segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

NÃO DESVIE DO FOCO - JESUS CRISTO

PR C H SPURGEON

O INFIEL DE CORAÇÃO DOS SEUS PRÓPRIOS CAMINHOS SE FARTA, COMO DO SEU PRÓPRIO PROCEDER, O HOMEM DE BEM (PROVÉRBIOS 14.14)

Temos aqui um princípio simples, com valor igual para duas pessoas que, sob outros aspectos, se contrastam. As pessoas são afetadas pelo curso que adotam; para o bem ou para o mal, sua conduta recai sobre elas mesmas. O infiel e o homem de bem são bem diferentes, mas a ambos se aplica a mesma regra --- os dois se fartam dos resultados das suas vidas. O desviado fica cheio daquilo que se vê em sua vida, e a pessoa boa também fica cheia daquilo que a graça implanta em sua alma. O fermento mal no ímpio leveda todo o seu ser e azeda a sua existência, enquanto a fonte cheia de graça do crente santificado satura sua humanidade e batiza toda a sua vida. Em cada caso a plenitude vem daquilo que está dentro da pessoa e tem a mesma natureza do caráter da pessoa: a plenitude da miséria do infiel será resultado do seu estilo de vida, e a plenitude do contentamento da pessoa boa brotará do coração de Deus que foi derramado em seu coração.

O efeito dessa passagem ficará mais claro se começamos com uma ilustração. Temos aqui duas esponjas, e queremos impregná-las. Se submergirmos a primeira em uma poça de água podre, ela ficará cheia daquilo que a cerca; se submergirmos a segunda em um riacho de água límpida, ela também ficará cheia do elemento que a cobre. O infiel está atolado no mar morto dos seus próprios caminhos, e fica cheio de água salgada; o homem bom é imerso como um jarro no !Riacho de Siloé que passa junto ao oráculo de Deus?, e o rio da água da vida o preenche até a borda. Um coração errante fica cheio de tristeza, um coração que confia no Senhor será satisfeito com alegria e paz. Ou imagine dois fazendeiros: um deles planta joio em seus campos e, em pouco tempo, seus galpões estão cheio dele; outro planta trigo e seus silos ficam estocados com o precioso grão. Você também pode acompanhar a parábola do Senhor: um construtor coloca sua habitação frágil sobre a areia e, quando a tempestade cai sobre ela, naturalmente ela é carregada embora. Outro lança fundações profundas para sua casa até firmá-la na rocha e, também naturalmente, ele sorri para a tormenta, bem protegido por sua construção. O que alguém é em conseqüência do seu pecado ou da graça será para ele motivo de tristeza ou satisfação.

I. Vou tomar essas duas pessoas sem mais delongas e falar primeiro do infiel. Este assunto é muito sério, mas é necessário que eu o traga à audiência desta manhã, pois todos temos uma parte nele. Confio que não haja muitos presentes que não são desviados no pior sentido do termo, porém muito, muito poucos dentre nós estão livres da acusação de terem recaído em alguma medida em um momento ou outro depois de sua conversão. Mesmo aos que amam sinceramente ao seu Mestre às vezes erram, e todos temos de tomar cuidado para que não haja em nós um coração mal de incredulidade que nos afasta do Deus vivo.

Há diversos tipos de pessoas abrangidos de modo mais ou menos apropriado pelo termo !infiel?, e estes serão cheios das conseqüências dos seus caminhos, cada um a sua medida.

Em primeiro lugar, há apóstatas, que são os que se unem à igreja de Cristo e agem por algum tempo como se experimentassem uma transformação real de coração. Essas pessoas com freqüência são muito zelosas por um período e podem se tornar notáveis, senão destacadas, na igreja de Deus. Eles corriam bem, como aqueles que o Apóstolo menciona, mas alguma coisa se interpõe e diminui o seu passo; em seguida eles param e se detêm e saem do meio do caminho para ficar na margem da estrada. Primeiro em seus corações eles voltam ao Egito para, assim que encontram uma oportunidade de retornar, escapar a todos os freios da sua profissão de fé e esquecer o Senhor abertamente. Certamente o fim dessas pessoas será pior que o começo. Judas era um crente professo em Jesus, discípulo do Senhor, ministro do evangelho, apóstolo de Cristo, tesoureiro de confiança do grupo dos apóstolos, e acabou se revelando como !Filho da perdição?, que vendeu seu mestre por trinta moedas de prata. Há muito que ele estava cheio dos seus caminhos próprios porque, mesmo atormentado pelo remorso, ele jogou fora o dinheiro de sangue que lhe custara tanto para ganhar, enforcou-se e foi para o lugar que merecia.

A história de Judas tem sido reescrita vez após vez na vida dos traidores. Temos ouvido de Judas como diácono ou presbítero; temos ouvido Judas pregar, temos lido as obras de Judas bispo e Judas o missionário. Às vezes Judas permanece em sua profissão de fé por anos, mas, cedo ou tarde, o verdadeiro caráter do homem se revela. Seu pecado cai sobre sua cabeça e, se não der um fim em si mesmo, não duvido que, às vezes já nesta vida, ele conviva com um remorso tão terrível que sua alma preferiria enforcar-se a viver. Ele colheu as uvas de Gomorra e agora tem de beber o vinho; ele plantou uma árvore amarga e precisa comer o fruto dela. Oh, senhores, que nenhum de vocês traia nosso Senhor e Mestre. Que Deus conceda que eu nunca o faça.

O título de infiel também e aplica a outro tipo de pessoa, não tão perdidas mas ainda numa condição lamentável, dos quais não Judas mas Davi poder servir como tipo; refiro-me aos que retrocedem pelo pecado flagrante. Há pessoas que descem da pureza para uma vida descuidada para a permissividade da carne, e da permissividade nas coisas pequenas para pecado consciente, e de um pecado para outro até ficarem submersos na impureza. Eles nasceram de novo e, por isso, a vida trêmula e quase extinta dentro deles precisa e vai reviver e trazê-los ao arrependimento; eles voltarão cansados, chorando, humilhados, com o coração partido, e serão restaurados, mas nunca mais serão o que eram antes. Sua voz ficará rouca como a de Davi depois do seu crime, pois ele nunca mais cantou com tanto júbilo como nos primeiros dias. A vida será mais cheia de tremor e tribulação e evidente diminuição de ânimo e alegria de espírito. É penoso andar com os ossos quebrados e, mesmo depois que eles são recolocados no lugar, eles costumam sentir pontadas de dor quando o tempo fica ruim. Posso estar falando para alguns assim esta manhã e, neste caso, quero falar com um amor muito fiel. Querido irmão, se você está agora seguindo a Jesus de longe, em pouco tempo você irá traí-lo como Pedro o fez. Mesmo que você alcance misericórdia do Senhor, certamente o texto se cumprirá e você !se fartará dos seus próprios caminhos?. Tão certo como Moisés tomou o bezerro de ouro e o moeu até virar pó, que misturou à água que os Israelitas pecadores tiveram de beber até todos sentirem gosto de areia na boca, assim O Senhor fará com você, se você é de fato seu filho: ele tomará seu ídolo de pecado e o moerá ate virar pó, e sua vida será tornada amarga por Ele por muitos anos. Quando o amargor e a amargura ficarem mais evidentes no cálice da vida, será triste reconhecer que !eu consegui isso para mim com a minha tolice vergonhosa?. Ó Senhor segura-nos e guarda-nos de cairmos aos poucos, para não afundarmos no pecado e continuarmos nele por um período, pois certamente a angústia resultante de um mal assim é tão terrível como a própria morte. Se Davi pudesse levantar do seu túmulo e aparecer diante de vocês com seu rosto sulcado pela tristeza e sua testa vincada por seu sofrimento, ele lhes diria: !Cuidem diligentemente dos seus corações, para não trazerem castigo para si mesmos. Vigiem com oração e se guardem do início do pecado, para que seus ossos não envelheçam com seus gemidos e seu vigor se torne em sequidão de estio?. Proteja-se de um coração errante, porque será uma coisa terrível ficar cheio das próprias recaídas.

Existe um terceiro tipo de infidelidade, e eu creio que um grande número entre nós já mereceu este título. Estou pensando naqueles que, em qualquer grau ou medida, mesmo que por pouco tempo, retrocedem do ponto que já tinha alcançado. Talvez uma pessoa assim nem deveria ser chamada de infiel porque este não é seu caráter predominante, mas ela retrocedeu. Se você não crê com a mesma firmeza de antes, não ama com a mesma intensidade, não serve com o mesmo zelo, então a pessoa se tornou infiel em certo sentido, e a infidelidade em qualquer sentido é pecado e nos encherá com a mesma medida das suas conseqüências. Se você semeia só duas ou três sementes de espinheiro, não haverá tantos cardos em sua fazenda como se você esvaziasse um saco inteiro mas, mesmo assim, haverá o suficiente e até mais. Cada pequena recaída, como as pessoas a chamam, é um grande mal; todo pequeno desvio de Deus, mesmo só no coração, sem jamais se manifestar em palavras ou atos, nos trará alguma medida de tristeza. Se todo pecado fosse removido de nosso ser a tristeza também seria e, na verdade, estaríamos no céu, porque um estado de santidade perfeito equivale a bênção perfeita. O pecado em qualquer grau dará o seu fruto próprio, e este fruto cedo ou tarde mostrará as suas garras; por isso é mal ser infiel, mesmo no menor grau.

