterna. Irmão tens queixa contra o pastor? Converse com ele, em muitos casos o problema está numa má interpretação de alguma ação; haja assim para com todos os irmãos. Pastores amados, não use o púlpito para tocar numa vida, se tens alguma queixa, sente-se com ela e converse como espirituais que devem ser. 2Tm 3.1-5 “Nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.”Tg 4.11 “Meus irmãos, não falem mal uns dos outros.”1Pe 2.1 “Portanto, abandonem tudo o que é mau, toda mentira, fingimento, inveja e críticas injustas.”Sl 101.5 “Destruirei aqueles que falam mal dos outros pelas costas...”Pv 16:28 “O homem... difamador separa os maiores amigos.”4 - Mentira (Afirmar coisa que sabe ser contrária à verdade)O velho pecado da mentira está muito atuante entre os aqueles que se professam crentes em Deus. O diabo tem plantado a idéia que é muito mais fácil falar inverdades, a fazer uso da palavra reta. A sociedade atual tem a mentira como uma necessidade no dia-a-dia, nós como servos jamais devemos compactuar com esta visão distorcida implantada pelo diabo. Nossa palavra deve ser sempre verdadeira, esta condição se aplica em todos os aspectos da vida; seja profissional, pessoal e ou religioso. Há um conceito errôneo que a mentira tem tamanho, mas, para o povo de Deus seja qual for o tamanho, constitui-se em pecado, passível, portanto de condenação.As advertências deixadas por Deus na Bíblia quanto a este pecado são claríssimas, portanto, injustificável o seu uso, veja:
Sl 34.13 “Então procurem não dizer coisas más e não contem mentiras.”Sl 52:3 “Amas o mal antes que o bem; preferes mentir a falar retamente.”Pv 14:5 “A testemunha verdadeira não mente, mas a falsa se desboca em mentiras.”João 8:44 “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.”Ef 4:25 “Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros.”1Pe 3.10 “Como dizem as Escrituras Sagradas: “Quem quiser gozar a vida e ter dias felizes não fale coisas más e não conte mentiras.”Irmãos amados a finalidade desta mensagem não é acusar e tão pouco julgar, sim, um instrumento usado pelo Espírito Santo para falar a muitos corações que por inobservância dos preceitos bíblicos se deixa levar pelas coisas aparentes desta vida. Afinal, fomos resgatados das trevas para a luz, a fim de sermos servos puros e santos.1Jo 3:8 “Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo.”

terça-feira, 27 de novembro de 2007

RETROCEDER...JAMAIS !

Retroceder... Jamais!
“O meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma.” (Hb 10.38,39)
Irmãos, nós não somos gente que volta atrás e se perde. Pelo contrário, temos fé e somos salvos. A fé é a certeza de que vamos receber as coisas que esperamos e a prova de que existem coisas que não podemos ver.
O meu coração transborda de alegria quando “ouço” o Espírito de Deus falar através da Bíblia Sagrada, palavras tão poderosas que enche o meu ser de fé e esperança para prosseguir na busca contínua por uma vida de comunhão profunda com o Eterno. É meu prazer procurar servi-Lo da melhor forma possível, em santidade; ciente que fui separado para ser diferente e não compartilhar dos mesmos princípios, alegrias, objetivos e idéias comuns aos demais homens.
É preciso que tenhamos em mente a certeza que somos do Senhor e jamais retroceder em nossa fé, seja qual for o motivo e ou razão. As dificuldades (financeiras, pessoais, sociais, etc.) são comuns àqueles que atravessam os desertos desta vida, no entanto, são totalmente superáveis. Os exemplos de vitórias estão na Bíblia; todos aqueles servos foram “testados” ao extremo, porém, preferiram abrir mão da própria vida a negarem o Senhor, que os levantou e os encheu com o Espírito Santo. É possível ainda, encontramos dentro das igrejas, homens e mulheres que alicerçados na Rocha Verdadeira, são fortalezas inabaláveis; muitos destes, são “irmãozinhos” que não estão em destaque, passam praticamente desapercebidos, no entanto, são vidas cheias do poder de Deus e que O conhecem profundamente e desenvolvem uma vida de comunhão intima; ao conversarmos com eles, somos edificados e alimentados.
Mas, muitos retrocedem!
As dificuldades do deserto, o calor, a sede, saudades das “panelas de carne” são motivos que levam muitos a desistirem da caminhada em direção à Canaã; o coração está cheio das lembranças do Egito que os levam a retroceder. Negam o Senhor Deus e o seu amor dedicado à suas vidas.
Retrocedem, quando depositam seus corações na busca desenfreada pelo dinheiro, e bem-estar pessoal.Retrocedem, ao desejarem viver as práticas comuns aos ímpios.
Retrocedem, quando se deixam levar por relacionamentos “impuros”, pela sexualidade louca desta terra e prazeres decorrente de tais práticas.
Retrocedem, quando nestes dias de campanha política, se envolvem profundamente agindo segundo os homens desta terra, enchendo o coração de ilusões e proferindo palavras que destoam dos ensinamentos do Eterno Senhor.
Retrocedem, quando permitem que a incredulidade entre na vida e construa seus alicerces.
Retrocedem, quando os frutos comuns aos homens que não conhecem a Deus, são manifestos no agir.
Retrocedem, quando a vida torna-se morna, fria, apática. Coração fechado para o Senhor.
Retrocedem, quando as portas são abertas e os problemas desta vida, tomam o primeiro lugar no coração.
Retrocedem, quando a oração foi abandonada, a Palavra deixa de ser sinônimo de alimento e viver em santidade uma condição facultativa.
Retrocedem, quando da boca jorram águas amargas.
Irmãos amados é tempo de mostrarmos a força que o Espírito de Deus nos concede, marchando com firmeza em direção à pátria celeste. “...Somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma.” Assim, seremos vencedores e pisaremos sobre a cabeça de nosso inimigo.

O SERVO DE DEUS E A POLÍTICA

O Servo e a Política
O cristão, enquanto vive como “forasteiro” nesta terra, precisa enquadrar-se nas leis que rege a nação e cumpri-las, com um bom patriota (2Sm 10.12; Sl 137.1; Is 66.10). Isto é bom diante dos homens e agradável a Deus. Os Deveres Civis (Conjunto de normas reguladoras dos direitos e obrigações de ordem privada atinentes às pessoas, aos bens e às suas relações.) se aplicam a todos os cidadãos, independente de sua cor, religião ou situação financeira. Encontra-se na Bíblia o Senhor determinando a seus servos a necessidade de serem bons cidadãos, cumpridores das normas instituídas pelos governos.“Todo aquele que não observar a lei do teu Deus e a lei do rei...” Ed 7.26“Observa o mandamento do rei...” Ec 8.2“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores...” Rm 13.1-7“Se sujeitem aos que governam, às autoridades.” Tt 3.1,2“Sujeitai-vos a toda instituição humana... quer seja o rei como soberano...” 1Pe 2.14,14
Não há dúvida quanto à necessidade de vivermos em submissão aos nossos governantes e honrá-los com nossas atitudes; porém, freqüentemente depara-se com cristãos insatisfeitos com os governantes (vereadores, prefeitos, deputados, senadores, presidente) e sobre eles tecem comentários terríveis, desonrando-os com conversas e afirmações que em sua essência, são comuns aos homens naturais. Em lugar algum, encontra-se o Todo Poderoso permitindo que seus filhos se levantem contra as autoridades constituídas, pelo contrário, a ordenação é que deve-se honrá-los.“Não amaldiçoarás o príncipe do teu povo.” Ex 22.28“Não amaldiçoes o rei.” Ec 10.20“A autoridade é ministro de Deus para teu bem... a quem respeito, respeito; a quem honra, honra.” Rm 13.4,7“Tratai a todos com honra, amai aos irmãos, temei a Deus, honrai ao rei.” 1Pe 2.17
É bom servimos a Deus, mas, isto implica em sermos exemplos em todas as questões. Jamais se deve assemelhar aos homens deste mundo em seus costumes e praticas notoriamente contrárias aos princípios deixados pelo Rei dos reis aos seus súditos.
Todo cidadão brasileiro é agraciado pela constituição federal com o Direito Político (O que tem por objeto as faculdades concedidas, e deveres impostos aos cidadãos, como, por exemplo, votar, ser votado, exercer cargo público), que concede a todos, igualdade para pleitear cargos eletivos, votar e ser votado.
É lamentável, mas, em anos eletivos, muitas igrejas se corrompem, perdendo de vista os seus objetivos primeiros: Servir a Deus! E deixa-se levar pela política, envolvendo-se e comprometendo-se vergonhosamente. Sãos pastores e líderes eclesiais que literalmente “vendem” o direito do cidadão por migalhas e chegam ao cumulo do absurdo de levar em muitos casos homens ímpios aos seus púlpitos, para que exponha suas plataformas de “governo” mentirosas e enganadoras, com fim apenas eleitoreiro. É uma louca inversão de valores.
O homem que vive segundo o coração de Deus, jamais deve aproveitar-se dos políticos e numa troca, receber qualquer beneficio pelo seu voto. Note que em todo ano eleitoral aparecem muitos com um belo discurso, sempre dispostos a ajudar; são cestas básicas, tratamento de saúde, e outras ofertas pelo seu voto. O servo deve ser consciente o suficiente para não se vender.
É errado o Servo de Deus candidatar-se a cargos públicos? Creio que não seja. Na Bíblia encontra-se vários servos que foram políticos e exerceram cargos públicos (Davi, Salomão, etc.). Mas, entendo que em tais situações a vontade “literal” de Deus deve vir em primeiro lugar. É preciso que o Senhor seja consultado e que seja ouvido!
Político no Brasil está associado às pessoas que não agem de boa fé. É triste, vermos como tratam o dinheiro público, as muitas notícias de desvios e malversações de verbas, veiculadas na mídia são estarrecedora. O homem que conhece a Deus deve ser diferente, pagar o preço de ser um político que saiba honrar o compromisso com o Salvador e viver em honestidade (Pv 11.11; 14.34 e 16.12).
A posição da igreja deve ser de total independência em relação aos políticos. Devem ser encarados como líderes políticos, jamais, como líderes da igreja do Senhor. É impossível que haja vitórias e o mover soberano do Espírito Santo numa igreja, na qual, a política está infiltrada.
Amados, a Igreja do Senhor, não necessita de esmolas dadas por políticos (concessão de TV, rádio; terrenos; doações financeiras, etc.); os meios, jamais justificam o fim. É inconcebível, a igreja ser beneficiadas, por homens que de uma forma não convencional adquirem recursos e os repassam.
Pastores, presbíteros, diáconos, povo de Deus!Não se deixem envolver por homens, que visando votos, prometem maravilhas. A igreja é o povo de Deus, e por Ele devem ser conduzidos. Orem, busquem do Senhor a orientação para o voto certo; ouça a Sua voz, através de seus profetas e honrem a Sua vontade.Não se corrompa com o ouro e a prata!
Elias R. de Oliveira

