quarta-feira, 17 de novembro de 2010

CONHECER É DIFERENTE DE OUVIR FALAR

“Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos.” Jó 42:5

Este é um livro excelente, só neste livro Deus é chamado de TODO-PODEROSO 31 vezes. Mais do que no restante de toda Bíblia.

Um ser humano pode até ter conhecimento a cerca de Deus, saber que Cristo morreu por ele, escrever livros sobre a vida espiritual, compor hinos de louvor à Deus, pode chegar à ser presidente de uma grande denominação religiosa e ter cargos importantes na igreja, sem nunca chegar a conhecer Deus de forma vital, pessoal e verdadeira. “ A.W..Tozer

Esta é uma dura realidade nas igrejas do século XXI. “E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração.” (Jer 29:13) E NUNCA, COM NADA MENOS QUE ISSO! “todo o vosso coração”

Mas isto se refere a quem ou a o que?

Será que se refere ao podemos conseguir de DEUS?

Será que se refere ao que DEUS pode nos oferecer?

Será que se refere ao que DEUS pode dar?

Primeiramente temos de entender que esta é uma busca consciente, certa, centrada e uma busca objetiva. Sim o texto diz “buscar-me-eis”. O texto fala de uma busca a Deus para uma vida de conhecimento, de comunhão, de consagração, de dependência, de serviço, de adoração, de compromisso etc.

Os números mostram que muitos desistem antes:

Abandonam a luta, não resistem às inúmeras investidas do mundo, da carne e do diabo para impedir seu progresso.

Fatalmente, saindo ou permanecendo na igreja, se deixam desviar do único e sublime alvo da vida cristã: conhecer a Deus!

E assim se dão por contente em apenas em ouvir falar, seguem seu “relacionamento enganoso” religioso falando, louvando e orando, num monólogo. Procuram se dirigir a alguém que lhes é um absoluto estranho, alguém que só conhecem através de livros, da tv e da boca de terceiros, e seguem assim em uma religiosidade oca, nunca chegam a experimentar como Jó: “Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos. (Jó 42:5)

É claro que Jó não viu a Deus, mas ele fala da experiência que tivera com o Deus de misericórdia.

Como Paulo relata: “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo, Para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurreição, e à comunicação de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte;” (Fil 3:7,8,10)

Jó se manteve fiel e conheceu ao verdadeiro Deus nas duras experiências que todos estamos sujeitos neste mundo que jaz no maligno.

1) Jó reconheceu a soberania de Deus.

“Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido.” (Jó 42:2)

Jó tinha orado, anteriormente, para ver seu Redentor de uma maneira especial, sublime: “Vê-lo-ei, por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros o contemplarão; e por isso os meus rins se consomem no meu interior.” (Jó 19.27)

Que diferença de muitos de hoje em dia que pensam poder dar ordens a Deus, determinando, exigindo, ordenando. Certamente se Jó vivesse em nossos dias alguns diriam para ele fazer uma campanha da fogueira santa, de sete sextas feira, uma semente de fé, começasse uma campanha de batalha espiritual para expulsar o devorador e os espíritos malignos de sua vida etc.

Jó reconheceu a soberania de Deus sobre tudo que ele possuía, ele sabia que tudo que um homem tem é porque do alto lhe foi concedido. “Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra mim, se de cima não te fosse dado; mas aquele que me entregou a ti maior pecado tem.” (Jo 19:11)

Então Jó pode reconhecer a soberania de Deus sobre que ele havia recebido. “E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu...” (Jó 1:21) É maravilhoso como em cada circunstancia de sua vida Jó pode ver Deus, no que tinha perdido, no que estava passando e no que ainda receberia. “Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre.Porém ele lhe disse: Como fala qualquer doida, falas tu; receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.” (Jó 2:9, 10)

2) Jó aprendeu adorar a Deus na adversidade na dificuldade e permanecer fiel.

“E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou: bendito seja o nome do SENHOR” (Jó 1:21)

Esse tipo de adoração é praticamente desconhecido em nossos dias, adorar e glorificar a Deus em meio as dificuldades, enxergar a Deus por entre as espessas nuvens das dificuldades, dos problemas, dos apertos. Apesar de tudo conseguir olhar para DEUS com os olhos da esperança, da confiança como Jó mesmo disse: “Ainda que ele me mate, nele esperarei;...” (Jó 13:15)

A adoração de Jó e sua confiança em Deus em meio a tormenta que ele enfrentava em sua vida é algo simplesmente maravilhoso “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra.” (Jó 19:25)

A presença de Deus na vida de Jó foi maravilhosa no sentido de preservação de sua vida. Através dessa experiência pessoal, Jó foi transformado por uma disposição de perdoar, uma renovada confiança na bondade de Deus e uma experiência do amor divino que lhe transmitia confiança.

3) Deus não desampara os seus servos fieis.

O manifestar de Deus na vida de Jó pela experiência que ele teve com Deus, é uma garantia a todos os fiéis de que o Senhor considera as nossas sinceras indagações ao enfrentarmos provações e sofrimento muitas vezes sem explicação. Mas temos a certeza que por fim sairemos vencedor E o SENHOR virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o SENHOR acrescentou, em dobro, a tudo quanto Jó antes possuía. E assim abençoou o SENHOR o último estado de Jó, mais do que o primeiro...” (Jó 42:10)

“Então morreu Jó, velho e farto de dias.” (Jó 42:17)

– Marcelo de Oliveira Lima

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