segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

PARA QUEM IREMOS NÓS ?

JOÃO 6:60-69

Neste capitulo 6 de João, vemos Jesus Cristo ensinando a multidão que O segue. Cristo ensinava a inabilidade do homem chegar a Deus pelas suas próprias forças. Por exemplo, em versículo 44, Cristo diz, “Ninguém pode vir a Mim, se o Pai que Me enviou o não trouxer...”. E é verdade nos dias de hoje: nós jamais alcançaremos o perdão e aceitação de Deus pelas nossas próprias forças. É Deus que precisa trazer-nos, ajudar-nos, levar-nos até Si-mesmo.

Ainda no capitulo 6 de João, notamos que a multidão ao redor de Cristo começa a murmurar. Versículo 60 diz assim, “Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” Estes homens que diziam ser seguidores e discípulos de Cristo, estão ofendidos com a pregação de Cristo. Eles reclamam que as verdades que Cristo ensinava são duros, e difíceis de ouvir. Eles desejavam verdades mais suaves. Queriam que Cristo falasse sobre coisas mais confortáveis, mais bem aceitos entre os homens.

Nisso vemos o primeiro ponto que gostaria destacar, sendo: A Verdade sobre a condição do homem, nunca foi popular ou bem aceito. Quando a Bíblia fala a respeito de benções, é fácil prestar atenção. Quando um pregador fala a respeito de promessas, e milagres, e curas, as pessoas mostram muito interesse e escutam. Porém, quando a Bíblia mostra qual é a condição natural do homem, as pessoas fazem como fizeram nos dias de Cristo: eles reclamam que o discurso é difícil de ouvir.

Mas a propósito, qual é a condição natural do homem, conforme a Bíblia? Como Deus vê o homem? A Bíblia nos mostra que Deus vê o homem como sendo pecador. Por exemplo, em Salmos 14:2,3 diz assim, “O Senhor olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. | Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um.” Esta é a realidade humana. Deus nos vê como sendo desviados, sem entendimento, e sem desejo de buscar a Deus. Realmente, Deus nos vê de uma maneira diferente do que nós nos vemos. Uma outra passagem Bíblica, Romanos 3:23, diz assim: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” Esse versículo nos mostra que todos nos temos pecado, e esse pecado faz-nos ser destituídos da glória de Deus. Ou em outras palavras, o nosso pecado é um obstáculo na nossa aceitação perante Deus.

Esse pecado, ela é somente aqueles atos terríveis? Como os crimes que vemos hoje em dia, os roubos e assassinatos que ocorrem nas nossas cidades? Bom, a própria Bíblia define o que é o pecado, e podemos ler essa descrição em I João 3:4, que diz, “Qualquer que comete pecado, também comete iniqüidade; porque o pecado é iniqüidade”. O pecado, então, é tudo aquilo que vá contra os princípios que Deus tem estabelecido.

Essa descrição do pecado, como também a descrição do homem como sendo pecador, não é uma verdade bem aceita hoje. Como temos visto, A Verdade sobre a condição do homem, nunca foi popular ou bem aceito.

Vamos voltar ao capitulo 6 de João, onde já notamos que os homens que seguiam a Cristo estavam murmurando contra Ele. Agora, gostaria ler de versículos 61-66, e esses versículos citam qual foi à resposta de Cristo aos homens que murmuravam. (Lemos)

Perceba a maneira que Cristo respondeu á aqueles homens: Ele não pediu desculpas, nem tentou oferecer uma outra verdade mais aceitável. Ele não procurou retirar o que disse, mas ainda em versículo 63 Ele reafirma o que disse. Versículo 63: “O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida”. Cristo reafirma que a carne do homem – aquilo que vem da natureza pecaminosa do homem – não presta perante Deus. Apenas aquilo que Cristo tem dito, tem aproveito pois - como diz o versículo – as palavras de Cristo são espírito e vida.

Podemos destacar um ponto nessa atitude de Cristo: que Cristo nunca abriu mão da verdade. Conforme já lemos, em versículo 66, diz, “Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com Ele”. Alguém poderia perguntar, “Não teria sido melhor se Cristo modificava a Sua posição sobre esse ponto ou aquele, para não perder aqueles discípulos que tornaram para trás? Não teria sido melhor se Cristo deixava de pregar ou enfatizar certas doutrinas para não ofender aqueles seguidores?” Hoje em dia, podemos observar que ha muitas igrejas que mudam de posição conforme muda a opinião publica. Assim, as igrejas continuem cheias e bem aceitas. Mas, cabe a nos perguntar...Será que é isto que importa? Nesta passagem em João, notamos que o alvo do ministério de Cristo não era arrecadar o maior numero de fies. Cristo não veio a terra para correr atrás de seguidores. Ele não fazia coleção de discípulos. Certa vez, Cristo estava na casa de um homem chamado Zaqueu, um judeu, e Cristo explicou a ele qual era o alvo do Seu ministério. Achamos essa explicação em Lucas 19:10, que diz assim: “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido”. O propósito da vinda de Cristo foi buscar e salvar aqueles que caminham para a perdição eterna. O alvo das pregações de Cristo era de declarar a necessidade e a realidade da salvação. Por isso, Cristo nunca abriu mão da verdade.