domingo, 25 de novembro de 2007

APOCALIPSE NO BRASIL

Apocalipse no Brasil
Apocalipse no Brasil
Julio Severo
Quando se lê o Apocalipse, o último livro da Bíblia, percebe-se dois pontos principais: um governo mundial de natureza demoníaca e o Anticristo ocupando papel central nesse governo.
Esse governo já existe? Há algum modo de podermos avaliar a presença do espírito do Anticristo em nossa época?
O tipo de governo exposto em Apocalipse será sedutor e dominador, invadindo a privacidade dos cidadãos e suprimindo sua liberdade de viver conforme os mandamentos de Deus.
Quando se lê Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, vê-se que no Jardim do Éden a serpente enganadora tentou o primeiro casal com promessas que acabaram em destruição. No governo mundial, ela seduzirá todos os cidadãos com suas promessas que acabarão igualmente em destruição. Como todos os governos assistencialistas modernos, o governo do Anticristo prometerá suprir tudo, oferecendo saúde, educação e emprego para os cidadãos. Mas por trás da nova sedução está a antiga serpente.
Se não fosse pela revelação profética de Deus no livro de Apocalipse, o governo mundial, com suas ilusões, surgiria sem que ninguém se preocupasse com seus perigos ou mesmo percebesse sua chegada. Graças ao poder profético da Palavra de Deus, nenhum governo mundial ou local tem chance de enganar o seguidor de Cristo que se mantém em vigilância e oração incessante.
Um governo dirigido pelo Anticristo é, como a própria palavra diz, um governo contra Cristo e seus valores. Cristo é a libertação do pecado, da doença e da morte. Ele veio para trazer vida em abundância.
O Anticristo tem uma missão contrária. Ele representa a escravidão ao pecado, à doença e à morte. Ele vem para trazer morte em abundância.
Se o Anticristo governará o mundo inteiro, então é evidente que o Brasil também sofrerá sua influência. Há sinais claros de que essa influência já começou:
1. Morte em abundância: O Estado e o aborto. Esforços feministas, com apoio do governo e entidades estrangeiras, para implementar e ampliar políticas de aborto, tratando-o como questão de saúde pública, em vez de questão criminal. A antiga serpente da sedução venda os olhos dos legisladores e da sociedade, para que em vez de verem e respeitarem o valor da vida humana inocente, vejam e respeitem a vontade de uma minoria que tem sede de sangue. Nos bastidores espirituais, o derramamento de sangue inocente através do aborto legalizado garante o aumento da atividade satânica na sociedade. Por meio de suas políticas de aborto, o Estado anticristão e antivida serve a políticas satânicas onde o sacrifício dos inocentes é essencial para abrir as portas da sociedade para que os demônios façam invasões em todas as esferas.
2. Escravidão ao pecado sexual: O Estado e o homossexualismo. O homossexualismo e outras relações deliberadamente estéreis são a negação do papel criativo que Deus deu ao relacionamento sexual. Deus criou o primeiro casal como modelo da vida sexual fundamental entre homem e mulher, e lhe deu o primeiro mandamento: Crescer e frutificar. Nas novas ofertas e tentações da antiga serpente, o menu sexual apoiado e promovido pelo Estado agora inclui homossexualismo e outras perversões. Contrariando o projeto de Deus, não é possível criar nova vida através dessas uniões.
3. Escravidão à bruxaria: O Estado e as religiões sincréticas afro-brasileiras. O Estado ocupa ilegitimamente agora a função de protetor da bruxaria, distanciando-se dos valores cristãos sob o pretexto de ser um Estado laico, mas promovendo idéias de bruxaria, sob a desculpa de valorização da “cultura” dos afro-descendentes. Resultado: as religiões sincréticas afro-brasileiras estão começando a experimentar aumento depois da intervenção estatal de proteção às suas práticas.
4. Preconceito aos valores morais da Palavra de Deus: O Estado e os cristãos. O Estado, que foi criado por Deus para ocupar o papel de repressor da criminalidade e dos criminosos assume agora, cada vez mais, a função de repressor dos cidadãos bons que discordam de suas políticas de aborto, homossexualismo e proteção à bruxaria. Quem não aceita o aborto é classificado como machista contra os direitos das mulheres. Quem se opõe ao homossexualismo é tratado como criminoso homofóbico. E quem não respeita as religiões sincréticas afro-brasileiras é condenado como racista e preconceituoso.
Quando os crimes e pecados se tornam direitos, os bons acabam se tornando vítimas de cruéis criminalizações. O resultado é que enquanto o Estado ocupa cada vez mais o seu tempo e nosso dinheiro na perseguição aos bons cidadãos e criminalizando os bons valores, os assassinos, os estupradores e outros criminosos ficam mais a vontade para cometer seus crimes.
Dá para duvidar que o governo do Anticristo já não está se manifestando no Brasil?

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

PRESERVEM A UNIDADE

Preservem a Unidade
de Karen Alexander

Eu adoro diversidade. Na verdade, eu fico maravilhada diante da diversidade e louvo a Deus por isto. Nada me faz elogiar Deus mais que a mudança das estações: a primeira manhã fresquinha do outono, a ressurreição anual da primavera, a primeira tarde quente do verão, a mordida da frieza do inverno. Como uma criança, freqüentei muitas vezes o jardim zoológico. Uma das minhas diversões favoritas foi achar o maior número possível de penas de cores diferentes. Azul brilhante, azul claro, turquesa, vermelho, marrom, preto, laranja, verde brilhante - elas estavam todas lá. A maravilha da atenção de Deus em detalhes me emocionava ainda naquela idade. Eu senti o mesmo senso de incredulidade alguns anos atrás, quando mergulhei em águas caribenhas, entre milhares de peixe decorados na ordem mais surpreendente de cores e desenhos.


Mas nem tudo sobre diversidade faz nossas almas cantarem. Diversidade às vezes destrói nossas rotinas, nos confunde, e nos desafia. Em relação a pessoas, enquanto uma celebra a diversidade, por outra é visto como completamente inconstante, ou até incômodo.
Então, o que devemos fazer? Será que devemos comemorar o caráter curioso ou ficar frustrados pelas figuras inconstantes em nossas vidas? Pessoas lutam com essa mesma pergunta há séculos. Até o apóstolo Paulo, enquanto trabalhou em conjunto com os santos espalhados pelo império romano, se esforçou para manter os cristãos trabalhando de forma contente ao invés de contenciosos. Lembra de Evódia e Síntique em Filipos? Será que alguém pode ajudar essas irmãs a se entenderem, Paulo implorou na sua carta à igreja lá. O problema é mais que um mero incômodo. Aos Coríntios, ele escreveu, "Irmãos, não lhes pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a crianças em Cristo. ... Porque, visto que há inveja e divisão entre vocês, não estão sendo carnais e agindo como mundanos?" (1 Cor 3:1-3)
Em verdade, nós todos somos totalmente diferentes. Nós não parecemos iguais, não agimos igual, e nem pensamos igual. Nós somos movidos por emoções diferentes, sentimentos, ambições, necessidades, e alvos diferentes. Nós temos habilidades diferentes, talentos, níveis de inteligência, e presentes espirituais diversos. Ainda assim, é esperado que iremos agir e funcionar como um corpo na igreja.
A tarefa poderia não ser tão difícil se nós verdadeiramente acreditássemos que nós éramos aquele o corpo - Cristo. Quando Deus glorificou Jesus, ele pôs todas as coisas debaixo dele e O designou como cabeça da Igreja, que é o corpo dele, a plenitude dele que enche tudo em todos os sentidos. (Efé. 1:22) A carta aos Efésios implora para que o leitor compreenda este fato: a igreja é o Cristo, 100% reconstituído. Ser uma parte da igreja é fazer parte de um ser, Jesus. Efésios 1:9-10 diz que era o plano de Deus criar unidade trazendo todas as coisas no céu e na terra juntas debaixo de uma cabeça, o próprio Cristo. "O objetivo dele era criar em si mesmo, dos dois, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliar com Deus os dois em um corpo, por meio da cruz, pela qual ele destruiu a inimizade." (Efé. 2:15-16)
Quem ousaria arruinar o plano de Deus? Nós ousamos. Cada vez que nós nos separamos um do outro, cada vez que brigamos e discutimos, fofocamos, e recusamos perdoar, nós testemunhamos que nós não entendemos o propósito de Deus em Cristo. Deus criou a nossa unidade. Nós não precisamos lutar para entender como podemos alcançar a unidade; nós temos que nos render a ela. Paulo escreveu, "Façam todo o esforço para preservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz." (Efé. 4:3). Preservem a unidade.
Carros novos vêm com garantias que requerem um calendário de manutenção específico porque as concessionárias sabem que só um veículo em manutenção correta funcionará como deve. A igreja não é diferente. Ela também requer manutenção, e aquela manutenção requer que cada membro ceda sua própria vontade à vontade única de Cristo. Se o mundo precisa de qualquer coisa hoje, ele precisa conhecer a abundância de Cristo através do testemunho consistente e poderoso do corpo dele, a igreja.
Você está cumprindo o ritmo da sua agenda de manutenção? Como você está mantendo seus relacionamentos dentro da igreja, o veículo de nossa paz? O mundo está assistindo. O que é que eles vêem?