Dito isto, continuemos a reflexão sobre os últimos dois tipos de infiéis, deixando de fora o apóstata. Leiamos novamente o seu nome, e depois sua história; temos ambos em nosso texto.

A primeira parte do seu nome é: !infiel?, !aquele que se desvia?. Ele não sai correndo nem pula para longe, mas desvia-se, escorregando, deslizando com um movimento suave, sem esforço, fácil, silencioso, talvez imperceptível para ele mesmo ou para as outras pessoas. A vida cristã é muito parecida com subir uma montanha coberta de neve. Você não pode escorregar para cima; terá de fazer buracos para firmar o pé, e só poderá fazer progressos com muito trabalho e cuidado; precisará de um guia para ajudá-lo, e não estará seguro de cair numa fenda se não estiver preso no guia. Ninguém escorrega para cima; mas, se não tomar cuidado, poderá escorregar para baixo, em outras palavras, desviar-se, isto é muito fácil de acontecer. Se você quer saber como desviar-se, a resposta é: pare de avançar e você deslizará para traz; deixe de subir e você descerá necessariamente, pois não é possível ficar parado. Para nos induzir a recair, satanás age conosco como engenheiros fazem com uma estrada morro abaixo. Para construir uma estrada lá do divisor de águas até o vale eles nem pensam em fazê-la despencar por um precipício ou descer um paredão a pique, porque ninguém usaria uma estrada assim. Eles a fazem dar voltas e curvas. A trilha desce um pouquinho para a direita, você quase nem percebe a inclinação; depois ela vai para a esquerda e sobe um pouquinho. Assim curvando para lá e para cá, o viajante acaba lá embaixo no vale. Da mesma maneira o astuto inimigo das almas tira os santos lá dos seus lugares altos: geralmente quando ele consegue fazer um homem bom descer, foi de pouco em pouco. De vez em quando ele consegue fazer um homem bom descer, foi de pouco em pouco. De vez em quando, com uma oportunidade repentina e uma tentação forte, o cristão pode ser derrubado de repente direto do pináculo do templo para o calabouço do desespero, mas isto não é muito freqüente; a obra de engenharia do diabo é a inclinação suave, e ele é muito hábil em construí-la. A alma quase não percebe que está descendo, parece-lhe que está mantendo o nível de sua caminhada, mas, antes que se dê conta está bem abaixo da linha de paz e consagração.

Pense mais uma vez no nome dessa pessoa. Ela tornou-se !infiel?, mas desviou-se do que? Ela conhece a doçura das coisas de Deus e, mesmo assim, para de alimentar-se delas. É alguém que teve o privilégio de sentar-se à mesa do Senhor e, mesmo assim, desertou do seu lugar honroso, desertou das coisas que conheceu, sentiu, saboreou, tocou, se alegrou ! as coisas que são os presentes sem preço de Deus. Ele decaiu da condição em que vivia o céu aqui em baixo; foi infiel ao amor daquele que o comprou com seu sangue; afastou-se das feridas de Cristo, da obra do Espírito eterno, da coroa da vida que paira sobre a sua cabeça e de um relacionamento familiar com Deus que os anjos invejavam. Se não fosse tão altamente favorecido, não poderia tornar-se tão perverso. Que tolo e lerdo de coração para desviar-se da riqueza para a pobreza, da saúde para a doença, da liberdade para a escravidão, da luz para as trevas; do amor de Deus, de estar em Cristo e da comunhão com o Espírito Santo para a mornidão, mundanismo e pecado.

O texto, contudo, dá ao nome da pessoa uma amplitude maior: !O infiel de coração?. O coração é a fonte de todo mal. Ninguém precisa desviar-se ativamente para ver o texto cumprir-se nele; só precisa ser infiel no coração. Toda infidelidade começa lá dentro, começa quando o coração fica morno, quando o amor de Cristo tem menos poder na alma. Talvez você pense que, enquanto a infidelidade ficar confinada no coração, ela não é tão importante. No entanto, pense por um instante, e você confessará seu erro. Se você fosse ao médico e dissesse: !Senhor, sinto uma forte dor no corpo?, será que você ficaria confortado se ele respondesse: !Não há uma causa local para o seu sofrimento; ele deriva completamente da doença do coração?? Você não ficaria mais alarmado? Qualquer caso é grave quando envolve o coração. O coração é difícil de alcançar e difícil de compreender e, além disso, ele tem tanto poder sobre o resto do sistema e tanto potencial de fazer mal a todos os membros do corpo, que uma doença no coração é uma doença num órgão vital, uma poluição da fonte de vida. Um ferimento ali se iguala a mil feridas, um ataque paralisa todos os membros. Portanto, olhem bem para seus corações e orem: !Ó Senhor, limpa os cantos do nosso espírito e preserva-nos para teu eterno reino e glória!?

Leiamos agora a história dessa pessoa: !o infiel de coração dos seus próprios caminhos se farta?. Disto fica claro que ele está recaindo para caminhos próprios. Quando estava na condição correta ele seguia os caminhos do Senhor, alegrava-se na lei do Senhor e lhe dava o que o coração desejava. Agora ele tem caminhos próprios, que prefere aos do Senhor. Qual é o resultado desta perversidade? Será que ele vai prosperar? Não; não vai demorar até que ele fique farto dos seus próprios caminhos. Vejamos o que isto significa.

A primeira maneira de fartar-se dos seus próprios caminhos é ficar absorvido por interesse carnal. A pessoa não tem mais muito tempo para assuntos religiosos; tem outras coisas para fazer. Se você lhe fala das coisas profundas de Deus, ele se cansa de você e não quer mais ouvir nem dos cuidados diários com as coisas de Deus, no máximo ele vai ao culto. Ele precisa cuidar dos seus negócios, ou participar de um jantar, ou receberá visita de alguns amigos. Em qualquer caso, sua resposta a você será: !Peço que me tenhas por escusado?. Acontece que esta pré-ocupação com ninharias é sempre enganosa porque, quando o coração está cheio de palha, não sobra espaço para o trigo; quando toda a mente está ocupada por frivolidades, as questões de peso para a eternidade não podem entrar. Muitos cristãos professos passam tempo demais com entretenimentos que eles chamam de higiene mental, mas que, temo eu, deixa sua mente mais suja do que limpa. Os prazeres, cuidados, interesses e ambições do mundo incham no coração depois que entram, até preenchê-lo completamente. Como o chupim no ninho do pardal, o mundanismo cresce e cresce e se empenha por expulsar o verdadeiro dono do coração. Se sua alma está cheia de qualquer coisa que não com Cristo, você está em má situação.

Os infiéis geralmente avançam mais um passo e fartam-se dos seus caminhos ao começar a orgulhar-se com sua condição e gloriar-se em sua vergonha. Não que estejam realmente satisfeito no coração, pelo contrário; eles suspeitam que as coisas não vão bem como deveriam ser e, por isso, assumem uma postura ousada e tentam iludir a si mesmo e aos outros. É bastante perigoso chamar sua atenção para suas falhas, não aceitarão sua repreensão, antes se defenderão e poderão até levar a guerra para o seu lado: !Você é puritano, mente fechada, legalista, e sua conduta e estilo de vida fazem mais mal do que bem?. Eles dizem que jamais educarão seus filhos como você. Eles enchem a boca porque seus corações estão vazios, e eles se defendem em voz alta porque suas consciências esta um grande agito dentro deles. Chamam de prazer pecaminoso quando se afrouxa um pouco suas rédeas, chamam a ganância de prudência, a cobiça de economia, a desonestidade de esperteza. É assustador pensar que pessoas que deveriam saber como as coisas são precisam se defender. Geralmente o defensor mais ardoroso de uma prática pecaminosa é o que tem mais problema de consciência com ela. Ele sabe que não está vivendo como deveria, mas não está disposto a reconhecê-lo, de jeito nenhum se puder evitá-lo. Ele está farto com seus caminhos, ostentando contentamento.

