terça-feira, 3 de março de 2009

JUSTIÇA E PAZ

Critérios de avaliação do conflito árabe-israelense
Em Isaías 32.17 encontramos uma passagem muito interessante, infelizmente pouco considerada em nossos dias: "O efeito da justiça será paz, e o fruto da justiça, repouso e segurança, para sempre". Portanto, não podemos esperar alcançar uma paz real, duradoura, se não forem antes resolvidos de maneira justa os problemas e as divergências que existem entre os dois lados. "Mas, o que é justiça?", perguntarão muitos. Como é possível descobrir quem tem razão (por exemplo, no conflito entre Israel e os "palestinos"), se as alegaçãoes e exigências são extremamente antagônicas?
Obviamente não é fácil decidir. Entretanto, existem critérios importantes que devem nortear nossa tomada de posição. Em primeiro lugar, não podemos desconsiderar os fatos históricos. Existem também leis naturais e leis nacionais que têm de ser levadas em conta. Além disso, precisamos pensar nas conseqüências (da severidade e eqüidade) que qualquer decisão terá para um ou outro lado. E como instância suprema temos a Bíblia, a eterna e infalível Palavra de Deus, que representa a verdade e justiça absolutas.
Examinemos primeiramente a história de Israel e dos assim chamados palestinos (o que, pelo espaço reduzido, só poderemos fazer de forma geral). Logo perceberemos que os "palestinos" não têm como apresentar direitos consistentes ou muito antigos sobre a terra de Israel. Precisamos ter em mente que jamais existiu um povo palestino ou um Estado palestino. Somente no século VII d.C. os árabes penetraram em maior número na terra de Israel, geralmente vivendo nela lado a lado com os judeus (que em nenhum momento deixaram por completo sua terra), sob o domínio de diferentes povos. Os últimos senhores foram os turcos, que administraram essa região de 1517 a 1917 como uma de suas províncias; seguiram-se os ingleses, que exerceram um mandato, outorgado pela Liga das Nações, até maio de 1948. Durante esse mandato, tanto os judeus como os árabes que ali viviam eram considerados "palestinos".
Da área original sob mandato britânico, já em 1922 os ingleses entregaram cerca de 77% a um xeque árabe, apesar da Liga das Nações tê-los incumbido de estabelecer uma pátria para os judeus. Portanto, os britânicos ludibriaram os judeus! Mesmo as muitas resoluções anti-israelenses posteriores da ONU não podem mudar essa realidade.
No século XX, quando as fronteiras de toda a região foram redesenhadas, surgiram nela diversos novos países árabes, incluindo a Jordânia (em 77% do território prometido aos judeus). Em novembro de 1947 a ONU votou e aprovou o estabelecimento de um Estado judeu (muito pequeno), que se tornou realidade em maio de 1948. Se levarmos em conta que os árabes que vivem em solo israelense são exatamente os mesmos árabes que vivem nos países vizinhos (apenas nos anos 60 eles vieram a "descobrir" que são um povo distinto, passando a se chamar "palestinos"), não dá para entender por que eles precisariam de mais um país árabe. Os "palestinos" poderiam perfeitamente viver na Jordânia ou em qualquer um dos países árabes ao redor, se não lhes agrada viver sob administração israelense (nesses países vivem seus parentes, com a mesma língua, cultura e religião!). Israel, por seu lado, recebeu e integrou todos os refugiados judeus (aproximadamente 800.000) que foram expulsos dos países árabes. Portanto, os países árabes poderiam fazer o mesmo com sua gente. Eles possuem 600 vezes mais terras que os judeus – e Israel ainda deveria entregar o território reduzido de que dispõe? Existe um único e minúsculo país no qual os judeus podem se refugiar caso o falso processo de paz seja concretizado até às últimas e amargas conseqüências.
A história antiga de Israel é bem conhecida. Há mais de 3000 anos os filhos de Israel vieram à sua Terra Prometida e desde então sempre a tiveram em suas mãos ou em seus corações. Isso aconteceu inclusive nos tempos em que, na sua maioria, encontravam-se dispersos pelo mundo, pois jamais deixaram de pensar nela, de orar e ansiar por voltar à sua pátria. No final do século XIX esse anseio começou a se concretizar, após quase 2000 anos de Dispersão (Diáspora) entre todos os povos.
Certamente alguém poderia argumentar: "Mas os árabes têm o direito de permanecer na terra onde já vivem há centenas de anos". Eles realmente têm esse direito. Aliás, Israel não atormenta nem afugenta ninguém que se comportar decentemente e não praticar atos terroristas. O fato é que a maioria dos "palestinos" (incluindo a família de Arafat) veio a esta terra apenas no século XX – depois que já viviam ali muitos judeus, que reconstruíram o país e criaram melhores condições de vida e muitas oportunidades de trabalho.