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

COLOSSENSES PARTE 1

Colossenses 2:16-23 – Exegese e Aplicação
de Dennis Downing
Parte I – Introdução e Exegese (Col 2:16-17)
A questão do Cristão participar ou não em certas festas, comemorações e celebrações como Páscoa, Natal, Ano Novo, Pentecostes, Festas Juninas e outras, tem causado polêmica ou controvérsia entre discípulos de Jesus. Alguns se preocupam que, se forem adotadas pela igreja ou se Cristãos nelas participarem, poderiam levar a sérios danos para a vida da igreja e dos seguidores de Jesus. Buscaremos saber até que ponto a igreja pode se envolver dentro dos padrões culturais sem se comprometer espiritualmente. Neste estudo também veremos algumas diretrizes bíblicas em relação a como tratar assuntos que tem o potencial de dividir Cristãos, mas, que, por sua natureza não envolvem questões centrais da fé Cristã.
Na nossa abordagem pretendemos analisar esta questão em duas partes. Primeiramente, analisaremos como foram tratadas as questões de festas, celebrações, comemorações, e etc. no NT. Nesta parte tentaremos responder a dúvidas como:
1. Os primeiros Cristãos comemoraram ou guardaram algumas datas ou festas específicas?2. A Bíblia condena claramente datas especiais ou comemorações dentro da igreja local, ou na vida pessoal do Cristão? 3. A Bíblia nos dá uma luz ou alguns princípios em relação à comemoração de datas ou celebrações no calendário da igreja? 4. Como foi tratada a questão de diferença de opinião ou de questões de consciência quanto a festas, comemorações, etc.?
Na segunda parte vamos tentar aplicar os fundamentos bíblicos à nossa realidade atual. Tentaremos lançar alguns princípios sobre como podem ser resolvidos diferenças entre os irmãos em relação à questão de celebrações, comemorações e datas especiais dentro da igreja e no nível particular entre os irmãos. Procuraremos responder às seguintes dúvidas:
1. Existe alguma proibição bíblica que impede alguma congregação ou o Cristão em particular de comemorar ou guardar datas como Páscoa, Natal, Ano Novo, etc. 2. Como deve ser tratada a questão de festas ou comemorações que alguns gostariam de comemorar e outros não? 3. Como devemos lidar com controvérsias a respeito de datas especiais na igreja? 4. Qual o tratamento ou comportamento adequado quando enfrentamos questões de consciência em relação a datas e comemorações especiais?
Para começar, vamos analisar uma passagem em que a questão de guardar ou não certas datas foi tratada diretamente.
Colossenses 2:16-23 - Exegese
Contexto HistóricoO apóstolo Paulo, autor da epístola, provavelmente estava em Roma, entre os anos 60-61 no tempo de seu aprisionamento (Col 4:10, veja também At 28:30; Fil 1:23).[1] Embora não conhecendo a igreja lá (Col. 2:1), Paulo recebeu notícias de Epafras, membro da igreja em Colossos. Epafras possivelmente foi o Cristão ou um dos Cristãos que começaram a igreja em Colossos (Col. 1:7-9; 4:12).
Certas pessoas estavam ensinando e persuadindo os irmãos em Colossos a se submeterem a ordenanças na forma de imposições e proibições que não existem no Evangelho. Estas pessoas não são identificadas pessoalmente. Mas, é provável que foram líderes, pelo menos mestres e professores.[2] Podemos concluir isso baseado nas referências sobre “sabedoria” e “conhecimento” e “raciocínios” (2:3, 4), Estes poderiam ser da igreja em Colossos ou de outras congregações. É grande a possibilidade de que eram líderes de Laodicéia, pois Paulo manda que esta carta seja lida na congregação de lá e que a carta que ele havia enviado para lá seja lida na igreja em Colossos (Col. 4:16).
Contexto LiterárioQuatro das últimas obras de Paulo já foram agrupadas como “Epístolas da Prisão”, pois os indícios são fortes de que Paulo já estava preso em Roma, ou pela primeira, ou pela segunda vez. Estas epístolas são: Efésios, Colossenses, Filipenses e Filemom. As mesmas pessoas são mencionadas entre as epístolas (Epafras é mencionado em Colossenses e Filemom, bem como Onésimo é mencionado nas duas epístolas. Timóteo é mencionado em Filipenses, Colossenses e Filemom.). Há também referências à prisão (Efé 3:1; 4:1; Col 4:10; Filemom 1:1, 9) e cadeias (Efé 6:20; Fil 1:7, 13,14,17; Col 4:3; 4:18; Filemom 1:10,13) em todas as quatro obras. Nesta carta, como em Romanos, Gálatas e de certa forma Efésios, Paulo está lidando com problemas de legalismo com fundamento em certas tradições judaicas.
Conteúdo, Ênfase e IntroduçãoEsta epístola exorta os novos Cristãos em Colossos a continuarem na verdade de Cristo já recebida. Ao mesmo tempo, Paulo alerta os Cristãos contra tradições e crenças religiosas que ameaçam a pureza do Evangelho e a suficiência de Cristo.
A epístola enfatiza a suficiência de Jesus Cristo como filho de Deus e como nosso Salvador. O argumento de Paulo é que preceitos e tradições humanos não têm valor para a santificação ou salvação. Paulo mostra como estas formas de falsa “sabedoria” tentam substituir o papel de Cristo na nossa transformação e salvação. É importante salientar que tanto imposições como proibições baseadas em preceitos humanos ameaçam o fundamento da nossa justificação diante de Deus, que é Jesus Cristo.
No começo da carta, depois das saudações e agradecimento pela fé dos irmãos em Colossos, e menção das suas orações por eles, Paulo logo começa a falar da grandeza de Cristo. Ele é O Agente de Deus na criação, Cabeça da Igreja e Reconciliador de todos por meio da cruz. Paulo fala do seu ministério e sua preocupação para com os irmãos Colossenses. No segundo capítulo Paulo vai alternando entre referências à controvérsia em Colossos e à suficiência e a supremacia de Cristo em tudo. A partir de v. 16 Paulo começa a falar especificamente sobre a causa dos erros ameaçando a fé dos Colossenses.
Colossenses 2:16-23 (ARA) 16 Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, 17 porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo. 18 Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal, 19 e não retendo a cabeça, da qual todo o corpo, suprido e bem vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus. 20 Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças: 21 não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro, 22 segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas coisas, com o uso, se destroem. 23 Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade.
Colossenses 2:16-1716 Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, 17 porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo.
Evidentemente, havia Cristãos que davam a entender no seu ensino que era necessário se abster de certas comidas e, ao mesmo tempo, começar a guardar certos dias, festas ou comemorações. A palavra chave aqui é “julgar” (“ninguém ... vos julgue”). No texto a palavra é krino (krinw) que significa “achar falta, ou condenar”[3] (veja Rom 2:1,1: 14:3,10,13; 1 Cor 4:5; 10:29; Tiago 4:11). O problema não foi apenas pensar diferente ou ter uma outra opinião pessoal. Aparentemente, estas pessoas condenavam os Cristãos em Colossos que não guardavam estes dias e não se abstinham de alimentos como eles. O que Paulo não aceitava e chamou os Cristãos a não permitirem foi que eles fossem “julgados” ou seja condenados, por causa de algo que, em Cristo, não era questão de salvação.
Ao que tudo indica, a raiz principal do problema em Colossos foi com tradições e crenças judaicas. Possivelmente haviam outras crenças e “filosofias” de origem gnóstica ou de religiões pagãs como indicam as referências a visões e culto dos anjos (v. 18). Sabemos que a questão de se abster de certas comidas foi um dos pontos de atrito entre judeus e Cristãos (Gal 2:11-14; Veja Atos 10:9-23 a visão de Pedro, e a decisão dos líderes da igreja em Jerusalém AT 15:29). Também as datas citadas têm tudo a ver com as ordenanças da lei de Moisés.
Depois de falar sobre “comida e bebida” Paulo continua a falar sobre festas e datas especiais. Várias referências no AT indicam que esta lista se refere às festas e comemorações judaicas.
1 Crônicas 23:30-3130 Deviam estar presentes todas as manhãs para renderem graças ao SENHOR e o louvarem; e da mesma sorte, à tarde; 31 e para cada oferecimento dos holocaustos do SENHOR, nos sábados, nas Festas da Lua Nova e nas festas fixas, perante o SENHOR, segundo o número determinado;
Oséias 2:11“Acabarei com a sua alegria: suas festas anuais, suas luas novas, seus dias de sábado e todas as suas festas fixas.” NVI(veja também 2 Cr. 2:4; 8:13; 31:3; Ne 10:33; Eze 45:17)
As pessoas que haviam confundido os Cristãos em Colossos também queriam impor certos dias e festas como parte obrigatória do calendário da igreja. Segundo o que podemos entender, para estas pessoas, os Cristãos teriam que seguir com rigor este novo calendário para serem considerados fiéis e aceitáveis diante de Deus.
É por isso que Paulo fala tanto na suficiência que temos em Cristo. A passagem que estamos analisando começa com uma ligação ao que Paulo falou antes (v. 16 “Ninguém, pois, vos julgue...). Antes de entrar nos pontos específicos da questão Paulo frisou a suficiência da nossa salvação em Cristo. Ele reafirmou que não há necessidade para qualquer outro meio de justificação, senão Cristo, pois em Cristo temos tudo que precisamos.
Col 2:10-1310 Também, nele, estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de todo principado e potestade. 11 Nele, também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, 12 tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos. 13 E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos;
Paulo frisou também a nossa libertação da lei e conseqüentemente da necessidade de nos submeter a regras e ordenanças.
Col 2:14“tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz;”
Notamos que Paulo não negou que estas coisas tinham sua importância na época da lei. Mas, ele foi categórico em afirmar que já passamos da época em que as ordenanças e a lei tinham algum valor em relação à nossa aceitação diante de Deus. É isso que ele trata quando diz em v. 17
Col 2:17"porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo."
“Tudo isso” se refere às coisas como “comida e bebida, dia de festa, lua nova, e sábados” de v. 16. Paulo mostra que, embora estas coisas fizessem parte da expectativa de Deus para seu povo debaixo da lei, agora vivemos em outra época e estas coisas não pesam mais sobre nós.
A expressão “coisas que haviam de vir” não se refere a algo ainda no futuro do ponto de vista de Paulo e os Colossenses e sim dos seguidores de Deus que viviam debaixo da lei. Senão estas coisas não seriam “sombra” e sim, ainda realidade. Ou seja, as ordenanças como proibições de certas comidas ou a exigência de guardar certos dias ou datas pertenciam todos à sombra que era, sobretudo, da lei e portanto do passado. No AT isto ainda era futuro. Mas, agora, em Cristo, “as coisas que haviam de vir” já chegaram e os Cristãos em Cristo já vivem na época da realidade.
Os comentaristas divergem sobre o significado do “corpo de Cristo” aqui, mas, o sentido mais razoável é da própria Igreja e da presença real de Cristo entre nós. Paulo usa uma figura bastante comum. Como todo homem observa, há um contraste entre uma “sombra” e um “corpo”. A “sombra” traça apenas o perfil do corpo. A realidade é o próprio corpo.
O corpo de Cristo, quer seja na forma da Igreja, ou da presença do Senhor entre nós é a realidade com a qual devemos nos importar agora. Antes que o “corpo” viesse havia apenas a “sombra”, ou seja as ordenanças da lei que apontavam para Cristo. Mas, agora, temos a realidade do próprio Cristo, algo infinitamente melhor. Portanto, devemos deixar para trás as coisas da “sombra” ou seja, as ordenanças e proibições, e nos contentar e focalizar na realidade que é Cristo Jesus.