Não tarda muito e sua fartura alcança outro estágio, porque, se o infiel esta sob a graça, ele acha seu castigo, e isto de uma vara que ele mesmo fez. Passa muito tempo até que você possa comer pão do trigo que você plantou: a terra precisa ser arada e semeada, o trigo precisa crescer, a farinha precisa ser amassada e assada. No fim, o pão é trazido à mesa e pode ser comido. O mesmo acontece com o fruto do caminho do infiel, que ele vai comer. !Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará?. Agora veja o desviado colhendo os frutos dos seus caminhos: ele negligenciou a oração e, quando quer orar, não consegue; seus desejos, emoções, fé e súplicas falham; ele fica ajoelhado por algum tempo mas não consegue orar; o espírito de súplicas está triste e não o ajuda mais em suas fraquezas. Ele toma sua bíblia e começa a ler um capítulo, mas desconsiderou a palavra de Deus por tanto tempo que ela lhe parece mais uma carta morta que uma voz viva, mesmo que ela fora um livro doce antes que ele se desviasse. O pastor também está diferente: antes tinha prazer em ouvi-lo, mas agora o pobre pregador perdeu todo o antigo poder, na opinião do infiel. Outras pessoas não pensam assim, o salão está lotado, há tantos santos edificados e pecadores salvos como antes. Porém o infiel de coração começou a criticar e agora está preso ao hábito, critica tudo e não se alimenta da verdade. Como um louco à mesa ele mete seu garfo na panela, ergue-o, olha para ele, acha defeito nele e o joga no chão. Ele também não se comporta melhor na companhia dos santos que ele antes gostava: eles são companheiros insossos e ele os evita. Ele está cansado de todas as coisas que contribuem para sua vida espiritual, ele desfez deles e agora não tem mais prazer neles.

Ouça-o cantar, ou melhor, suspirar:

Teu povo está feliz, eu sei,

Pois gostam de orar;

Às vezes eu vou lá também;

Mas sem me alegrar.

Como poderia ser diferente? Ele está bebendo água da sua própria cisterna e comendo pão de um trigo que ele semeou anos atrás. Seus caminhos o acharam.

O castigo também resulta de seus pecados em outras áreas. Ele foi muito mundano e organizava festas alegres, e agora suas filhas cresceram e o entristecem com sua conduta. Ele também cometeu pecados, e agora que seus filhos seguem seu exemplo, o que ele pode dizer? Ele pode se admirar? Veja o caso de Davi. Davi caiu em peado grave, e logo seu filho Amnom competiu com ele em maldade. Davi matou Urias, o heteu, e Absalão matou seu irmão Amnom. Davi se rebelou contra Deus, e eis que Absalão levantou o estandarte da revolta contra ele. Davi destruiu o relacionamento da família de outro homem de maneira desgraçada, e eis que sua família foi feita em pedaços e nunca mais voltou à paz. Até em seu leito de morte ele teve de dizer: !Não está assim com Deus a minha casa?. Ele se fartou dos seus próprios caminhos. Sempre será assim, mesmo se o pecado já foi esquecido. Se você soltou um corvo ou uma pomba da arca da sua alma, eles voltarão a você assim como você os soltou. Que Deus nos proteja de sermos infiéis, para que a correnteza suave da nossa vida não se transforme numa enxurrada terrível de desgraça.

O quarto estágio, bendito seja Deus, afinal é alcançado por homens e mulheres debaixo da graça. Que misericórdia que eles o alcançam! Aqueles são fartos de seus próprios caminhos em outro sentido: são fartos, mas continuam insatisfeitos, miseráveis e descontentes. Buscaram o mundo e o acharam, mas ele agora perdeu toda a atratividade. Foram atrás de amantes, mas esses enganadores o iludiram, e eles torcem as mãos e dizem: !Tornarei para o meu primeiro marido, porque melhor me ia então do que agora?. Muitos viveram à distância de Jesus Cristo, mas agora já não o podem suportar; não são felizes enquanto não retornam. Ouça os clamar nas palavras do Salmo 51: !Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário?. Todavia, eu lhes digo que não poderão voltar de modo fácil. É difícil fazer de volta o caminho do desvio, mesmo que seja curto; andar pela segunda vez pelo caminho é muito mais difícil que a primeira.

Amados amigos, vamos todos direto para a cruz, de medo de nos desviarmos.

Volte-se para o Senhor Deus,

Contrito coração;

Ele, a quem se arrependeu,

Da graça e perdão.

Confessemos toda forma e grau de infidelidade, todo desvio do coração, toda diminuição do amor, todo enfraquecimento da fé, todo o esmorecimento do zelo, todo entorpecimento do anseio, toda falha de confiança. O Senhor nos diz:? Voltem?; portanto, voltemos. Mesmo se não fomos infiéis, acheguemos-nos à cruz como penitentes sinceros, pois é bom permanecer ali para sempre. Ó Espírito do Deus vivo, mantém-nos em contrição de fé por todos os nossos dias.

II. Só tenho pouco tempo para a segunda parte do meu assunto. Por isso, desculpem-me se não tento aprofundar-me muito nele. Assim como é verdade que o desviado se farta do que está dentro dele e da sua maldade, também é verdade que o cristão que anda nos caminhos da justiça e da fé se torna farto e contente. Aquilo que a graça colocou nele o fartará no devido tempo. Aqui então, temos o nome e a história do homem de bem.

Veja primeiro como o chamamos. É digno de nota que, assim como o desviado não vai atender se você o chama pelo nome, também o homem de bem não aceitará o título que lhe damos aqui. Onde está o homem de bem? Eu sei que qualquer pessoa aqui que está em ordem com Deus vai passar a pergunta dizendo: !Ninguém é tão bom senão um que é Deus?. Os bons também questionarão meu texto assim: !Não consigo estar satisfeito comigo mesmo?. Bem, prezado amigo, preste bem atenção nas palavras. O texto não diz !satisfeito consigo mesmo?; nenhuma pessoa realmente boa ficou satisfeita consigo mesma, e, se começa a falar como se estivesse, está na hora de duvidar se ela sabe do que está falando. Todas as pessoas boas que eu encontrei sempre queriam ser melhores; ansiavam por algo mais elevado do que tinham alcançado até ali. Não concordariam que estão satisfeitas, e certamente não estão mesmo. O texto não diz que elas estão, mas diz algo tão parecido que todo cuidado é pouco. Se eu, esta manhã, dizer que uma pessoa boa olha dentro de si e fica satisfeita com o que encontra, deixe-me dizer que de forma alguma tenho algo assim em mente. Eu gostaria de dizer exatamente o que o texto diz, mas não sei se vou conseguir, a não ser que vocês me ajudem não entendendo mal, mesmo tendo uma tentação forte de fazê-lo. Esta á história do homem de bem. Ele, !se farta do seu proceder?, mas primeiro tenho de ler novamente o seu nome. Mesmo sem merecer, para que ele serve? Ele responde: !Para nada?, mas na verdade ele serve para muita coisa, quando o Senhor o usa. Lembre-se que ele é bom porque o Senhor o criou de novo pelo Espírito Santo. Não é este o bem que o Senhor faz? Quando ele criou a natureza, a primeira coisa que disse de todas as coisas é que eram muito boas. Como poderiam ser outra coisa?, se foi ele quem as fez? Assim, na nova criação, um coração novo e um espírito direito são de Deus e devem ser bons. Onde há graça no coração, a graça é boa e torna o coração bom. Alguém que tem em si a retidão de Jesus e a presença do espírito Santo é bom aos olhos de Deus.

Um homem de bem está ao lado do bem. Se eu perguntasse quem está ao lado do bem, ninguém passaria a pergunta adiante. Daríamos um passo à frente para dizer: !Eu estou. Não sou tudo o que deveria ser, ou gostaria de ser, mas estou do lado da justiça, da verdade e da santidade. Quero viver para promover a bondade e até morrer antes de me tornar defensor do mal?. O que é a pessoa que ama o que é bom? Será que é má? Acredito que não. Quem de verdade ama o que é bom deve ser bom pelo menos em certa medida. Quem é que luta pelo bem e geme e suspira com seus fracassos, e orienta sua vida diária pelas leis de Deus? Não são essas as melhores pessoas do mundo? Tenho certeza, sem orgulho, que a graça de Deus tornou alguns de nós bons neste sentido, porque o que o Espírito de Deus fez é bom e se nós somos novas criaturas em Cristo, não podemos contradizer Salomão nem criticar a bíblia se ela dizer que as pessoas são assim boas, mesmo que nós não nos arrisquemos a dizer que somos bons.

A história do homem de bem, é que, !Ele se farta do seu proceder?.

Isto significa, em primeiro lugar, que ele é independente das circunstâncias externas. Sua satisfação não deriva do sobrenome, de honras e propriedades; o que o enche de contentamento está dentro dele. O hino que cantamos o descreve muito bem:

Não necessito procurar

Prazeres, diversão;

Tenho uma festa em meu lar,

Em paz o coração.

Do céu a pomba se dispôs

No espírito meu morar;

Descanso dar ao interior,

Do amor testemunhar.

Outras pessoas precisam trazer música de fora, quando o conseguem, mas no peito de quem está sob a graça vive um passarinho que lhe canta com doçura. Em seu próprio jardim ele tem uma flor mais suave que qualquer outra que pudesse comprar no mercado, ou encontrar no palácio do rei. Ele pode ser pobre, mesmo assim não trocaria sua propriedade no reino do céu por toda a pompa dos ricos. Sua alegria e paz nem mesmo dependem da saúde do seu corpo. Muitas vezes ele está bem no espírito, mas doente na carne; com freqüência está cheio de dores, mas perfeitamente satisfeito. Ele pode ter uma doença incurável que ele sabe que encurtará e no fim acabará com sua vida, mas ele não procura satisfação nesta pobre vida, ele traz dentro de si aquilo que cria a alegria imortal: o amor de Deus derramado em seu espírito pelo Espírito Santo exala um perfume mais agradável que as flores do paraíso. A fartura do texto está em parte em que o homem de bem independe do que o cerca.