Levando em conta que Arafat, o suposto parceiro de Israel nas negociações do processo de paz, fala continuamente em "guerra santa" e apregoa que vai tomar toda a terra de Israel depois de receber a Judéia e a Samaria, seria uma grande irresponsabilidade, um legítimo suicídio da parte do governo israelense, entregar-lhe ainda mais territórios.
Comparando os elementos históricos que acabamos de examinar com aquilo que a Bíblia diz, vemos que não existe a menor contradição. Assim como Deus cumpriu Suas promessas para o início da existência dos filhos de Israel, Ele as cumprirá para o último tempo. O que aconteceu nesse intervalo foi igualmente dirigido por Deus, de tal forma que nenhum outro povo adquiriu direitos específicos sobre esta terra e nenhuma outra nação independente estabeleceu-se nela tendo Jerusalém por capital.
Em outras palavras, poderíamos dizer: mesmo aqueles que não conhecem a Bíblia não terão desculpas se assumirem uma postura contrária a Israel. Pois, analisando apenas os critérios históricos e humanos, fica evidente que não é Israel que tenta tomar a terra de seus vizinhos árabes ou age injustamente, porque é exatamente o inverso que acontece.
Se avaliarmos apenas o comportamento dos dois lados (independentemente de seus direitos históricos ou quaisquer que sejam), ficamos admirados em ver que um parceiro tão enganador, que rompe acordos, que é violento e brutal como Arafat e seus asseclas, consegue não apenas ser aceito à mesa de negociações mas até é bem recebido e tem seus atos aprovados internacionalmente. Quando Arafat ainda estava na Jordânia (no final dos anos 60), ele não cumpriu nenhum dos 21 acordos de cessar-fogo que firmou com o rei Hussein – até que Hussein o expulsou de seu país numa luta sangrenta em 1970 (chamada de "Setembro Negro" pelos palestinos). Ele rompeu todos os acordos firmados com Israel desde 1993, não cumprindo nenhum item do que fora estabelecido. Enquanto Arafat conseguiu extorquir alguma coisa de Israel pelos meios diplomáticos, ele se comportou de maneira relativamente pacífica, mas desde que isso não funciona mais, ele mostra sua verdadeira face e usa violência brutal.. Ainda assim, continua-se dizendo que é preciso negociar com ele. Mas quando não se age de maneira justa e se recompensa aqueles que gritam mais alto e cujos irmãos de sangue ameaçam com a arma do petróleo, não pode haver verdadeira paz.
Peres, Beilin e outros em Israel e fora do país, que iniciaram as negociações de Oslo ou as apoiaram, talvez pensavam que o arqui-terrorista e genocida Arafat iria mudar quando suas reivindicações e seus desejos fossem atendidos. Mas eles se enganaram redondamente. Também nesse caso a Palavra de Deus se revela verdadeira ao dizer: "...quando os teus juízos reinam na terra, os moradores do mundo aprendem justiça. Ainda que se mostre favor ao perverso, nem por isso aprende a justiça; até na terra da retidão ele comete a iniqüidade e não atenta para a majestade do Senhor" (Is 26.9-10).
Apesar dos crimes cometidos por Arafat serem conhecidos de todos, ele jamais foi chamado à responsabilidade. Ninguém esperava que ele se arrependesse ou pedisse perdão pelos seus atos. Alguns dos pequenos terroristas, enviados por ele, foram levados a julgamento, mas ele próprio, o manda-chuva, foi poupado e tratado como um cidadão honrado, para quem se estendeu freqüentemente o tapete vermelho. Que escárnio e desprezo para com o mínimo de senso de justiça! Seus crimes simplesmente foram encobertos e abafados. Por isso não devemos nos admirar que ele não aprendeu o que é justiça e continua trilhando seu mau caminho. Por que ele deveria mudar? Portanto, a culpa também recai sobre os países ocidentais, que o perdoaram generosamente sem que ele demonstrasse o menor sinal de remorso! Conforme a Palavra de Deus, isto é absolutamente errado, e agora estamos vendo os resultados. Os juízos divinos terão de vir, mesmo que sejam doloridos. Mas seu objetivo é reconduzir as pessoas de volta ao bom caminho. (Bruno Wenske, Haifa - http://www.Beth-Shalom.com.br)

Um comentário:

Anônimo disse...

Beleza esse artigo tiozão!!!

tem várias outras coisas que também já li a respeito:

De fato sempre teve algumas comunidades judaicas naquela região, mesmo diante da diáspora...

Tem duas coisas que, para mim, contam mais pontos na superioridade moral de Israel:

1- Muitos judeus que ali se estabeleceram entre os anos 20-60 o fizeram mediante PAGAMENTO. É como se um alemão comprasse um terreno no Brasil. Assim, é óbvio que os judeus têm direito àquele território.

2- Os árabes que vivem em Israel são bem integrados à comunidade.. a tal ponto que Israel uma vez puniu severamente um judeu que jogou uma cabeça de carneiro (uma grave ofensa) em direção a uma mesquita. Isso mostra o quanto os judeus respeitam os muçulmanos que lá residem, bem como a todos os outros estrangeiros. Do lado palestino isso existe... NAO!! Lá a intolerancia é tanta que nem sinagogas existem lá...

e tem outras coisas...


parece que esse artigo trata o Arafat, um falecido, no presente...

André Ricardo