COLOSSENSES PARTE 2

Colossenses 2:16-23 – Exegese e Aplicação
de Dennis Downing
Parte II Col 2:18-23
Col 2:18-1918 Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal, 19 e não retendo a cabeça, da qual todo o corpo, suprido e bem vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus.
A palavra traduzida “árbitro” é katabrabeuo (katabrabeuw) é um hapax legomena que ocorre nesta forma somente aqui. A palavra era usada no sentido de árbitro de jogos ou esportes. No contexto significa “decidir contra, privar, condenar”[4], e precisamente “reter o prêmio do vencedor”[5]. Da mesma maneira que o alvo de Paulo em v. 16 foi a pessoa que se colocava como juiz, aqui o alvo dele é alguém se constituindo de árbitro sobre o Cristão. Esta frase “reafirma o apelo básico de Paulo: vocês já são membros do corpo de Cristo, e a ninguém é permitido tirá-los do quadro.”[6] Novamente, Paulo condena a tentativa de alguém julgar um Cristão por causa de coisas que, em si, não constituem pecado.
Aparentemente, estas pessoas impressionavam com sua suposta “humildade”, sua religiosidade e suas afirmações de terem visões. No entanto, suas mentes, ao invés de serem espirituais, eram carnais. A prova de que estas pessoas estavam equivocadas é que elas não demonstravam nenhum vínculo com o cabeça que é Cristo. Paulo fez questão de mostrar que, em questões de julgar e condenar, ou de aceitar e justificar, em Cristo, nós já temos tudo que precisamos e somente a Cristo pode ser atribuída esta função. Nenhum homem deve ousar julgar ou condenar ou tentar estabelecer padrões para julgar ou condenar Cristãos.
Obviamente, há pecados que condenam, e, mais adiante Paulo fará referência a estas coisas como “prostituição, impureza, paixão lasciva...” e etc. (3:5-11) Mas devemos notar que questões como de datas, comemorações e festas não constituem base para julgamento de ninguém, a não ser que alguém tente usar estas coisas como base para julgar outros. Aí, sim, há julgamento, mas, quem é condenado é aquele que tentar julgar os outros por meio de algo que não constitui base de julgamento segundo o Evangelho.
É impressionante a seqüência de afirmações que Paulo faz sobre a situação dos Cristãos em Colossos. Eles não devem dar a mínima importância a estes preceitos de homens. Em Cristo, já foram libertos e aperfeiçoados e não há nenhuma dívida entre eles e Deus. Eles estão livres de qualquer forma de julgamento ou condenação.
Col. 2:7 “nele radicados, e edificados, e confirmados na fé” 2:8 “Tenham cuidado para que ninguém os escravize...” (NVI) 2:10 “Também, nele, estais aperfeiçoados.” 2:11 já “fostes circuncidados” 2:12 já foram “sepultados” e “ressuscitados” 2:13 antes estavam “mortos” nos seus pecados, mas, agora estão “vivos” em Cristo2:14 a dívida de todos já foi cancelada2:15 quanto aos principados e potestades, ou seja, os árbitros e juizes deste mundo, Cristo triunfou sobre eles na cruz.
Portanto os Cristãos em Colossos não devem dar nenhuma importância às pessoas que tentavam impor estas ordenanças. Mais adiante em 3:15 Paulo usará um verbo da mesma raiz do “árbitro” de v. 18, brabeu (brabeuw = “arbitrar”) para descrever o trabalho de Cristo “Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração”. O único que pode nos julgar e que deve julgar é Jesus. A única base pela qual alguém pode e deve ser julgado é por meio de Cristo e do Evangelho.
Agora, Paulo vai perguntar aos Cristãos Colossenses, como eles podem querer voltar ao mesmo padrão de julgamento uma vez que já foram libertos destes preceitos humanos e dos árbitros deste mundo.
Col. 2:20-2220 Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças: 21 não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro, 22 segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas coisas, com o uso, se destroem.
A palavra traduzida “ordenanças” é a palavra grega dogmatizo (dogmatizw) outra hapax que quer dizer “submeter a regras e regulamentos”[7]. “Col. 2:14 emprega a palavra para significar as ‘exigências legais’ impostas sobre nós, que Deus já cravou na cruz. Sendo assim, Col. 2:20 proibiu a igreja de permitir que estatutos, regras ou regulamentos a respeito de comida e da pureza cerimonial fossem impostos sobre ela (cf. v.21).”[8]
Em v. 21 Paulo dá três exemplos, provavelmente exagerados para efeito, das ordenanças que não têm valor. Notamos que a ordem é cada vez mais severa. Ela começa com a proibição de manusear e acaba proibindo até o tocar. Tem sido proposto que Paulo esteja ironizando e de certa forma ridicularizando estas pessoas e seus preceitos. Isto é bem possível. De qualquer forma, Paulo despreza estas atitudes. As exigências citadas como exemplos provavelmente têm a ver com alimentos, mas são representativas de outros tipos de ordenanças parecidas.[9]
Por que devem ser rejeitados estes mandamentos e proibições?Paulo cita pelo menos três motivos.. 1. Estas coisas perecem, ou seja, não se tratam de coisas eternas. 2. As leis são de origem humana e não divina. 3. No final elas não resolvem o verdadeiro problema.
F.F. Bruce comentou que “A imposição de proibições por fora, não consegue fazer nada para criar ou desenvolver nova vida por dentro.”[10] Notamos que havia dois tipos de ordenanças sendo impostas em Colossos. Um tipo era da imposição de certos dias e datas. O outro tipo era da proibição de certas coisas, provavelmente alimentos, mas podia haver outros aspectos. O que devemos observar é que tanto uma imposição como uma proibição que se baseia em algo que não seja de Cristo é para ser rejeitada.
Col. 2:23Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade.
As proibições e exigências do grupo em Colossos pareciam ter fundamento. Parecia que havia “sabedoria”, um aspecto religioso, uma “humildade” e um rigor eficaz para alcançar a espiritualidade que todo Cristão deseja. No entanto, Paulo mostra que a “sabedoria” era apenas aparente, a religiosidade era voltada para si mesma, a humildade era falsa, e o rigor alcançava apenas as coisas externas, mas não tinha efeito algum para fazer alguém mais espiritual.
A palavra traduzida “culto de si mesmo” ethelothreskia (eqeloqrhskia) (na NVI “pretensa religiosidade”), é outra hapax. Significa “pretensão à religião”. As pessoas que promoviam estas ordenanças como o meio para alcançar a verdadeira espiritualidade se achavam religiosas. No entanto, a religião delas era justamente delas mesmas. Não era a religião de Deus. A prova disso é o fato de que suas exigências e proibições não se baseavam em Cristo nem na Palavra do Senhor. Elas se baseavam em preceitos humanos.
Esta passagem, e especialmente este versículo, servem de alerta para todos nós que estudamos e ensinamos a Palavra do Senhor. Há uma enorme responsabilidade de usar rigorosa objetividade no nosso estudo e ensino da Palavra. Há sempre uma tentação de tentar persuadir os irmãos de nossas convicções pessoais quanto a tudo aquilo que trata da vontade de Deus na vida do discípulo.
Todos nós temos preferências pessoais em várias áreas da vida Cristã. Estas preferências atingem muitas vezes questões ligadas à própria igreja nas suas reuniões e cultos. Temos preferências pessoais na área de louvor ou adoração. Há preferências pessoas no ensino ou evangelismo, ou na organização e liderança da igreja local. Às vezes, não encontrando um mandamento que afirma o que nós pensamos ou uma condenação clara daquilo que não aceitamos, apelamos para declarações ou insinuações do tipo “Deus não aprova tal coisa” ou “não há autorização bíblica para tal”. Às vezes afirmamos que algo não está dentro do “padrão” bíblico ou “não há nenhum exemplo bíblico da igreja primitiva fazer dessa maneira”.
Com declarações e raciocínios parecidos convencemos a nós mesmos e a outros que aquilo que estamos tentando proibir ou condenar é realmente condenado por Deus. Mas, podemos estar justamente cometendo o erro que pessoas influentes na igreja em Colossos cometeram – criaram um culto de si mesmo. O que é ensinado muitas vezes usando a própria Bíblia como “apoio” tem “aparência” de sabedoria, parece bem culto e religioso, e aquele que ensina aparenta ter ao mesmo tempo bastante humildade e um zeloso rigor para com as coisas de Deus. No entanto, como Paulo afirmou, tais coisas “não tem valor algum” e sua religião não passava do telhado do prédio.
Não há nada errado em Cristão ter preferência pessoal. É natural e inevitável. O que tem que ser vigiado e evitado é que estas preferências pessoais não comecem a tomar uma importância que não lhes é dada no Evangelho. Não é difícil qualquer professor, mestre, evangelista, pregador ou missionário começar a impor suas preferências e opiniões pessoais como base para julgar e condenar outros. Mas, a alerta de Paulo para os Cristãos em Colossos serve também para nós hoje – a única base para julgar, para aceitar ou condenar é aquela que foi lançada na cruz – Jesus Cristo e o Seu Evangelho. Qualquer outra coisa é obra humana e não somente é de nenhum valor, mas ameaça a supremacia que pertence somente a Cristo Jesus.
Paulo volta em Colossenses 3:1-4 a afirmar a suficiência de Cristo e a supremacia das coisas lá do alto. É notável que em contraste com proibições e ordenanças aqui, ele exorta os irmãos a colocarem suas mentes nas coisas lá do alto.
Col 3:1-41 Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. 2 Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; 3 porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus. 4 Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória.
À primeira vista, parece que as exortações “buscai as coisas lá do alto” (v.1) e “pensai nas coisas lá do alto” (v.2) são no sentido de evitar algum pecado ou tentação carnal. Na verdade, o contrário das coisas “lá do alto” são as ordenanças que Paulo rejeitou em capítulo 2. Capítulo 3:1-4 é ligado a tudo que veio antes pelo “portanto” (oun) que começa a frase. Lembrando sua afirmação em 2:12 “fostes ressuscitados” e 2:13 “estáveis mortos”, Paulo reafirma os mesmo pontos em 3:1 e 2. Este trecho serve portanto como uma conclusão para tudo que Paulo estava dizendo antes. Ele reafirma a importância de Cristo como único meio de salvação e a suficiência e segurança da nossa confirmação nEle.
O perigo de começar a se importar com valores fora de Cristo é que eles tiram a preeminência dEle. “Quando fazemos de Cristo e da revelação Cristã apenas parte de um sistema religioso ou filosófico, deixamos de dar a Ele a preeminência. Quando buscamos ‘perfeição espiritual’ ou ‘realização espiritual’ por meio de fórmulas, disciplinas ou rituais, nós regredimos ao invés de avançar.”[11]
Em seguida, Paulo afirma que a preocupação dos Cristãos quanto àquilo que poderia lhes tirar a vida eterna deve ser voltada para coisas como a “ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena”, a mentira e o preconceito (vv. 8-11). Contra estas coisas Paulo aconselha não rigor na dieta ou a submissão a ordenanças, mas o revestimento de Cristo e do caráter Cristão, em “misericórdia, bondade, humildade, mansidão e longanimidade”, incluindo o perdão e o amor mútuo. Paulo continua a exortar os Colossenses no sentido de se fortalecerem através da Palavra e de louvores e cânticos. Em seguida ele dá conselhos práticos sobre a vida conjugal e familiar e em relação a servos. Paulo termina a epístola com várias saudações e outras recomendações práticas.

DIGNO É O TRABALHADOR DO SEU SALÁRIO

DIGNO É O TRABALHADOR DO SEU SALÁRIO
de Álvaro César Pestana


Judas Iscariotes não gostou do "salário" que recebeu por trabalhar com Jesus. Ele era um daqueles que pensava que "a piedade é fonte de lucro" (1 Timóteo 6.5). Ele queria enriquecer. Quando percebeu que não iria fazer fortuna como "tesoureiro do reino de Jesus" pediu de-missão. Pelos três anos de serviço "inútil" de pregação do evangelho, ele exigiu uma "indenização" de trinta moedas de prata, o preço que se conseguia pela venda de um escravo.

Judas não passou nenhuma necessidade física enquanto foi enviado por Jesus para pregar o evangelho: todos os obreiros recebiam cama e comida nas cidades onde pregaram. Mas Judas certamente achava que era pouco. Ele provavelmente pretendia ganhar como um funcionário do alto escalão e não viver como um "bóia-fria". Não havia contentamento naquele coração.

O provérbio que vamos estudar ensina aquilo que Judas não quis aprender. Qualquer obreiro ou discípulo que não aprender esta lição, pode estar cometendo o mesmo erro de Judas: pode estar comprando sua própria sepultura (Mateus 27.3-10).


RECEBER O QUE MERECE E MERECER O QUE RECEBE
"Digno é o trabalhador do seu salário" (Lucas 10.7) é um dito de Jesus dirigido aos obreiros do evangelho. Os doze apóstolos foram encaminhados à missão em Israel com este ditado (Mateus 10.10)42. Os setenta receberam a mesma recomendação (Lucas 10.7). Paulo citou duas vezes este dito, uma vez fazendo referência à sua pessoa e aos obreiros em geral (1 Coríntios 9.14) e outra vez falando especificamente sobre os bispos da igreja (1 Timóteo 5.18)44.

A forma como o ditado aparece em Mateus 10.10 é um pouco diferente da que ocorre no outros textos: "Digno é o trabalhador do seu alimento". O uso do termo "salário" (em Mateus 10.10) ou "ali-mento" (em Lucas 10.7) não altera o sentido básico do provérbio.

O sentido deste provérbio é duplo: o obreiro vai receber o que merece e o obreiro vai merecer o que recebe. Ele vai receber o que merece no sentido de sua segurança pessoal: ele não vai morrer de fome. Ele vai merecer o que recebe no sentido de que não há vergonha nenhuma em ser sustentado: ele é um homem honrado e digno. Ele merece. Assim o Mestre fala aos obreiros de segurança e honra, liga-das ao sustento que recebem por pregar o evangelho.

SEGURANÇA
"Preocupe-se com a pregação e não com a provisão". Este é o sentido das instruções dadas por Jesus aos missionários (Mateus 10.9-11; Lucas 9.3-4) sobre o que não levar na viagem missionária (Marcos 6.8-10; Lucas 9.3-4). Não era necessário levar suprimentos ou dinheiro: Deus iria cuidar de tudo. Como? Eles deviam aceitar a hospitalidade e sustento temporário de uma família da comunidade visitada. Eles anunciavam a aproximação do reino de Deus e nesta qualidade deviam ser sustentados pela comunidade de ouvintes "porque digno é o trabalhador do seu salário" (Lucas 10.7). O obreiro precisa ter fé em Deus e confiança no valor de sua mensagem para deixar por conta de Deus e da importância da mensagem a garantia de sustento.

Jesus foi sustentado pelos que o seguiam (Lucas 8.1-3). Paulo recebeu ajuda (Filipenses 4.10-20) e salário das igrejas (2 Coríntios11.8). Os evangelistas itinerantes do fim do primeiro século eram auxiliados materialmente em seu trabalho (3 João 6). Este provérbio de Jesus recomenda ao obreiro uma postura de fé para que confie no suprimento, sustento e alimento que Deus vai providenciar.

DESPRENDIMENTO
É importante notar que quando Jesus diz ao obreiro que ele vai ter o seu alimento, ele ordena ao mesmo tempo um comportamento desprendido. As recomendações para que não fiquem mudando de local de hospedagem (Mateus 10.11; Marcos 6.10; Lucas 9.4; 10.7-8) visam proibir a busca de melhores acomodações e melhor comida. O obreiro deve ficar contente com o que recebe. Seu alvo é a pregação e não o conforto.

Estes textos tratam de obreiros itinerantes que viajavam desacompanhados de família, ou por serem solteiros ou por terem deixado a família em casa (Lucas 18.28). Viajar com esposa certa-mente traria maiores necessidades (1 Coríntios 9.5). Mas em todos estes casos, o princípio permanece de que o obreiro não trabalha visando ficar rico, mas servir a Deus. O contentamento mencionado por Paulo (1 Timóteo 6.6-10) deve ser a característica do obreiro em relação ao sustento material. O desejo de ter mais é perigoso e fonte de grandes problemas. O necessário já basta.