Ele também independe dos elogios dos outros. O infiel se sente bem porque o pastor e os amigos cristãos têm um bom conceito dele, mas o cristão genuíno que vive perto de Deus dá pouco valor a opinião das pessoas. Sua preocupação principal não é o que os outros pensam dele; ele tem certeza de ser um filho de Deus, ele sabe que pode dizer: !Aba Pai?. Ele se alegra que para ele a vida é Cristo e a morte é lucro; por isso ele não precisa da aprovação dos outros para sustentar sua confiança. Ele corre sozinho e não precisa ser carregado como uma criança doentia. Ele sabe em quem creu, e seu coração repousa em Jesus. Por isso ele está satisfeito, não por causa das outras pessoas e do julgamento delas, mas, !Do seu proceder?.

Além disso, o cristão está contente com a fonte que jorra da água da vida que o Senhor colocou dentro dele. Ali, meus irmãos, no alto dos montes eternos, está o reservatório divino da graça todo suficiente, e aqui embaixo em nosso peito está a fonte que borbulha para a vida eterna. Ela tem jorrado em alguns de nós nesses vinte e cinco anos, e porque? O grande segredo é que há uma conexão desimpedida entre a pequena fonte dentro do peito renovado e o vasto lençol freático (os imensos reservatórios subterrâneo de água) de Deus; por isso a fonte nunca seca, no inverno e no verão, não para de fluir. Agora se vocês me perguntarem se não estou satisfeito com a fonte em minha alma, alimentada da toda suficiência de Deus, eu digo que não, não estou. Se vocês, caso fosse possível, contassem a ligação que existe entre minha alma e meu Senhor, eu entraria em desespero. Como ninguém pode me separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor, eu estou satisfeito e tranqüilo. Somos como Naftali, que !goza de favores? e está cheio da bênção do Senhor.

No coração do homem de bem está a fé, e ele está satisfeito com o que a fé lhe traz, porque lhe proporciona o perdão total dos seus pecados. A fé o traz para mais perto do perdão de Cristo. A fé faz com que ele seja adotado na família de Deus. A fé lhe garante a vitória sobre as tentações. A fé lhe dá tudo o que ele precisa. Ele descobre isso quando descobre que tem todas as bênçãos da aliança para cada dia. Esta graça rica realmente o deixa farto. O justo vive pela fé.

Depois da fé, ele tem outra graça que o satisfaz chamada esperança, que lhe revela o mundo futuro e lhe dá esperança de que, quando adormecer dormirá em Jesus, e quando acordar reviverá semelhante a Jesus. A esperança o alegra com a promessa de que seu corpo ressuscitará e que, em sua carne, verá a Deus. Essa esperança escancara-lhe as portas de Pérolas, desvenda as ruas de ouro e deixa ouvir a música dos harpistas celestiais. Com certeza pode-se ficar satisfeito disto.

O coração consagrado à Deus também se farta do que o amor lhe traz, pois o amor, embora se pareça com uma moça frágil, é forte como um gigante e, em alguns aspectos, se torna a mais poderosa de todas as graças. O amor primeiro desabrocha como as flores ao sol, bebendo do amor de Deus, para depois se regozijar em Deus e cantar:

Sou tão feliz com o amor de Jesus.

Ele ama a Jesus, e há uma troca de contentamento entre o amor da alma por Cristo e o amor de Cristo por ela, que o próprio céu dificilmente será mais precioso. Quem conhece este amor profundo e precioso ficará mais do que pleno dele; precisará ser alargado para conter a bênção que ele cria. Podemos conhecer o amor de Jesus, mas ele ultrapassa o conhecimento: ele enche toda a pessoa, não deixando mais espaço para o amor idólatra da criatura; ele está satisfeito consigo mesmo e não pede outra alegria.

Amados, quando o homem de bem é capacitado pela graça divina a viver em obediência a Deus, ele irá, como conseqüência necessária, gozar de paz interior. Sua esperança está só em Jesus, mas ! a vida que evidencia que ele tem a salvação ! contribui com muitos ingredientes gostosos para este cálice. Aquele que toma sobre si o jugo de Cristo e aprende Dele, encontra descanso para sua alma. Quando guardamos seus mandamentos, experimentamos conscientemente seu amor, o que não é possível quando nos opomos à sua vontade. Saber que você agiu com uma motivação pura, saber que você fez o que era certo é uma das melhores razões de estar satisfeito. O que importa a carranca dos inimigos ou o preconceito dos amigos, se você ouve de dentro o testemunho de uma boa consciência? Nós não nos atrevemos a confiar em nossas próprias obras, nem temos desejo ou necessidade de fazê-lo, pois nosso Senhor Jesus nos salvou para sempre; !A nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que, com santidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria humana, mas, na graça divina, temos vivido no mundo?. Amém.

Autor: Pr Charles Haddon Spurgeon

PARA QUEM IREMOS NÓS ?

JOÃO 6:60-69

Neste capitulo 6 de João, vemos Jesus Cristo ensinando a multidão que O segue. Cristo ensinava a inabilidade do homem chegar a Deus pelas suas próprias forças. Por exemplo, em versículo 44, Cristo diz, “Ninguém pode vir a Mim, se o Pai que Me enviou o não trouxer...”. E é verdade nos dias de hoje: nós jamais alcançaremos o perdão e aceitação de Deus pelas nossas próprias forças. É Deus que precisa trazer-nos, ajudar-nos, levar-nos até Si-mesmo.

Ainda no capitulo 6 de João, notamos que a multidão ao redor de Cristo começa a murmurar. Versículo 60 diz assim, “Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” Estes homens que diziam ser seguidores e discípulos de Cristo, estão ofendidos com a pregação de Cristo. Eles reclamam que as verdades que Cristo ensinava são duros, e difíceis de ouvir. Eles desejavam verdades mais suaves. Queriam que Cristo falasse sobre coisas mais confortáveis, mais bem aceitos entre os homens.

Nisso vemos o primeiro ponto que gostaria destacar, sendo: A Verdade sobre a condição do homem, nunca foi popular ou bem aceito. Quando a Bíblia fala a respeito de benções, é fácil prestar atenção. Quando um pregador fala a respeito de promessas, e milagres, e curas, as pessoas mostram muito interesse e escutam. Porém, quando a Bíblia mostra qual é a condição natural do homem, as pessoas fazem como fizeram nos dias de Cristo: eles reclamam que o discurso é difícil de ouvir.

Mas a propósito, qual é a condição natural do homem, conforme a Bíblia? Como Deus vê o homem? A Bíblia nos mostra que Deus vê o homem como sendo pecador. Por exemplo, em Salmos 14:2,3 diz assim, “O Senhor olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. | Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um.” Esta é a realidade humana. Deus nos vê como sendo desviados, sem entendimento, e sem desejo de buscar a Deus. Realmente, Deus nos vê de uma maneira diferente do que nós nos vemos. Uma outra passagem Bíblica, Romanos 3:23, diz assim: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” Esse versículo nos mostra que todos nos temos pecado, e esse pecado faz-nos ser destituídos da glória de Deus. Ou em outras palavras, o nosso pecado é um obstáculo na nossa aceitação perante Deus.

Esse pecado, ela é somente aqueles atos terríveis? Como os crimes que vemos hoje em dia, os roubos e assassinatos que ocorrem nas nossas cidades? Bom, a própria Bíblia define o que é o pecado, e podemos ler essa descrição em I João 3:4, que diz, “Qualquer que comete pecado, também comete iniqüidade; porque o pecado é iniqüidade”. O pecado, então, é tudo aquilo que vá contra os princípios que Deus tem estabelecido.

Essa descrição do pecado, como também a descrição do homem como sendo pecador, não é uma verdade bem aceita hoje. Como temos visto, A Verdade sobre a condição do homem, nunca foi popular ou bem aceito.

Vamos voltar ao capitulo 6 de João, onde já notamos que os homens que seguiam a Cristo estavam murmurando contra Ele. Agora, gostaria ler de versículos 61-66, e esses versículos citam qual foi à resposta de Cristo aos homens que murmuravam. (Lemos)

Perceba a maneira que Cristo respondeu á aqueles homens: Ele não pediu desculpas, nem tentou oferecer uma outra verdade mais aceitável. Ele não procurou retirar o que disse, mas ainda em versículo 63 Ele reafirma o que disse. Versículo 63: “O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida”. Cristo reafirma que a carne do homem – aquilo que vem da natureza pecaminosa do homem – não presta perante Deus. Apenas aquilo que Cristo tem dito, tem aproveito pois - como diz o versículo – as palavras de Cristo são espírito e vida.