Bom, vamos novamente ao nosso texto, em João capitulo 6, e vamos ler os próximos versículos, os versículos 67-69. (Lemos)

Notamos primeiramente em versículo 67, que Cristo faz uma pergunta aos doze discípulos. Ele diz, “Quereis vós também retirar-vos?” Os multidões estão indo embora, quereis vós também retirar-vos? E realmente, se nos estamos seguindo a Cristo somente para observar as suas promessas ou a suas benções, nos também, um dia ou outro, deixaremos de segui-lo. Se nós nos chamamos de “crente” simplesmente porque temos experimentado uma emoção forte ou freqüentado uma igreja, não temos base para afirmar que é Cristo que nos guia. Certa vez, Cristo disse a um grupo de judeus, em João 8:31, “Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos”. Neste versículo, Cristo ensina que os verdadeiros seguidores são os seguidores obedientes a Sua palavra. Como já temos visto, apenas as palavras de Cristo são espírito e vida. Se usamos experiências ou emoções, para tentar ser aceito por Deus, as nossas tentativas são sem aproveito, pois a nossa carne para nada aproveita.

Tomara que você esta seguindo a Cristo somente. Pois qualquer coisa além de Cristo é insuficiente a te salvar. O próprio Simão Pedro reconheceu esta verdade. Vejamos a sua resposta ao pergunta que Cristo tinha feito. Vamos ler o 68 de João capitulo 6.

João 6:68: “Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna”.

Ao responder a pergunta que Cristo tinha feito, Simão Pedro faz outra pergunta: “Para quem iremos nós?” É bom nos considerarmos essa pergunta. Se somos pecadores e se somos verdadeiramente destituídos da gloria de Deus, então necessitamos do perdão divino. Como alcançamos esse perdão? Ou para quem iremos nós?

Hoje em dia, o mundo gosta de oferecer respostas a esta pergunta. O mundo sugere que usamos repetições: repetições de orações, repetições de tradições (?), repetições de maneiras de viver ou modos de falar. Tem os que ensinam que podemos conseguir o perdão de Deus, se irmos varias vezes a uma mesma igreja, ou repetirmos varias vezes uma frase. Cristo falou a respeito destas repetições, e Ele os chamou de vãs repetições em Mateus 6:7. Vamos ler aquele versículo, em Mateus 6:7. “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos”. Esse versículo indica que as nossas repetições têm pouco efeito no nosso estado espiritual. Não seremos salvos por falar ou fazer algo repetidamente.

Notamos também uma outra sugestão que o mundo faz, ao tentar responder a pergunta, “Para quem iremos nós?”. O mundo sugere que possamos ser salvos através das obras. É ensinado que possamos alcançar a salvação se: praticamos boas obras, ou seguimos uma lista de regras, ou se fizermos boas obras na nossa cidade. Será que é através das nossas próprias mãos que alcançarmos o favor de Deus? Isaias 64 versículo 6 nos mostra que não. Isaias 64:6: “Mas, todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam”. Perceba a maneira que a Bíblia refere às nossas obras de justiça como sendo trapos da imundícia aos olhos de Deus. Não será através destes “trapos” que chegaremos ao céu.

Então a pergunta continua: para quem iremos nós? O Simão Pedro responde a sua própria pergunta, em nosso texto de João 6, versículo 68: “Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna”. A vida eterna se acha em Cristo! O que o homem carnal não pode alcançar nem as Igrejas conceder, Cristo tem em Si mesmo. Em I Timóteo 2:5,6, claramente diz, “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. | O qual Se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo”. Jesus Cristo é o único e suficiente Mediador entre os homens pecadores e o Deus de gloria. Ele tem Si dado como redenção e cabe a nos correr a Ele e confiar na Sua suficiência.

A Bíblia mostra a nossa responsabilidade perante Deus. Certa vez Cristo pregava em Galiléia e enfatizou que é necessário que arrependemosnos dos nossos pecados e cremos no único Mediador. Vemos essa pregação de Cristo em Marcos 1:14,15.

Conclusão: Você esta a procura do perdão de Deus? Não procura nas suas abilidades, nem confia nas suas próprias obras. Confie no sacrifício que Cristo fez na cruz, pois somente a Ele devemos ir. Tomara que você esta confiando em Cristo somente, pois só Ele é suficiente.

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