HONRA
"Digno é o trabalhador do seu alimento" (Mateus 10.10) fala também que este sustento é algo honrado. No mundo moderno, o sustento obtido no trabalho de evangelização ou de edificação espiritual não é, normalmente, considerado como algo digno. Jesus, porém, afirma que não há nenhuma vergonha em ser sustentado para pregar o evangelho. De fato, é uma honra. Paulo citou este provérbio de Jesus como Escritura quando falava sobre os dobrados honorários (ou honra) que deviam ser dados aos presbíteros que trabalham arduamente (1 Timóteo 5.17-18). Seu sustento é uma forma de prestar-lhes honra, reconhecendo o valor da obra que fazem.

Devo a Josef Pieper uma interessante consideração sobre os vocábulos salário e honorário. "O conceito de honorário afirma que existe uma disparidade entre resultado e recompensa, que a atividade, como tal, não pode ser paga. O salário, pelo contrário (em sentido estrito, pelo qual se distingue de honorário), diz que se paga o `trabalho real' ; o salário está em função do resultado e não existe incomensurabilidade entre ambos. Honorário, além disto, significa (no sentido estrito do termo): contribuição para o sustento; salário (no sentido estrito) significa: o pagamento do serviço prestado, sem respeito para as necessidades do sustento."[1]

Tomando esta definição de termos, que vem mais da filosofia do que da Bíblia, pensamos que o obreiro sempre recebe honorário (no sentido estrito), pois o valor da tarefa de pregar o evangelho nunca poderia ser pago, mesmo que todo o dinheiro do mundo fosse utilizado.

A honra intrínseca ao trabalho de pregar o evangelho transparece quando notamos a subordinação dos bens materiais aos propósitos espirituais. A coleta para os irmãos pobres de Jerusalém (Romanos 15.22-28) é anunciada como se fosse uma dívida da igreja gentílica para com a igreja judaica. Já que os judeus deram aos gentios participação nas bênçãos espirituais da salvação, não é pedir demais que os gentios retribuam materialmente através da oferta. Paulo diz: já que o lado espiritual é mais importante, os bens materiais podem e devem ser usados para agradecer aos originadores humanos destes bens espirituais.

A mesma prioridade do espiritual sobre o material se vê na questão: "Se nós vos semeamos coisas espirituais, será muito recolher-mos de vós bens materiais?" (1 Coríntios 9.11). O menos importante serve o mais importante: o material serve o espiritual. Paulo, neste contexto, lembrou da frase de Jesus: "Digno é o trabalhador do seu salário" (Lucas 10.7) e disse: "Assim ordenou o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho" (1 Coríntios 9.14). Ser sustentado para pregar o evangelho é um grande privilégio.

"DE GRAÇA RECEBESTES, DE GRAÇA DAI"
O evangelho e a graça divina nunca se vendem (Mateus 10.8). Apesar do evangelho ser a coisa mais valiosa do mundo e de haver manda-mento bíblico para o sustento de obreiros, não se trata de vender o evangelho. A pregação deve ser feita com ou sem recursos (Filipenses 4.10-13). Mas, sem dúvida, o sustento do obreiro auxilia a obra e agrada a Deus (Filipenses 4.14-19).

O obreiro não deve alimentar ambições de progresso financeiro ou material. Tais aspirações marcam o caráter de um homem corrupto (1 Timóteo 6.5). O obreiro autêntico se contenta com o necessário (1 Timóteo 6.6-8). Afinal de contas ele é um homem que prega sobre o mundo vindouro; seria ridículo e contraditório se acumulasse bens no mundo presente. Além disto, o obreiro que corre atrás de dinheiro acaba por perder a fé (1 Timóteo 6.9-10).

APLICAÇÃO
O provérbio de Jesus, "Digno é o trabalhador do seu salário", sugere muita aplicações práticas que já foram notadas acima. Queremos reforçar os seguintes pontos:

1. Honremos aos obreiros que vivem do evangelho. Gálatas 6.6 diz que o aluno deve fazer o seu professor participar das coisas boas que ele tem. Isto quer dizer que o aluno "divide" seus bens com o professor. Não é certo deixar em dificuldades de sustento aqueles que nos instruem no evangelho. O salário (ou melhor: honorário) do obreiro deve servir para honrar aquele que o recebe e não ofendê-lo (1 Timóteo 5.17-18). Por isto Gálatas 6.7-10 adverte para não zombar de Deus pela negligência ao sustento dos professores. Se investimos (semeamos) apenas nas coisas pecaminosas, só havermos de colher corrupção. Deve-se semear para o que é ligado ao Espírito Santo, e então teremos os resultados na vida eterna. Assim, é para fazer o bem a todos, começando com a família da fé, e no contexto, os primeiros a serem atendidos são os professores da Palavra de Deus.

2. Não aceite extremos. Num extremo está o obreiro que não é atendido dignamente pela irmandade. No outro está o mercenário que muda de igreja em igreja, conforme a melhor oferta de emprego. Nenhuma destas situações pode ser permitida. Não há nada errado em ser bem pago pela igreja. De fato, há casos em que isto precisa ocorrer por mandamento (1 Timóteo 5.17-18). O erro é ter isto como método de vocacionar obreiros ou como alvo de carreira ministerial. Por outro lado, sujeitar um obreiro e sua família a uma situação degradante, recebendo o menor salário possível, é zombar de Deus e incorrer em grave perigo espiritual.

3. Não se desculpe. Os obreiros não devem ceder à pressão social que qualifica seu trabalho como desnecessário ou indigno. Quem acha que o obreiro esforçado e trabalhador é um homem que ganha sem fazer nada, provavelmente teria feito o mesmo juízo de Jesus, se tivesse convivido com ele. "Digno é o trabalhador do seu salário/alimento".

4. Um apelo à fé. Pregar o evangelho é o trabalho mais importante do mundo. A igreja tem o privilégio de mostrar sua fé no valor do evangelho sustentando financeiramente aqueles que ela mesma reconhece como vocacionados por Deus para realizar esta tarefa. O obreiro também deve mostrar sua fé, confiando que Deus vai assegurar-lhe o necessário, de um modo ou de outro, para que ele continue a pregar a Palavra de Deus.

JESUS É DEUS OU APENAS UM deus?

JOÃO 1.1 — Jesus é Deus ou apenas um deus?


A MÁ INTERPRETAÇÃO: A tradução Novo Mundo, das Testemunhas de Jeová, mostra esse verso do seguinte modo: "A Palavra [Cristo] era um deus" (a inserção foi adicionada pelos autores). A revista Torre de Via afirma que "pela ausência do artigo definido ‘o’ (hó), isso significa que Cristo é apenas um deus, e não o Deus" (Revista Torre de Vigia, 7 de dezembro de 1995, pág.4). Eles acreditam, de fato, que Jesus é apenas um ser criado, Miguel o Arcanjo (Revista Torre de Vigia de 15 de maio de 1969, pág.307).

O texto grego de João 1.1 "não está dizendo que a Palavra (Jesus) era como o Deus com quem Ele estava mas, antes, que a Palavra era semelhante a um deus, divina, um deus" (Reasoning from the Scriptures, 1989, pág.212).

CORRIGINDO A MÁ INTERPRETAÇÃO: Não é correto traduzir esse verso como "A Palavra era um deus", e também não é correto negar a divindade de Cristo. A completa divindade de Cristo é apoiada por outras referências em João (por exemplo, 8.58; 10.30; 20.28), bem como ao longo de todo o Novo Testamento (por exemplo, Cl 1.15,16; 2.9; Tt 2.13; Hb 1.8). Além do mais, não é necessário traduzir substantivos no grego que não estejam acompanhados de artigos definidos como se estivessem acompanhados por um artigo indefinido (pois não existem artigos indefinidos no grego). Em outras palavras, theos ("Deus") sem estar acompanhado pelo artigo definido "o" (hó), não deve ser traduzido como "um deus", como as Testemunhas de Jeová fizeram quando se referiram a Cristo. É importante destacar que o termo "theos" sem o artigo definido "hó" é utilizado no Novo Testamento referindo-se ao Deus Jeová. A falta do artigo definido em Lucas 20.38, referindo-se a Jeová, não significa que Ele seja um Deus menor; assim como a falta do artigo definido em João 1.1, referindo-se a Jesus, também não significa que Ele seja um Deus menor. O fato é que a presença ou a ausência do artigo definido não alteram o significado fundamental do termo "theos". Se João tivesse a intenção de dar à frase um sentido adjetivo ("que a Palavra era semelhante a um deus, ou divina — um deus"), ele teria à disposição um adjetivo (theios) pronto, a mão, que poderia perfeitamente ter sido utilizado. Ao contrário, João diz que a Palavra é Deus (theos).

De modo contrário às alegações da Sociedade Torre de Vigia, alguns textos do Novo Testamento utilizam o artigo definido referindo-se a Cristo como "o Deus" (hó theos). Um exemplo disso é João 20.28, onde Tomé diz a Jesus: "Senhor meu, e Deus meu!" No texto grego lê-se literalmente "O Meu Senhor e o meu Deus [hó theos]" (veja também Mt 1.23 e Hb 1.8). Então não importa se João utilizou ou não o artigo definido, no capítulo 1 e verso 1 — a Bíblia claramente ensina que Jesus é Deus, e não apenas um deus.

Os eruditos gregos têm refutado completamente a tradução da Torre de Vigia. O doutor Julius Mantey, falando a respeito da tradução das Testemunhas de Jeová, referindo-se ao texto em João 1.1 diz: "99 por cento dos estudiosos do mundo que conhecem o idioma grego e ajudaram a traduzir a Bíblia estão em desacordo com as Testemunhas de Jeová" (Mantey, 3.3, 5).

Que Jesus é Jeová (Yahweh) está claro, a partir do fato de que o Novo Testamento aplica a Jesus, de modo consistente, passagens e atributos que no Antigo Testamento eram aplicáveis apenas a Jeová (compare Êx 3.14 com Jo 8.58; Is 6.1-5 com Jo 12.41; Is 44.24 com Cl 1.16; Ez 43.2 com Ap 1.15; Zc 12.10 com Ap 1.7)