Podemos destacar um ponto nessa atitude de Cristo: que Cristo nunca abriu mão da verdade. Conforme já lemos, em versículo 66, diz, “Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com Ele”. Alguém poderia perguntar, “Não teria sido melhor se Cristo modificava a Sua posição sobre esse ponto ou aquele, para não perder aqueles discípulos que tornaram para trás? Não teria sido melhor se Cristo deixava de pregar ou enfatizar certas doutrinas para não ofender aqueles seguidores?” Hoje em dia, podemos observar que ha muitas igrejas que mudam de posição conforme muda a opinião publica. Assim, as igrejas continuem cheias e bem aceitas. Mas, cabe a nos perguntar...Será que é isto que importa? Nesta passagem em João, notamos que o alvo do ministério de Cristo não era arrecadar o maior numero de fies. Cristo não veio a terra para correr atrás de seguidores. Ele não fazia coleção de discípulos. Certa vez, Cristo estava na casa de um homem chamado Zaqueu, um judeu, e Cristo explicou a ele qual era o alvo do Seu ministério. Achamos essa explicação em Lucas 19:10, que diz assim: “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido”. O propósito da vinda de Cristo foi buscar e salvar aqueles que caminham para a perdição eterna. O alvo das pregações de Cristo era de declarar a necessidade e a realidade da salvação. Por isso, Cristo nunca abriu mão da verdade.

Bom, vamos novamente ao nosso texto, em João capitulo 6, e vamos ler os próximos versículos, os versículos 67-69. (Lemos)

Notamos primeiramente em versículo 67, que Cristo faz uma pergunta aos doze discípulos. Ele diz, “Quereis vós também retirar-vos?” Os multidões estão indo embora, quereis vós também retirar-vos? E realmente, se nos estamos seguindo a Cristo somente para observar as suas promessas ou a suas benções, nos também, um dia ou outro, deixaremos de segui-lo. Se nós nos chamamos de “crente” simplesmente porque temos experimentado uma emoção forte ou freqüentado uma igreja, não temos base para afirmar que é Cristo que nos guia. Certa vez, Cristo disse a um grupo de judeus, em João 8:31, “Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos”. Neste versículo, Cristo ensina que os verdadeiros seguidores são os seguidores obedientes a Sua palavra. Como já temos visto, apenas as palavras de Cristo são espírito e vida. Se usamos experiências ou emoções, para tentar ser aceito por Deus, as nossas tentativas são sem aproveito, pois a nossa carne para nada aproveita.

Tomara que você esta seguindo a Cristo somente. Pois qualquer coisa além de Cristo é insuficiente a te salvar. O próprio Simão Pedro reconheceu esta verdade. Vejamos a sua resposta ao pergunta que Cristo tinha feito. Vamos ler o 68 de João capitulo 6.

João 6:68: “Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna”.

Ao responder a pergunta que Cristo tinha feito, Simão Pedro faz outra pergunta: “Para quem iremos nós?” É bom nos considerarmos essa pergunta. Se somos pecadores e se somos verdadeiramente destituídos da gloria de Deus, então necessitamos do perdão divino. Como alcançamos esse perdão? Ou para quem iremos nós?

Hoje em dia, o mundo gosta de oferecer respostas a esta pergunta. O mundo sugere que usamos repetições: repetições de orações, repetições de tradições (?), repetições de maneiras de viver ou modos de falar. Tem os que ensinam que podemos conseguir o perdão de Deus, se irmos varias vezes a uma mesma igreja, ou repetirmos varias vezes uma frase. Cristo falou a respeito destas repetições, e Ele os chamou de vãs repetições em Mateus 6:7. Vamos ler aquele versículo, em Mateus 6:7. “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos”. Esse versículo indica que as nossas repetições têm pouco efeito no nosso estado espiritual. Não seremos salvos por falar ou fazer algo repetidamente.

Notamos também uma outra sugestão que o mundo faz, ao tentar responder a pergunta, “Para quem iremos nós?”. O mundo sugere que possamos ser salvos através das obras. É ensinado que possamos alcançar a salvação se: praticamos boas obras, ou seguimos uma lista de regras, ou se fizermos boas obras na nossa cidade. Será que é através das nossas próprias mãos que alcançarmos o favor de Deus? Isaias 64 versículo 6 nos mostra que não. Isaias 64:6: “Mas, todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam”. Perceba a maneira que a Bíblia refere às nossas obras de justiça como sendo trapos da imundícia aos olhos de Deus. Não será através destes “trapos” que chegaremos ao céu.

Então a pergunta continua: para quem iremos nós? O Simão Pedro responde a sua própria pergunta, em nosso texto de João 6, versículo 68: “Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna”. A vida eterna se acha em Cristo! O que o homem carnal não pode alcançar nem as Igrejas conceder, Cristo tem em Si mesmo. Em I Timóteo 2:5,6, claramente diz, “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. | O qual Se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo”. Jesus Cristo é o único e suficiente Mediador entre os homens pecadores e o Deus de gloria. Ele tem Si dado como redenção e cabe a nos correr a Ele e confiar na Sua suficiência.

A Bíblia mostra a nossa responsabilidade perante Deus. Certa vez Cristo pregava em Galiléia e enfatizou que é necessário que arrependemosnos dos nossos pecados e cremos no único Mediador. Vemos essa pregação de Cristo em Marcos 1:14,15.

Conclusão: Você esta a procura do perdão de Deus? Não procura nas suas abilidades, nem confia nas suas próprias obras. Confie no sacrifício que Cristo fez na cruz, pois somente a Ele devemos ir. Tomara que você esta confiando em Cristo somente, pois só Ele é suficiente.

domingo, 29 de janeiro de 2012

FAZENDO HISTÓRIA

O futuro não está pronto. Deus tem propósitos, mas não tem planos. A história caminha rumo ao fim bom de toda a criação – reino de Deus, mas segue sua sina construída a quatro mãos: divinas e humanas. Há quatro variáveis dentro das quais a história se desenrola. Quatro variáveis que servem de moldura para que cada ser humano escreva sua própria história enquanto coopera na escrita da história de Deus.

A circunstâncias são a primeira variável. Todos somos postos dentro de contextos a respeito dos quais não tivemos qualquer influência. A começar do dia, hora e local do nosso nascimento. Na verdade, a começar do próprio nascimento: ninguém pediu pra nascer. A vida se desenrola e nos coloca diante de horizontes independem de nossa vontade e desejos: sua família de origem, a escola de sua infância, a cidade onde seus pais se fixaram, a condição econômica e financeira de sua casa, os primeiros amigos, o número de irmãos, e uma série de outros detalhes que simplesmente fazem parte de sua vida antes mesmo de você ter consciência de sua existência.

As oportunidades são a segunda variável. Cada circunstância contém em si mesma um horizonte imenso de oportunidades. O que para uma pessoa é uma situação indesejada, para outra pode ser uma ocasião privilegiada. Depende muito de como cada um encara a realidade.
Nas circunstâncias surgem as oportunidades e as oportunidades exigem decisões, a terceira variável. Somos escravos de nossa liberdade. Decidir é inevitável. Mesmo quem não decide nada tomou uma decisão: a decisão de não decidir. Imagine que a circunstância é uma sala. Nesta sala existem muitas portas, cada uma delas é uma oportunidade. Todo ser humano tem o sagrado privilégio de escolher uma porta para chegar a outro horizonte de oportunidades. É verdade que de vez em quando alguém ou algo nos empurra porta adentro sem que a tenhamos escolhido), mas ainda assim, estaremos diante de muitas outras portas, e assim sucessivamente, de sala em sala, até a última porta.

Dentro de cada circunstância, um monte de oportunidades, que por sua vez exigem decisões. Por sobre tudo isso está Deus – perdoe-me adjetivá-lo de “variável”, a quarta variável. O que Deus faz ou deixa de fazer está na categoria do mistério, foge às nossas possibilidades e mesmo quando o discernimos, geralmente é depois que a coisa já está feita. Por esta razão, devemos cuidar do que está em nossas mãos: encarar as circunstância, discernir oportunidades e tomar decisões. Crendo sempre que Deus está sobre tudo e todos, cuidando de nós e agindo em nós, através de nós e apesar de nós para que nossa história pessoal seja alinhada à sua história eterna. Como ele faz isso eu não faço a menor idéia. Não sei o que, quando e como Deus agiu ou age em minha história. Mas isso não está em minhas mãos. Tudo quanto posso fazer é abrir a porta de minha vida para que Deus entre e assuma o controle.
Confiando que Deus está comigo, sigo meu caminho, sendo grato por tudo e sempre, atento para discernir os dias, perceber os sinais, enxergar as oportunidades, e fazendo o máximo para tomar as melhores decisões possíveis, buscando acima de tudo o que interessa ao reino de Deus e sua justiça. No mais, literalmente, seja o que Deus quiser.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O REINO DOS CÉUS OU REINO DE DEUS



Buscai antes o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

Não temais, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino.

Lucas 12: 32-33

Mateus 3:2

E dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.

Mateus 4:17

Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.

Mateus 5:3

Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;

Mateus 5:10

Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;

Mateus 5:19

Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.

Mateus 5:20

Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.

Mateus 7:21

Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.