QUEM NÃO É CONTRA NÓS É POR NÓS

Quem Não É Contra Nós É Por Nós
de Álvaro César Pestana
Haveria contradição nos provérbios de Jesus? Será que Jesus se enganou? Veja os seguintes textos: "Pois quem não é contra nós, é por nós" (Marcos 9.40; Lucas 9.50); "Quem não é por mim é contra mim, e quem comigo não ajunta, espalha" (Mateus 12.30; Lucas 11.23).
Antes de continuar é útil tirar proveito desta aparente contradição para rever boas regras de estudo bíblico. Primeiro, um texto, uma palavra e mesmo uma idéia só terá sentido em seu contexto. Fora do contexto só há erro e contradição; o sentido do texto, da palavra e de qualquer idéia vem do contexto. Segundo, os ditos proverbiais apresentam verdades gerais que precisam ser entendidas como regras gerais e não como profecia ou como afirmação absoluta sem exceção. Por exemplo: Provérbios 26.4 e 5 apresentam regras gerais "contraditórias", pelo menos aparentemente, mas na verdade cada provérbio é válido como regra em certas circunstâncias e em outras não. Com estas duas idéias em mente, vamos estudar o que Jesus quis dizer com estes dois provérbios.
UMA VERSÃO PARA CADA SITUAÇÃO
Os dois provérbios que estamos estudando ensinam a mesma lição. Não há contradição de idéias, mas simplesmente uma mesma verdade expressa de dois modos diferentes, para uso em diferentes análises. Para a auto avaliação, usa-se o provérbio mais severo (quem não é por mim, é contra mim); para a avaliação de outros, usa-se o mais suave (quem não é contra nós, é por nós). A lição básica é sempre a mesma: "É impossível ficar neutro em relação a Jesus".
NEUTRALIDADE IMPOSSÍVEL
Jesus curou um endemoninhado mudo, expulsando o demônio que causava esse mal. Os que viram o milagre reagiram de três formas: uns ficaram admirados, outros acusaram Jesus de ter um pacto com (ou estar possuído por) Belzebu, o demônio maior, e outros, finalmente, pediam que Jesus fizesse mais um milagre para provar quem ele realmente era (Lucas 11.14-17).
Jesus não faz milagres para provar algo a quem já teve toda a evidência que precisava. Jesus e Deus Pai não forçam o homem a aceitá-los. Certamente pedir provas a Deus não é o meio de ter fé para a salvação. Jesus passa a raciocinar com eles mostrando que é razoável crer nele como enviado de Deus, com base na evidência que já tinha sido dada. É assim que devemos agir hoje com aqueles que querem "mais razões" para crer. Jesus, na ocasião, mostrou que ele não seria um aliado do Diabo, pois estava a destruir-lhe o reino. Na verdade, Jesus estava provando que tinha mais poder que o Diabo e seus demônios. Além disto, a presença de tal poder entre os homens era evidência da proximidade do Reino de Deus (Lucas 11.17-22).
É neste momento que Jesus diz: "Quem não é por mim é contra mim, quem comigo não ajunta, espalha" (Lucas 11.23). A ilustração empregada por Jesus na segunda frase do provérbio vem do trabalho de ajuntar (ou espalhar) um rebanho, ou uma colheita. Ele afirma estar do lado de Deus e diz que aqueles que não estão do lado dele são inimigos de Deus. Quem não está com Jesus, está com Belzebu. "Quem não ajuda, atrapalha".
Para ilustrar isto ele conta a parábola chamada pelos negritos de algumas Bíblias de "a estratégia de Satanás". Se a "ex-casa" de um demônio tentar manter-se neutra, isto é, vazia, não vai ficar assim por muito tempo. Em breve aquele demônio voltará com outros piores ainda e o último estado do homem vai ser terrível, e bem pior que o primeiro (Lucas 11.24-26). Veja que esta parábola não é um aviso para as pessoas que um dia foram endemoninhadas. De fato, quando Jesus expulsava um demônio, ele não podia mais retomar àquela pessoa (Marcos 9.25). Esta parábola ilustra a impossibilidade de ficar neutro em relação a Jesus: não há casa vazia - não pode haver pessoa que não é nem de Jesus e nem do demônio. Ou seremos discípulos de Jesus, ou seremos inimigos dele. Não há meio termo.
Ao narrar este mesmo evento, Mateus dá ênfase ao fato de termos que decidir por Jesus, ligando o provérbio "quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha" com a possibilidade de pecar contra o Espírito Santo, o pecado sem perdão (Mateus 12.22-32). 0 pecado imperdoável é a oposição deliberada e contínua a Jesus e sua obra. O pecado contra o Espírito Santo deve ser entendido à luz do ditado acima. Portanto, é impossível ficar neutro no que diz respeito a Jesus.
RIVALIDADE IMPOSSÍVEL
Jesus declara: "Se você não está a favor, está contra." Por outro lado em Marcos 9.40 e Lucas 9.50 ele disse: "Se você não está contra, está a favor." Esta aparente contradição é resolvida quando se observa as circunstâncias que geraram o provérbio "quem não é contra nós, é por nós".
João, discípulo de Cristo, em uma de suas andanças encontrou um homem que expelia demônios usando o nome de Jesus. Este homem não era um dos seguidores de Jesus no mesmo sentido que eram os apóstolos e outros comissionados para aquele trabalho (Lucas 9.1-2; 10.1-12). João, talvez inspirado por um espírito de partidarismo como o de Josué (Números 11.16-30), proibiu o homem de continuar sua obra. Talvez, por causa do ensino sobre receber alguém em nome de Jesus, ele lembrasse do homem que, aos seus olhos, estava usando este nome sem merecê-lo e portanto não devia ser acolhido. Ele pede o parecer de Jesus sobre sua ação (Marcos 9.33-38; Lucas 9.46-49).
Ironicamente João estava agindo como os escribas que anterior-mente se opuseram a Jesus apesar da evidência da ação do Espírito Santo na realização de exorcismos (Marcos 3.22). Agora ele se opunha a um homem que tinha evidência de ter fé em Jesus e que estava fazendo o que alguns apóstolos não tinham conseguido um pouco antes (Marcos 9.18,28).
O Mestre ensinou que o comportamento de João, que representava o dos doze, era errado (Marcos 9.39-40). "Quem não é contra nós, é por nós" diz Jesus. Se aquele exorcista usava o nome de Jesus, deveria ter sido considerado como amigo por João e não como inimigo ou concorrente. Os discípulos de Cristo não precisam tomar "posições" com respeito aos homens; os homens é que precisam tomar uma posição com respeito a Jesus. O sentimento de rivalidade e de competição não é compatível com o caráter de servo que Jesus ensinou aos seus seguidores. Ser seguidor de Jesus é aprender a reconhecer que nem tudo tem de ser feito a nosso modo. Se o exorcista estava a favor de Jesus, deveria ser incentivado e não criticado; deveria, se necessário, ser instruído com maior exatidão sobre o caminho do Senhor (Atos 18.24-19-7). Ele não era como os sete filhos de Ceva (Atos 19.13-16), mas parecia ser alguém com uma boa atitude espiritual.
Este texto tem sido usado para ensinar que não importa a doutrina que alguém prega, desde que fale de Jesus: uma espécie de relativismo espiritual, onde um espírito meio ecumênico e meio eclético é transportado ao texto bíblico. Dizem: "Não importa se ele está pregando certo ou errado, mas se está falando de Jesus, devemos considerá-lo como irmão". Este modo de pensar é incentivado pelas Bíblias onde este texto recebe o título: "Jesus ensina tolerância e caridade". O texto não ensina nada disto! Ensina que devemos saber reconhecer apoio a Cristo e fé nele, mesmo quando a pessoa não é claramente identificada com Jesus. É um texto que manda abrir os olhos para ver o apoio à causa de Cristo e não um texto que manda fechá-los ao desvio da verdade. Nada podia ser declarado sobre a salvação deste exorcista (Mateus 7.21-23), nem ainda sobre todos os seus motivos interiores (Filipenses 1.15-18). De qualquer forma, ele não era neutro em relação a Jesus, mas estava do lado dele, pois "quem não está contra, está a favor" e vai evidenciar este fato com atos de verdadeira fé (Marcos 9.41).
APLICAÇÃO
Estes dois provérbios ensinam verdades que a igreja e os cristãos precisam fixar em suas mentes:
1. É impossível ficar neutro com relação a Jesus. Se não cooperamos com a obra de Cristo, estamos a obstruí-la. Se cooperamos com a obra de Cristo, esta cooperação deve ser real e completa. O grande erro de Pôncio Pilatos foi o de não querer se envolver com Jesus. Ele tentou lavar as mãos e, neste ato onde buscava neutralidade, acabou por tornar-se culpado da maior injustiça da história humana (Mateus 27.24). Pilatos optou pelo cômodo recurso da neutralidade quando deveria ter absolvido Jesus, se o considerasse inocente, ou mandá-lo matar, se o encontrasse culpado. É impossível ficar neutro em relação a Jesus. No mesmo erro incorreu o grande rabino Gamaliel (Atos 5.33-42). Embora sua intervenção salvasse os apóstolos de morte certa, seu parecer não é verdadeiro. Seu conselho foi que deixassem o tempo passar, para saber se aquele movimento era de Deus ou não. Mas o fato é que Gamaliel e o Sinédrio não podiam deixar o tempo julgar assuntos sobre os quais eles precisavam tomar uma decisão pessoal e também uma decisão a nível jurídico para a nação. Deixar o tempo passar impede pessoas de se converterem a Jesus. Além disso, há muitos erros que duram muito tempo, fazendo-nos pensar, pelo parecer de Gamaliel, que são coisas certas. Não é possível ficar neutro: ou Jesus é o Senhor ou é um terrível embusteiro. Não há comodidade aqui; não há neutralidade.
2. Precisamos reconhecer o apoio à causa de Cristo nos outros. Marcos 9.38-41 e Lucas 9.49-50 não nos ensinam tolerância para com o erro doutrinário, mas sim visão e sensibilidade para reconhecermos aliados na luta contra o mal. Quando percebemos que alguém está tentando cooperar com Cristo. devemos aproximar-nos dele como amigos e, se necessário, ajudá-lo a ser mais fiel a Jesus. Devemos chamar homens a Jesus e não afastá-los dele.
3. Devemos ser rigorosos conosco e flexíveis com os outros. Os textos de Marcos 9.40 e Lucas 9.50 ("quem não é contra nós, é por nós") devem ser nosso critério para observação dos outros. Mateus 12.30 e Lucas 11.23 ("quem não é por mim, é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha") deve ser nosso critério de auto-análise. Foi assim que Jesus usou estes diferentes ditados: seja rigoroso ao julgar a si mesmo e seja cuidadoso ao julgar o próximo.

VIDA COM CRISTO

Vida com CristO
Muitos pegam a Palavra do Senhor e escolhe as partes mais agradáveis (ressaltando que tudo que vem do Senhor é bom!) e as colocam em prática, esquecem de observá-la por inteiro e vivem doentes, umas vidas secas, tristes e vazias. E para complementar as faltas, correm para as coisas do mundo, adaptando-as e usando como adicional na vida espiritual. São na verdade homens vazios que não conhecem verdadeiramente a Deus, não têm intimidade com Ele e não crêem que isto pode acontecer, pois enxergam a Deus muito distante, praticamente inatingível. O conhecem apenas de ouvir falar, mas o contato real é inexistente.
Mas quando o conhecemos verdadeiramente, descobrimos que o Senhor não está encerrado nas páginas da Bíblia, porém, vive e age como agiu nos tempos bíblicos. O que falta são homens puros, santos e totalmente dispostos a pagar o preço de ser amigo do maior inimigo do mundo. Quando nos tornamos amigos, O conhecemos e somos influenciados pela sua forma de agir, forma esta, que em muitos casos destoam das práticas comuns aos homens. Uns exemplos vêem no Rei Davi, quando trouxe a arca de Obede-Edom para Jerusalém, sua alegria e comunhão com o Espírito Santo era tão grande que dançava entusiasmadamente, levando muitos a desprezá-lo, inclusive Mical, sua esposa. (2 Sm 6. 10-23) Hoje, isto não mudou muito, quanto pastores, autoridades, membros de igreja não tem pecado por não compreender que devemos ser voluntários e totalmente maleáveis nas mãos do Espírito Santo, corajosos o suficiente para seguir em frente, lembrando-nos que somos SERVOS, portanto, desprovidos de vontade própria. Existimos para obedecer, jamais julgar a forma de agir de Deus.
Hoje vivemos em meio a uma geração de crentes escravos, infelizmente não do Senhor, mas das muitas ocupações, dos muitos afazeres. Um fato ocorrido com Jesus Cristo: determinado dia chegou o Mestre na casa de Marta e Maria, ali entrando a Maria correu e sentou-se aos seus pés e ouvia-lhes os ensinamentos e exortações, no entanto a Marta estava muito mais preocupada em oferecer ao Mestre uma boa hospedagem, e foi repreendida.( Lc 10.38-42) Muitos tem pecado exatamente por querer fazer muito para o Senhor e esquecem de parar para sentar-se com Ele, ouvir a sua voz e alegrar-se em sua companhia. Certamente é necessários nosso envolvimento com os afazeres, mas em todas as coisas deve haver o equilíbrio. Faz-me lembrar dos muitos crentes, que passam horas e horas estudando a palavra; aprendem grego, aramaico; enchem suas mentes com técnicas diversas de interpretação da Palavra. Mas esquece-se que isto pouco importa, o que Deus considera é o coração sincero e puro diante dEle, na verdade abomina estes que querem “Estudar a Deus”, pois ele mesmo afirma:“... respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos.” (Mt 11:25) e ainda:“Porque, quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro? “(Rm 11:34). Portanto não vamos perder tempo em coisas dispensáveis. Vamos sim, ler, comer (Ez 3.1-3) a palavra, mas com os olhos do Espírito e assimilar seus muitos ensinamentos; isto na verdade é uma forma de sentar-se aos pés do Mestre e ouvir a sua voz. Não sejamos escravos das muitas letras, das obrigações e das extensas doutrinas de igrejas que em sua grande maioria são anti-bíblicas.
O ser ponderado, equilibrado é a vontade de Deus para a vida dos seus servos, na verdade Ele não veio para colocar jugo sobre ninguém, veio tirar os muitos fardos; notadamente diversas igrejas não tem entendido esta palavra e agem exatamente ao contrário. Mulheres não devem cortar os cabelos; as roupas devem ser longas; não podem sentar-se homens e mulheres juntos; não devem maquilar-se; etc, no outro extremo nos depara aqueles que consideram tudo certo, e não repreende os seus, quando usam as roupas indecentes, as pesadas maquilagens e demais práticas comuns aos ímpios. A vontade de Deus é haja equilíbrio nestas coisas, é o tirar o jugo pesado e estar na simplicidade segundo a vontade de Deus.
Além de tudo isto, há aqueles que são mestres em auto-justificação, quando houve ou lêem a verdade, corre para seus lares e diante dos homens e de Deus procuram justificativas plausíveis para seus erros, a este o Senhor adverte:“... Não tentarás o Senhor teu Deus.” (Mt 4.7).Cuidado por querer encaixar o pecado na vida diária diante do Senhor.Por um tempo limitado estamos vivendo nesta terra, em meio ao agir do maligno, mas além da ordem de não nos contaminarmos com as práticas ímpias o Senhor diz ainda que devemos observar todas as coisas e colhermos as que são boas.A gratidão deve encher nossos corações é o que deve sobressair; a ingratidão não deve fazer parte de nosso viver. Quem receber algo, seja o que for não devem ser ingratos.Quem recebe uma roupa usada, por favor, não seja ingrato; o que recebe uma nova muito menos. Se outro recebe um vidro de remédio, não fique certo que ele tem a obrigação de dar-lhe, mas seja grato.A ingratidão machuca dói no Senhor. Lembre-se dos seus muitos benfeitores e os honrem, agradem faça algo por cada um.
A rebeldia é condenada veja:“ Guarda-te diante dele,... Porque não perdoará a vossa rebeldia; ...” Ex 23:21 - veja ainda Jr 28.16. Como há rebeldes na igreja, homem guiado pelos seus próprios desígnios, pastores que preferem escutar mestres terrenos a dá lugar ao Espírito Santo; os que perseveram no caminho pecaminoso, mesmo convicto desta situação. O lugar que os aguarda, “arde em chamas.”
Finalizando, vejamos o que o senhor diz sobre o que temos, nossas posses:“... contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei.” Hb 13.5De quem é a culpa pelos desacertos acontecidos na vida? Somente nossa, erramos pois não consideramos a vontade do Senhor, na maioria das vezes a vida é um caos; não crer na direção divina e não a busca; faz tudo com o próprio entendimento e geralmente as conseqüências são graves. Vivemos em um mundo espiritualizado, dirigidos pelos espíritos malignos e jamais teremos vitória de formos de peito aberto, precisamos estar cheios do Espírito Santo, vivendo no equilíbrio para podermos dar passos seguros, firmes.De quem é a culpa dos muitos débitos?Apenas do homem que não soube ouvir a voz do senhor que diz:“... Contentai - vos com o que tendes.”E lançou-se loucamente na armadilha financeira do maligno.
Igreja volte-se para o mestre, sejas simples como Ele o é, e verás a Sua glória!
Diz o Senhor. Amém!

MÚSICA SECULAR,NOVELA E FILME: PECADO?

Música secular, novela e filme: Pecado?
Recebo continuamente e-mails questionando-me sobre a pecabilidade em ouvir músicas seculares e assistirem novelas e filmes, decidi então escrever esta mensagem, na qual procuro responder esta questão à luz da palavra de Deus e aqueles que forem sensíveis ao Espírito Santo, certamente encontrará a resposta para esta pergunta.
Vivemos no tempo da graça, dias nos quais o Espírito de Deus está sobre a igreja, edificando as vidas e concedendo-lhes discernimento para agirem em conformidade com a vontade de Deus em todos os aspectos. A vida santa e pura (“...santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”. Hb 12.14) nos habilita a desfrutarmos de intimidade com Senhor e na renovação de nossa mente, comungando as mesmas idéias e princípios. É o campo preparado para o agir do Espírito Santo que nos faz sentir a conveniência ou não de algumas ações.
É evidente que não encontraremos na Bíblia um versículo que aborde o tema, até mesmo, pela inexistência de tais situações. Paulo escrevendo aos irmãos de Corinto, disse: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas”. (1Co 6.12) Aqui está a sabedoria do servo, ao deixar o Espírito Santo falar ao coração. A nossa escolha é pela licitude das obras, boas obras “mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação”. . (1Pe 2:12)
Façamos uma reflexão:
Ouvir música secular edifica a vida? Muito pouco provável! Na verdade, as letras de tais músicas geralmente exploram temas como: erotismo, sexualidade, ilusões, espiritualidade, mentira, etc. mensagens que destoam dos princípios de Deus. Muitos artistas, falam abertamente de pactos celebrados com entidades, visando o sucesso. O servo de Deus não pode compactuar-se de forma alguma com o mundo. Há também a questão do testemunho. Será lícita esta prática? Jesus teria prazer em nelas?
Assistir Filmes e Novelas edifica a vida? As novelas exibidas em nossos dias são verdadeiros canais disseminadores de toda sorte de práticas contrária à Palavra de Deus. Uma escola que atenta diretamente contra a moral e os bons costumes. A Tônica é: sexo, adultério, fornicação, traição, mentira, inimizade, falsidade, espiritualidade, violência, etc. É lícito o servo de Deus ocupar diariamente a sua mente com tanta imundícia? Jesus seria um assíduo telespectador de novelas? Quanto aos filmes, é preciso ter o bom senso de assistir apenas aquilo que não traga dano à nossa comunhão com o Senhor. É comum nas telas, o errado tornar-se certo e o certo em errado, por exemplo, inúmeros filmes trazem personagens declaradamente maus, bandidos, assassinos, etc. que arrebatam a aprovação e até mesmo, o desejo de vê-los se dar bem. É o compactuar com as obras das trevas. É licito tal diversão? Jesus ocuparia o seu tempo assistindo filmes abertamente contrários aos princípios de Deus?
Irmãos é preciso aprender a analisar e avaliar tudo que tem acesso à vida e que enche a mente, seja através dos olhos e ou dos ouvidos. Se a tua mente está cheia de letras de música mundanas e cenas de novelas e filmes a tendência lógica é a pratica de tais ensinamentos. O Senhor Jesus nos alertou quanto a isto, veja: “Porque a boca fala do que está cheio o coração”. (Mt 12.34). É preciso humildade e santidade para reconhecer esta verdade e guerrear contra a carne, sujeitando-a totalmente a Deus. O viver precisa ser um testemunho vivo da glória de Deus. “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”. (Mt 5:16)
A vida do homem, não pertence a Ele mesmo, sim a Deus, que o santifica e o transforma em morada do Espírito Santo (“Será que vocês não sabem que o corpo de vocês é o templo do Espírito Santo, que vive em vocês e lhes foi dado por Deus? Vocês não pertencem a vocês mesmos, mas a Deus”. 1Co 6.19); É lícito encher esta morada santa com as coisas impuras deste mundo? Deus chamou o homem e o separou para toda boa obra, para que nas suas ações Ele seja glorificado.
O que deve ocupar a mente do servo? “Irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco”. (Fp 4.8,9) O homem segundo o coração de Deus observa os Seus princípios e sempre está com a porta da vida fechada para o diabo e suas más obras, que habilmente, entra pelos lares.
Afinal é pecado ouvir música secular, novelas e filmes? Após a leitura desta mensagem, tenho plena convicção que o Espírito Santo falou a teu coração e você sabe qual a resposta.“Ao Rei eterno, imortal e invisível, o único Deus—a ele sejam dadas a honra e a glória, para todo o sempre! Amém!” (1Tm 1.17)