Mateus 8:11

Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus;

Mateus 10:7

E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus.

Mateus 11:12

E, desde os dias de João o Batista até agora, se faz violência ao reino dos céus, e pela força se apoderam dele.

Mateus 13:11

Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado;

Mateus 13:24

Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao homem que semeia a boa semente no seu campo;

Mateus 13:31

Outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao grão de mostarda que o homem, pegando nele, semeou no seu campo;

Mateus 13:33

Outra parábola lhes disse: O reino dos céus é semelhante ao fermento, que uma mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado.

Mateus 13:44

Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo.

Mateus 13:45

Outrossim, o reino dos céus é semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas;

Mateus 13:47

Igualmente o reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanha toda a qualidade de peixes.

Mateus 13:52

E ele disse-lhes: Por isso, todo o escriba instruído acerca do reino dos céus é semelhante a um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas.

Mateus 16:19

E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.

Mateus 18:3

E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus.

Mateus 19:14

Jesus, porém, disse: Deixai os meninos, e não os estorveis de vir a mim; porque dos tais é o reino dos céus.

Mateus 19:23

Disse então Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no reino dos céus.

Mateus 23:13

Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando.

Mateus 25:1

Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.

1- O reino de Deus tem a ver com a vinda, a obra, e a pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é o Rei deste reino. A presença dEle consiste nisso, Ele é o Próprio reino. O evangelho do reino é o evangelho de Jesus.

2- O reino de Deus e o reino dos céus é a mesma coisa. (Mateus 19: 16, 23 e 24). A pergunta dizia respeito de como receber vida espiritual ou vida eterna (que é a mesma coisa), as quais são sinônimos, assim como na mesma passagem Cristo utiliza as duas expressões “O reino de Deus e o reino dos céus”. Ao recebermos vida espiritual ou vida eterna, passamos a fazer parte do reino de Deus ou o reino dos céus.

3- Nos versículos acima não temos uma definição clara do que seja o reino de Deus, mas descrições da natureza deste reino e também daqueles que pertencem a ele, assim como uma descrição daqueles que não fazem, ou farão parte deste mesmo reino. Praticamente, a maioria das parábolas que Cristo contou, tratam deste tema (descrições e exigências do Seu reino, como entrar nele).

O que vemos acerca do reino de Deus tem a ver com o seguinte: Os Judeus daquela época tinham muitas idéias errôneas, falsas, e absurdas acerca deste assunto (reino de Deus). Desde o Velho Testamento já havia muitas profecias acerca do “Cristo” “Ungido” que viria para estabelecer um reino. Os Judeus, interpretando erroneamente este fato, aguardavam um reino do tipo “Militar” ou Político que serviria para exaltar a eles mesmos como cabeça de todos os povos da terra, e os livrando ao mesmo tempo de todos os seus inimigos.

4- Todo conflito no Oriente Médio diz respeito a isso, os Judeus tentando estabelecer um reino e lutando contra os Palestinos e Árabes, que consideram os Estados Unidos como o “Cão Feroz” que Israel se utiliza para se proteger.

Lucas 17: 20-25 é um trecho que elucida o fato de Israel não compreender a natureza correta do reino de Deus. Por isso mais de uma vez eles tentaram agarrar a Cristo e fazê-lo rei, a fim de cumprir suas falsas expectativas.

20 E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes, e disse: O reino de Deus não vem com aparência exterior.

21 Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está entre vós. (O Rei Jesus, Seus discípulos convertidos)

22 E disse aos discípulos: Dias virão em que desejareis ver um dos dias do Filho do homem, e não o vereis.

23 E dir-vos-ão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali. Não vades, nem os sigais;

24 Porque, como o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até à outra extremidade, assim será também o Filho do homem no seu dia.

25 Mas primeiro convém que ele padeça muito, e seja reprovado por esta geração.

João 18: 33-37

33 Tornou, pois, a entrar Pilatos na audiência, e chamou a Jesus, e disse-lhe: Tu és o Rei dos Judeus?

34 Respondeu-lhe Jesus: Tu dizes isso de ti mesmo, ou disseram-to outros de mim?

35 Pilatos respondeu: Porventura sou eu judeu? A tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?

36 Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.

37 Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.

38 Disse-lhe Pilatos: Que é a verdade? E, dizendo isto, tornou a ir ter com os judeus, e disse-lhes: Não acho nele crime algum.

João 3: 3e5

Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.

Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.

Aqui Jesus nos dá a entender, de forma clara, que todo homem precisa ter um novo nascimento espiritual a fim de entender o que significa o reino de Deus.

Muitos crêem que é um assunto que diz respeito apenas a Soberania de Deus e nada mais. Ele será rei e governará de forma Soberana.

Daniel 4: 34

34 Mas ao fim daqueles dias eu, Nabucodonosor, levantei os meus olhos ao céu, e tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é um domínio sempiterno, e cujo reino é de geração em geração.

35 E todos os moradores da terra são reputados em nada, e segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem possa estorvar a sua mão, e lhe diga: Que fazes?

36 No mesmo tempo tornou a mim o meu entendimento, e para a dignidade do meu reino tornou-me a vir a minha majestade e o meu resplendor; e buscaram-me os meus conselheiros e os meus senhores; e fui restabelecido no meu reino, e a minha glória foi aumentada.

37 Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalço e glorifico ao Rei do céu; porque todas as suas obras são verdade, e os seus caminhos juízo, e pode humilhar aos que andam na soberba.

Daniel 2: 44

Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre.

Este é o Reino que Cristo estava falando, e teve início com Sua chegada, o Rei.

Este reino inclui tanto a autoridade, domínio e governo de Deus como o lugar (esfera) aonde Deus estabelece ou exerce este reino.

Este reino, anunciado por João Batista e pelos discípulos de Cristo, é um reino estabelecido no coração dos homens, pois ele é primeiramente espiritual, invisível, por isso não se pode dizer a respeito dele: Chegou, ei-lo aqui, ei-lo ali. Por isso os que não nascerem de novo não podem vê-lo, nem entrar nele.

Portanto, o reino de Deus é a intervenção Divina na história humana, através de Cristo, a fim de destruir Seus inimigos, e estabelecer Seu governo, Seu domínio, Sua autoridade, Sua soberania, no coração dos homens.


Mateus 18:3

E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus.

O lugar onde reino de Deus é estabelecido é no coração dos homens, a esfera onde Deus exerce Sua autoridade, domínio, e governo.

Só há dois reinos aqui na terra, o Reino de Deus e o reino do diabo, e não podemos encontrá-los em nenhum lugar da terra, pois residem no coração dos homens. É no coração humano que começou toda a rebeldia e guerra contra Deus.

I João 3:8

Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.

Os animais reconhecem o seu dono, mas o homem não reconhece seu Criador e Redentor.

O boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende. Isaías 1:3

Salmos 10:4

Pela altivez do seu rosto o ímpio não busca a Deus; todas as suas cogitações são que não há Deus.

Salmos 14:1

DISSE o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem.

Dizem os estudiosos que se o mapeamento genético de uma só pessoa fosse colocado em papel e tinta, isso equivaleria a 20 vezes o tamanho do Grand Canyon (gruta profunda no Rio Colorado no estado do Arizona) dos Estados Unidos.

Os homens negam a existência de Deus e estão em busca de “vida inteligente” em outros lugares, e se puderem encontrar apenas uma célula microscópica, logo gritam e fazem um show para mostrarem que há evidências de vida em outros planetas. Entretanto, nunca se perguntam acerca da vida neste planeta, do seu Criador, origem, e evidências de um design inteligente, que é palpável a qualquer pessoa que faça uso de sua razão. Dizem que não há evidências da existência de um Deus criador, e não querem se submeter a Sua autoridade e Palavra.

Quando Cristo ensinou sobre a chegada do Seu Reino, fazia como vemos no livro de Daniel, demonstrando que a chegada deste reino daria início a um processo, que se estenderia de forma invisível e secreta, e no fim alcançará todas as partes desta terra, e que num futuro, o mundo tal qual o conhecemos, terminará. Porém no presente, este reino tem que ser recebido no coração dos homens.

Cristo veio a este mundo para dar início ao estabelecimento seu reino, e veio com a intenção explícita de tratar com todos os seus inimigos, começando com o pecado, a morte, e o diabo.


Em Sua morte na cruz do Calvário Cristo tratou final e definitivamente com o pecado, em sua ressurreição venceu a morte, colocando assim um fim ao império do diabo.


I Coríntios 15: 20-26

20 Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.

21 Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem.

22 Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo.

23 Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.

24 Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força.

25 Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés.

26 Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte.

Hebreus 2: 14-15

14 E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo;

15 E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.

Em que sentido Cristo colocou um fim ao “império do diabo”? No sentido em que todo aquele que no presente crê no evangelho de Cristo, o seu reino passa a ser estabelecido em seu coração, passando assim a fazer parte do reino de Deus e ficando livre da culpa (justificação), do domínio ou escravidão (santificação) do pecado. Ficam livres das garras do diabo e do temor da morte.

O pecado, a morte, e o diabo, estes três inimigos são conquistados e vencidos por aqueles que recebem a Cristo, que ao mesmo tempo condenará á morte eterna todos os que rejeitam o evangelho, o Seu reino, e o Seu senhorio.

II Timóteo 2: 25-26

25 Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade,

26 E tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos. (os homens não conseguem enxergar esta verdade)

Romanos 6:14

Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.

5- O Reino de Deus será estabelecido neste mundo em duas etapas distintas.

Primeiro, no presente, no coração de cada Cristão.

Em segundo lugar, no futuro, estendendo-se a toda terra. Por isso todos os que não crerem serão extintos desta terra.

Hoje as igrejas de Cristo são as suas colônias locais, onde Deus estabelece Sua base de operação, e no futuro todos aqueles que não entraram no seu reino (pela pregação e crença do evangelho, não na igreja) serão lançados no inferno.


Apocalipse 20: 10-15

10 E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.

11 E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles.

12 E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.

13 E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras.

14 E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.

15 E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.

Todos os trechos que falam do presente reino, falam a respeito daquilo que acontece quando uma pessoa se converte a Cristo. Falam daquilo que acontece quando uma pessoa nasce de novo, falam daquilo que acontece com aquela pessoa que se arrepende e se entrega ao rei.

E todos os versículos que falam da chegada futura do reino de Deus, falam daquilo que acontecerá na segunda vinda de Cristo, onde os justos herdarão a terra e os injustos serão lançados fora.

Lucas 13: 23-30

23 E disse-lhe um: Senhor, são poucos os que se salvam? E ele lhe respondeu:

24 Porfiai por entrar pela porta estreita; porque eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão.

25 Quando o pai de família se levantar e cerrar a porta, e começardes, de fora, a bater à porta, dizendo: Senhor, SENHOR, abre-nos; e, respondendo ele, vos disser: Não sei de onde vós sois;

26 Então começareis a dizer: Temos comido e bebido na tua presença, e tu tens ensinado nas nossas ruas.

27 E ele vos responderá: Digo-vos que não sei de onde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais a iniqüidade.

28 Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, e Isaque, e Jacó, e todos os profetas no reino de Deus, e vós lançados fora.

29 E virão do oriente, e do ocidente, e do norte, e do sul, e assentar-se-ão à mesa no reino de Deus.

30 E eis que derradeiros há que serão os primeiros; e primeiros há que serão os derradeiros.

Hoje, no mundo presente, estamos diante de dois reinos; o reino de Deus, e o reino do diabo. Este último está instalado no coração de cada pessoa não convertida, e este reino é tão grande, forte, e extenso, que é dado a este inimigo o nome de “deus deste século”.

II Coríntios 4: 3-4

3 Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto.

4 Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.

Efésios 6:12

Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.

Por isso as escrituras nos exortam a não nos conformarmos com este mundo, com o presente século mau, cujo reino domina e exerce influência no coração dos homens. Este reino das trevas está constantemente em oposição ao Reino de Deus e seus súditos.


Gálatas 1:4

O qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai,

II Timóteo 4:10

Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica, Crescente para Galácia, Tito para Dalmácia.

Tito 2:11-15

11 Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens,

12 Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente,

13 Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo;

14 O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.

15 Fala disto, e exorta e repreende com toda a autoridade. Ninguém te despreze. Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente,

Mas Deus nos há transportado do reino das trevas par o reino da luz.


Colossenses 1: 12-14

12 Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz;

13 O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor;

14 Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados;

Romanos 13:12

A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz.

Efésios 5:8

Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no SENHOR; andai como filhos da luz

I Tessalonicenses 5:5

Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas.

6- Este Reino de Deus, durante o ministério de Cristo, e grande parte do livro de Atos, foi pregado aos Judeus. Este reino lhes foi oferecido.

Mateus 10: 1-7

1 E, CHAMANDO os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal.

2 Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão;

3 Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu;

4 Simão o Zelote, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.

5 Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos;

6 Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel;

7 E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus.

Isto é o que vemos no decorrer dos quatro evangelhos e no livro de Atos. Por isso é que Paulo usou a frase “primeiramente aos Judeus e depois aos gregos”

Romanos 2:9

Tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que faz o mal; primeiramente do judeu e também do grego;

Romanos 2:10

Glória, porém, e honra e paz a qualquer que pratica o bem; primeiramente ao judeu e também ao grego;

Romanos 3:2

Muita, em toda a maneira, porque, primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas.

Mas os Judeus, ao ouvirem a respeito deste reino, que não era político ou militar, o rejeitaram. Desde o momento em que perguntaram se era lícito pagar tributo a Cesar, e Jesus respondeu que sim (Lucas 20: 22), os Judeus perceberam que Cristo não pregava o tipo de reino que eles desejavam, e o rejeitaram como sendo o verdadeiro Messias (que os livraria do poder do Império Romano), por isso também Judas decidiu traí-lo, pois esperava um reino que lhe trouxesse vantagens terrenas. Mateus 16: 16-17.

E ao ouvirem que não seria por causa da semente de Abraão, dos laços familiares, da circuncisão, da nacionalidade, que seriam aceitos no reino de Deus, mas somente através do arrependimento, eles recusaram a pregação do evangelho, pois já se consideravam salvos por estas coisas.

Mateus 21: 32-43.

32 Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer.

33 Ouvi, ainda, outra parábola: Houve um homem, pai de família, que plantou uma vinha, e circundou-a de um valado, e construiu nela um lagar, e edificou uma torre, e arrendou-a a uns lavradores, e ausentou-se para longe.

34 E, chegando o tempo dos frutos, enviou os seus servos aos lavradores, para receber os seus frutos.

35 E os lavradores, apoderando-se dos servos, feriram um, mataram outro, e apedrejaram outro.

36 Depois enviou outros servos, em maior número do que os primeiros; e eles fizeram-lhes o mesmo.

37 E, por último, enviou-lhes seu filho, dizendo: Terão respeito a meu filho.

38 Mas os lavradores, vendo o filho, disseram entre si: Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo, e apoderemo-nos da sua herança.

39 E, lançando mão dele, o arrastaram para fora da vinha, e o mataram.

40 Quando, pois, vier o senhor da vinha, que fará àqueles lavradores?

41 Dizem-lhe eles: Dará afrontosa morte aos maus, e arrendará a vinha a outros lavradores, que a seu tempo lhe dêem os frutos.

42 Diz-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra, que os edificadores rejeitaram, Essa foi posta por cabeça do ângulo; Pelo Senhor foi feito isto, E é maravilhoso aos nossos olhos?

43 Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos.

Depois da confissão de Fé da parte de Pedro, Cristo misteriosamente começa a falar sobre a Sua igreja. Cristo mostra a Pedro que a declaração que ele fizera não tinha nada a ver com sua inteligência e capacidade, mas com uma obra interna que ocorrera em seu coração, e com os demais discípulos, com exceção de Judas, revelando-lhe o “mistério do reino”, ou seja: seu caráter espiritual.

Marcos 4: 11

E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do reino de Deus, mas aos que estão de fora todas estas coisas se dizem por parábolas.

Tu és Pedro = Petros (pedrinha – masculino), e sobre esta (Pedra – Petra - feminino – Rocha) – Cristo.


Edificarei a minha igreja, dar continuidade. Mostra a perpetuidade da igreja e também como ele é administradora dos assuntos que pertencem ao reino de Deus, permaneceria na terra até que o reino de Deus chegue a sua etapa final.

Mateus 16: 19 - E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.

Ela, a igreja, possui a chave do reino do céus. Tudo o que a igreja faz, baseado nas Escrituras, Deus reconhece no céu. Ela trabalha a favor do reino de Deus, anunciando Seu evangelho, e não com uso de violência, como o Catolicismo. Todos os que crêem no evangelho passam a fazer parte do reino de Deus.

Devemos diferenciar o reino de Deus da Sua igreja.

O reino de Deus é de caráter mundial, enquanto a igreja é local.

Faz parte do reino de Deus todo aquele que crê no evangelho e está presente neste mundo.

Devemos imediatamente depois de nos tornarmos participantes do reino de Deus, ingressar numa igreja verdadeira de Cristo, sendo batizados por ela. Desta forma, passamos a trabalhar legitimamente, pregando e aguardando o estabelecimento do reino de Deus.

Aqui nesta passagem de Mateus 16: 18 vemos pela primeira vez aparecer a palavra “Ekclesia” ou igreja. São os “chamados para fora de”, ou seja: são os chamados para fora do reino deste mundo, do reino do diabo, do reino do pecado, e da morte, para entrar no Reino de Deus. No mundo Greco-Romano era uma palavra utilizada para chamar as pessoas para fora de suas casas, numa assembléia legitimamente composta, a fim de realizarem uma tarefa ou propósito comum.

Na maioria das passagens do Novo Testamento esta palavra se refere a uma assembléia local e visível, composta de crentes em Cristo, que se reúnem a fim de tratarem as coisas pertencentes ao reino de Deus. É a igreja local fazendo uso das chaves “autoridade” que recebeu de Cristo para trabalhar em prol do Seu reino.