O CRISTÃO E A INTERNET

O CRISTÃO E A INTERNET
A Internet foi criada em 1969, com o nome de Arpanet, interligava apenas quatro computadores de universidades nos Estados Unidos, e durante muito tempo ficou restrita à área acadêmica. No Brasil, a Internet chegou por volta de 1988, para auxiliar nas pesquisas universitárias, e sua operação estava subordinada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Mas foi somente a partir de 1995, que a Embratel, por meio de uma autorização do Ministério das Telecomunicações, disponibilizou seu acesso para o uso comercial. (Fonte: Editora Érica).
O crescimento da Internet no mundo é espantoso, são mais de 600 milhões de pessoas ligadas; os brasileiros são 5% deste universo, aproximadamente 30 milhões. A Internet é um mundo virtual muito semelhante ao real, nele encontra-se sites abordando todos os temas possíveis, especialmente: pornografia, sexo e assuntos espiritualistas.
Em meio a estas densas trevas a luz do Senhor tem brilhado, dissipando-as; eis que surgem diariamente novos pontos de luz, são sites que procuram honrar e glorificar o nome Santo do Senhor Deus, disponibilizando verdadeiros oásis, com águas puras que restauram vidas. Ao servo, a opção de honrar a Deus, acessando páginas dignas dos santos, ou, a satisfação da carne e suas conseqüências. Irmãos não esqueçam, as más ações, mesmo que virtuais são pecado e como tal, passíveis de condenação eterna. (1Co 6.12)
“Todo caminho do homem é reto aos seus próprios olhos, mas o Senhor sonda os corações.” Pv 21.2 (Veja também: Sl 7.9; 17.3; 139.1)
“...Eu sou aquele que sonda mente e corações, e vos darei a cada um, segundo as vossas obras.” Ap 2.23
Um teclado, um monitor e o mundo, literalmente um mundo pela frente. Assim é a Web; incontestavelmente um veículo altamente influenciado pelo maligno, e sabiamente usado por ele; que no anonimato da virtualidade oferece aos ávidos pelo pecado, a satisfação, em especial aos buscam a pornografia e filosofias espiritualistas e ou satânicas. A net envolve todas as faixas etárias, indistintamente. Constato que os cristãos em especial os jovens têm feito uso desta ferramenta para secretamente extravasar toda a maldade da carne. Anônimos, fora do alcance dos olhos de familiares, presbíteros, pastores e demais autoridades da igreja; encontram uma situação de liberdade que os encoraja a agir segundo as inclinações de seus corações e fazem coisas terríveis. Esquece-se que o Senhor a tudo vê e certamente tais pecados não passam desapercebidos diante do trono e serão cobrados no tempo oportuno (Ap 2.23).
Não é aconselhável ao servo de Deus:
1 – Acessar sites Eróticos e Pornográficos.
É preciso que os servos de Deus tenham o devido cuidado com a vida espiritual, não permitindo que a impureza se aloje, afastando-lhes da comunhão verdadeira com o Eterno. Amados, é um engano pensar que o acesso a tais páginas não produz um efeito devassador na vida, é praticamente impossível, não se contaminar com os desejos baixos produzidos pela carne. O Senhor nos deixa uma palavra clara de alerta contra a impureza, sua prática apaga o Espírito de Deus. “Eles perderam toda a vergonha e se entregaram totalmente aos vícios; eles não têm nenhum controle e fazem todo tipo de coisas indecentes... Vocês fazem parte do povo de Deus; portanto, qualquer tipo de imoralidade sexual, indecência ou cobiça não pode ser nem mesmo assunto de conversa entre vocês.” Ef 4.19 e 5.3
“Ele castigará especialmente os que seguem os seus próprios desejos imorais e desprezam a autoridade dele.” 2Pe 2.10
2 - Sexo Virtual (masturbação ou conversas sensuais).
Sexo virtual é pecado! Sua pratica envolve masturbação, conversas impuras e baixas. O peso de sua prática assemelha-se ao da fornicação e ou adultério. Os seus praticantes estão destituídos da verdadeira comunhão com Deus e estão debaixo de condenação eterna.”Vocês fazem parte do povo de Deus; portanto, qualquer tipo de imoralidade sexual, indecência ou cobiça não pode ser nem mesmo assunto de conversa entre vocês.” Ef 5.3
“Deus não nos chamou para vivermos na imoralidade, mas para sermos completamente dedicados a ele.” 1Ts 4.7 ; Hb 13.4)
“Que o casamento seja respeitado por todos, e que os maridos e as esposas sejam fiéis um ao outro. Deus julgará os imorais e os que cometem adultério.” Hb 13.4
3 - Bate Papo / Chat.
Estas salas de conversação são usadas por muitos para construir amizades e em outros casos, até falarem do amor do Senhor. Infelizmente, nota-se que as designadas aos Cristãos/Evangélicos dos grandes portais, são verdadeiras praças nas quais muitos freqüentadores influenciados por espíritos malignos se portam como filhos das trevas. Lamento a ingenuidade de muitos que insistem em “jogar pérolas aos porcos” (Mt 7.6) expondo ao ridículo a palavra santa do Senhor e, pela vida de muitos crentes que escondido atrás de um “Nickname” mostram suas inclinações pecaminosas, usando expressões baixas e mentiras. A consciência de uma vida santa deve envolver todo o nosso ser, a ponto de produzirmos os frutos do Espírito Santo em todas as situações, inclusive, nas ações numa sala de Chat, nossas palavras devem ser continuamente uma expressão de louvor a Deus. Oh graças!“A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um.” Cl 4.6
”De boas palavras transborda o meu coração... nos teus lábios se extravasou a graça; por isso Deus te abençoou para sempre.” Sl 45.1,2
”Ordena e ensina... Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, tornar-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza.” 1Tm 4.11,12
”Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios” Sl 141.3
”E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus...” Sl 40.3”Habite ricamente em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos e hinos e cânticos espirituais, com gratidão, em vossos corações. E tudo que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus.” Cl 3.16,17
4 – Hackers e vírus
Internet é vista por muitos, como a última fronteira a ser desbravada. Com um simples PC e conhecimentos básicos é possível trazer para sim o título de “hackers”, invadindo sistemas, e proporcionando aos usuários enormes prejuízos. Infelizmente, encontramos nesta classe muitos queridos que se apresentam no dia-a-dia como crentes, claro, uma vida hipócrita, é impossível conciliar tal prática com uma vida santa e reta aos olhos do Eterno Senhor.
A rede está repleta de vírus e programas intrusos que se alojam no hd, trazendo sérios danos ao funcionamento do PC e ou captando informações pessoais (senhas, número de documentos, etc.). Aventurar-se na Internet sem algumas precauções mínimas é buscar para si, prejuízos; procure proteger o computador com programas contra vírus ou invasores (firewalls).
Hoje, além dos famosos vírus (cuja finalidade é violar as máquinas e desorganizar arquivos), encontramos na net os delinqüentes cibernéticos aplicando golpes nos usuários. Conheçam alguns: a) Phishing – São enviados milhões de e-mails falsos, geralmente possuem como remetentes instituições conhecidas, como a Receita Federal, bancos ou organismos de proteção ao crédito, pedindo que se entre em um link. Este dá acesso a um site falso (clone do original), no qual são pedidos dados como conta bancária e senha.
b) Cavalo-de-tróia – São programas que se instalam dentro do micro abrindo portas para uma nova invasão. Eles surgem como e-mails ou links em uma página, geralmente, oferecendo atrativos. Através deste programa os estelionatários obtêm informações como nome, endereço, numero de CPF, número da conta bancária e senhas.
c) Spyware – Nome genérico dado aos programas de espionagem que se instalam no micro quando se acessa um site. Eles vasculham a máquina em busca de senha bancária. Para evitar os spywares, os bancos resolveram criar teclados virtuais em que a senha é digitada apenas se apertando o botão do mouse.
Amados, é preciso estar atentos, pois a Internet é uma ponte direta com o mundo do crime e com todo o nível de sofisticação que a mais moderna tecnologia pode proporcionar. Veja o que é necessário para navegar com cautela e evitar surpresas desagradáveis:
a) Antivírus – Instale um antivírus de preferência atualizado automaticamente (Sugiro o Norton).
b) Nunca forneça Senhas – Não informe sua senha a ninguém. Também não atenda a pedidos de cadastramento ou recadastramento bancário on-line sob nenhum argumento.
c) E-mails – Delete os e-mails nos quais o remetente seja desconhecido ou cuja identidade levante suspeitas. Não acredite em sorteios e nem aceite ofertas tentadoras e milagrosas. Cuidado ao abrir os anexos, até mesmo de pessoas conhecidas.
(As informações deste tópico foram compiladas da Revista Veja nº 1880)
5 - Sites do Senhor.
Mas, em meio a este mar de coisas terríveis, visualizamos ilhas que são verdadeiros paraísos espirituais, nas quais podemos aportar e desfrutar das delicias que nos são apresentadas. Verdadeiro alimento que fortalece a nossa fé e concede-nos disposição para continuarmos firmes e inabaláveis na caminhada em direção à cidade santa. Estes sites devem ser visitados e ajudados, são pontos de luz em meio às trevas.
Amados Pais, Amados Irmãos:
O Senhor colocou em nossas mãos a responsabilidade pela instrução dos filhos nos caminhos santos (“Guardem sempre no coração as leis que eu lhes estou dando hoje e não deixem de ensiná-las aos seus filhos. Repitam essas leis em casa e fora de casa, quando se deitarem e quando se levantarem.” Dt 6.6,7), procure conhecer qual a vida que eles tem levado na Net, sente-se e os aconselhe, faça-os refletir sobre os perigos da rede, bem como, sobre a necessidade de serem santos em todo o proceder, seja no acesso a site impróprios, em chats e até mesmo na incompatibilidade da prática hacker.
Amados do Senhor estejam atentos e não se deixem enganar pela obra sutil do diabo. Lembre-se, ele anda ao nosso lado à procura de uma brecha, e encontrando-a entra e destrói a vida.Vamos fazer uso da Internet de uma forma santa e edificante!
“Sede santos, porque eu sou santo.” 1Pe 1.16

ENPREGADOS SANTOS

Funcionários Santos
Os seguidores do Senhor Jesus Cristo têm a obrigatoriedade de mostrar-se diferente na sociedade, não compartilhando dos mesmos prazeres e satisfações comuns àqueles que desconhecem o amor do Redentor. Ele é chamado para ser exemplo e padrão de conduta, demonstrando através de suas ações que é regido pelo Espírito de Deus. Responsabilidade, integridade e dignidade são qualidades inerentes aos que vivenciam o senhorio de Cristo!
As diferenças sociais sempre será uma realidade na humanidade, inclusive, entre os seguidores de Cristo; entre estes, existirão muitos com excelente poder aquisitivo, são canais de bênçãos para a congregação dos santos, ajudando aos necessitados e aos pobres (Jo 12.8; Gl 2.10). Esta desigualdade aplica-se exclusivamente no campo econômico e não é motivo para exaltação dos mais abastados e tão pouco de desolação para os menos afortunados. “Portanto, se temos comida e roupas, fiquemos contentes com isso.” (1Tm 6:8). Pois, o que verdadeiramente importa é uma vida de comunhão real com o Senhor.
O Brasil é um país capitalista (Sistema econômico e social baseado na propriedade privada dos meios de produção, na organização da produção visando o lucro e empregando trabalho assalariado, e no funcionamento do sistema de preços.) onde é comum à relação patrão / empregado. Nesta mensagem quero mostrar que as atitudes do empregado cristão não devem está desvinculadas dos ensinamentos de Cristo, bem como, alertar aos funcionários para o dever de serem santos no cumprimento de suas funções.
“Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor.” Rm 14:8 O versículo descreve com extrema profundidade a condição do crente no Senhor, é explicita a total dependência e submissão ao senhorio do Todo Poderoso. Esta realidade aplica-se em todos os aspectos da vida.
O empregado no desempenho de suas funções profissionais jamais pode afastar-se da direção do Espírito Santo, que o faz ser uma pessoa digna no cumprimento de suas funções e delegações. O Patrão precisa ser visto como um instrumento de bênção, levantado por Deus para proporcionar meio, através dos quais os compromissos sociais são honrados. Reconhecendo ainda, que a autoridade do patrão é dada pelo Senhor Deus (“Servos, obedecei em tudo ao vosso senhor segundo a carne, não servindo apenas sob vigilância, visando tão-somente agradar homens, mas em singeleza de coração, temendo ao Senhor.” Cl 3.22). A obrigação de fazer o melhor possível pesa sobre os ombros do servo.
Os empregados para serem bem sucedidos na carreira profissional precisam observar os conselhos dados pelo próprio Deus, veja alguns:
1- Obedientes às normas da empresa. “Quanto a vós outros, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a Cristo.” Ef 6.5;2- Fidelidade aos princípios da empresa. “Servos, obedecei em tudo ao vosso senhor segundo a carne, não servindo apenas sob vigilância, visando tão-somente agradar homens, mas em singeleza de coração, temendo ao Senhor. Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo; pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisto não há acepção de pessoas.” Cl 3.22-25;3- Sujeitando-se aos chefes. “Todos os servos que estão debaixo de jugo considerem dignos de toda honra o próprio senhor, para que o nome de Deus e a doutrina não sejam blasfemados. Também os que têm senhor fiel não o tratem com desrespeito, porque é irmão; pelo contrário, trabalhem ainda mais, pois ele, que partilha do seu bom serviço, é crente e amado. Ensina e recomenda estas coisas.” 1Tm 6.1,2;4- Trabalhando com satisfação. “Quanto aos servos, que sejam, em tudo, obedientes ao seu senhor, dando-lhe motivo de satisfação; não sejam respondões.” Tt 2.9;5- Paciente com todos. “Servos, sede submissos, com todo o temor ao vosso senhor, não somente se for bom e cordato, mas também ao perverso.” 1Pe 2.18.
As dificuldades na vida profissional são normais, as provações, concorrências e até mesmo o fato de ser preterido, por não compartilhar ou compactuar com práticas pecaminosas é esperado. Evite participar de greves e outros movimentos que produzam prejuízos aos empregadores; você deve ser sempre bênção!
A fé precisa ser exercitada, pois a batalha contra o mundo das trevas é real e efetiva. O empregado precisa ser sensível ao Espírito Santo, possuir os olhos espirituais abertos, para que ouça as orientações do Senhor e tome as decisões acertadas. “porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.” Ef 6.12
Reservar tempo para a comunhão pessoal com Deus é indispensável, não permitido deixar a carne frutificar (Gl 5.17), roubando todo o tempo que originalmente pertence ao Senhor. “Portanto, ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer, e ele lhes dará todas essas coisas.” Mt 6:33. A inversão desta ordem permitirá que os emprego tomem o primeiro lugar, as bênçãos do Senhor cessarão e as conseqüências espirituais serão terríveis.
A Consagração a Deus deve ser total, incluindo: a vida, a família, bens, emprego, tudo! Afinal o servo é simplesmente um mordomo que administra os recursos que foram proporcionados (“Ao SENHOR pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam.” Sl 24:1). Consagre o teu emprego ao Senhor, mesmo que seja simples e pouco remunerado (faça sempre o melhor!); declare ao mundo espiritual que a tua causa está nas mãos do Eterno e confie. Determine a vitória e tome posse das promessas. Ore diariamente, abençoando o teu empregador (chefes e encarregados), clame pela empresa e declare a bênção de Deus sobre ela e proíba o inimigo de agir, retardando ou fechando as portas.
Não procure comprar a bênção através do “misticismo gospel” pregado por muitos.
“Santificai-vos e sede santos, pois eu sou o SENHOR, vosso Deus.” Lv 20:7
A santificação é uma ordem de Deus a todos os homens, sejam eles, empregadores ou empregados. A perseverança nas orações, nos jejuns e o meditar diário na Palavra do Senhor são condições imprescindíveis na vida do servo de Deus.