Esta palavra nunca é utilizada para se referir a um templo, edifício, ou denominação, ou organização religiosa. E também não é usada para se referir a uma organização universal e invisível. Há um conceito no Novo Testamento de uma igreja reunida, mas de forma escatológica, futura, na reunião de todos os salvos, em todos os tempos chamados de a Universal Assembléia, que formarão a Igreja dos Primogênitos, a Ekclesia de Deus, no futuro. Mas ela não existe agora, pois alguns dos seus membros estão aqui na terra, e outros no céu.

Hebreus 12:23

À universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados.

Vemos que muitas vezes esta palavra é usada no plural, mostrando a individualidade e identidade de cada igreja local, como as sete igrejas no Livro de Apocalipse, onde Cristo trata pessoal e individualmente com cada uma, com cada mensageiro, andando no meio delas, e conhecendo cada uma. Não há uma organização, autarquia, ou convenção que as governe, mas são autônomas.

Qual a relação entre a igreja e o reino de Deus?

1- O reino é de caráter universal, espalhando-se pelo mundo, e está presente no coração de cada Cristão.

A igreja é necessariamente Local, não estando os seus membros espalhados pelo mundo, mas se reúnem em assembléia para tratar dos assuntos do reino. Onde há um cristão lá se faz presente o reino, mas não no caso da igreja, que é um ajuntamento de cristãos biblicamente organizados e autorizados.

2- O reino é invisível, não podemos vê-lo, salvo quando vemos um verdadeiro salvo e testemunhamos dos seus frutos.

A igreja pode ser vista reunida, prestando adoração e culto a Deus, pregando o evangelho do reino. Identificamos a igreja pelas suas doutrinas, suas práticas, seus serviços.

3- O reino é composto indiscriminadamente de todos os salvos que estão presentes no mundo.

A igreja é composta de membros específicos, batizados e comprometidos com suas responsabilidades de membros.

4- A igreja é um órgão oficial do reino, uma organização oficial e visível dentro do reino, incumbida por Deus para trabalhar dentro do reino de Deus, a fim de promover o avanço deste reino. É a manifestação visível do reino de Deus. Se quisermos saber onde se encontra o reino de Deus, devemos olhar para uma de suas igrejas. A igreja é composta daqueles que se sujeitaram ao rei e ao seu reino, e que se dedicam a todas as tarefas que lhes foram outorgadas. O reino dá existência a igreja, a igreja recebe sua existência do reino, e o reino trabalha através da igreja.

A igreja tem a tarefa de administrar os assuntos oficiais do reino de Deus. Ela tem o direito e autoridade de proclamar a ordem, disciplina, doutrina, e tudo o que diz respeito ao evangelho, e isso tudo dentro do Reino de Deus. Ela tem o dever de trabalhar para o amadurecimento de seus membros.

Sem a igreja local, o reino de Deus não tem oficiais, organização, disciplina, ordenanças, batismo, e ceia do Senhor. Ela é encarregada por ligar e desligar, tratar dos assuntos administrativos dentro do reino.

Por isso a igreja de Deus não deve ser desprezada.


I Coríntios 11: 22

Não tendes porventura casas para comer e para beber? Ou desprezais a igreja de Deus, e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto não vos louvo.

A igreja local tem responsabilidade pessoal com os assuntos do Reino. O diabo não pode atacar o reino em si mesmo, por isso ataca a igreja. O diabo entende a grande importância da igreja, e por isso não quer que ela tenha membros fiéis, ele sabe que ela tem a chave do reino, e só ela pode administrar as ordenanças, o batismo e a ceia. O diabo sabe que primeiramente as pessoas precisam fazer parte do reino de Deus, e só depois a igreja. Ele sabe que aqueles que entram para o reino, mas não passam a fazer parte de uma igreja verdadeira, de nada servirão para causar-lhe problemas neste conflito. Estão perdendo tempo, sendo vagabundos espirituais, estéreis na fé.

II Pedro 1; 1-10

1 SIMÃO Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa pela justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo:

2 Graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus, e de Jesus nosso Senhor;

3 Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude;

4 Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.

5 E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência,

6 E à ciência a temperança, e à temperança a paciência, e à paciência a piedade,

7 E à piedade o amor fraternal, e ao amor fraternal a caridade.

8 Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.

9 Pois aquele em quem não há estas coisas é cego, nada vendo ao longe, havendo-se esquecido da purificação dos seus antigos pecados.

10 Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis.


Não há crescimento espiritual e serviço a Deus fora da Sua igreja.



Autor: Pr Eduardo Alves Cadete
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br

domingo, 8 de janeiro de 2012

OS DOIS FARDOS


Todas as pessoas almejam a alegria e rejeitam a tristeza. Mas, para ser alegre e não sofrer é preciso não ter nenhum fardo pesado. Basicamente há dois tipos de fardo: o dos pecados e o da ansiedade. Se o problema dos pecados não for resolvido, será impossível ter alegria. Se o problema da ansiedade não for solucionado, também não haverá alegria e paz.
Para ser feliz o homem precisa resolver os dois problemas! Para resolvê-los, o Senhor Jesus Cristo orienta que temos de fazer uma escolha. Mediante a Palavra de Deus, vemos que tanto a nossa conduta, como a nossa disposição mental são pecaminosas e diante disso temos dois caminhos, ou o da rejeição da vida de Cristo ou o do arrependimento.
Se nos arrependemos e confessamos perante Cristo todos os nossos pecados, Ele que é fiel e justo para nos purificar com o Seu precioso sangue. A esse processo dá-se o nome de redenção, pois nos proporciona o perdão de Deus, a filiação e a vida eterna. A partir desse momento, recebemos a salvação e entramos em outro processo, que a Bíblia chama de conversão da alma: é a maneira pela qual nos livramos do fardo do pecado.
Contudo, também precisamos nos libertar do fardo da ansiedade e para isso o Espírito Santo de Deus nos dá um precioso conselho. Em Filipenses 4:4 está escrito: “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos”. Este texto é uma ordem de Deus e Deus nunca ordena que façamos algo que não conseguimos.
Se alguém adultera, imediatamente reconhecemos que isso é transgredir um mandamento divino. Contudo, se uma pessoa deixar de se alegrar, será que igualmente reconhecemos que isso é uma transgressão a um mandamento de Deus? Alguns talvez argumentem: “ninguém consegue se alegrar quando está cercado de perturbações ou problemas”. Mas veja, Deus diz: “Alegrai-vos no Senhor!”. Não é para se alegrar por causa das circunstâncias ao nosso redor, mas por causa do nosso Senhor, que é poderoso e sempre está pronto a nos abençoar e socorrer

CÉU OU INFERNO QUAL SUA ESCOLHA ?


(Mateus 7:13) - Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos (Mateus 7:14) - E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.
• Deus quer que todos os homens se salve; mas ele deve fazer sua parte para com Deus:
(I João 4:8) - Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.
(I Timóteo 2:4) - Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade.
(Romanos 14:12) - De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.
• Os que iram para o inferno:
(Salmos 9:17) - Os ímpios serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus.
(Hebreus 3:12) - Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo. (Hebreus 3:13) - Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado; (Hebreus 3:14) - Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim.
(II Pedro 2:20) - Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro.
(II Timóteo 4:10) - Porque Demas me desamparou (abandonou) - (Abandonar a Deus) (Apocalipse 21:8) - Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte.
• Deus se revela a nós:
(Romanos 1:19) - Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.
• Os idolos são inanimado:
(Jeremias 10:5) - São como a palmeira, obra torneada, porém não podem falar; certamente são levados, porquanto não podem andar. Não tenhais receio deles, pois não podem fazer mal, nem tampouco têm poder de fazer bem.
(I Corintios 8:3) - Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido dele. (I Corintios 8:4) - Assim que, quanto ao comer das coisas sacrificadas aos ídolos, sabemos que o ídolo nada é no mundo, e que não há outro Deus, senão um só. (I Corintios 8:5) - Porque, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), (I Corintios 8:6) - Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele.
(João 8:44) - Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.
• O inferno não se apaga é sofrimento, não temais que possa matar sua alma.
(Marcos 9:48) - Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga.
(Mateus 10:28) - E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.
• O homem só morre um vez:
(Hebreus 9:27) - E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo,
• Para que haja salvação temos que fazer:
(João 3:16) - Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
(João 14:6) - Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
• Não há salvação sem ser por Jesus Cristo:
(I Timóteo 2:5) - Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.
(Atos 4:12) - E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.
• Purificação do pecado é só pelo Sangue de Jesus e também a Salvação:
(I João 1:7) - Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. (I João 1:8) - Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. (I João 1:9) - Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.
(Hebreus 5:9) - E, sendo ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que lhe obedecem;
• Somos abençoados com todas as bênção celestiais em Cristo, por isso, a cura e o perdão dos pecados estão garantido pelo sacríficio de Jesus na Cruz.
(Efésios 1:3) - Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo;
(Apocalipse 21:4) - E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.
(I Corintios 2:9) - Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam.
(Romanos 8:18) - Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.
(I Corintios 15:19) - Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.
(I João 3:2) - Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.