quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Simples reflexão sobre a criança e o adulto espirituais


“Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser adulto, acabei com as coisas de menino” I Cor. 13:11.
Paulo ao escrever este trecho das Escrituras Sagradas via na igreja de Corinto a profunda necessidade de crescimento espiritual àqueles crentes que até então, recusavam-se, muitos deles, a crescer.
Desejo, baseado nesta passagem, assinalar alguns contrastes que percebo entre o menino e o adulto na vida espiritual. Ei-los:
1 – O menino está sempre apegado ao seu ego, portanto tudo o que faz é para satisfação própria.
2 – O adulto tem maturidade suficiente para entender que a glória dos homens é vazia e de pouca duração.
3 – O menino adora brincar de adulto, falar como adulto, se vestir como adulto, e dizer pra todo mundo que é adulto, mas quem olha pra ele sabe que ele é menino.
4 – O adulto simplesmente é! Não tenta convencer ninguém de sua maturidade, não faz propaganda de sua maturidade, tampouco a exibe, porém quem lho conhece intimamente, sabe que ele é maduro.
5 – O menino não se responsabiliza pelas suas escolhas, quando escolhe errado, culpa a Deus, ao Diabo, aos homens e aos anjos.
6 – O adulto assume suas escolhas, certas ou erradas ele as encara com maturidade, mesmo sofrendo procura levantar-se diante da vida e seguir em frente.
7 – O menino adora os “vivas”.
8 – Para o adulto, tanto faz os vivas como as vaias.
9 – O menino se revolta facilmente, busca cúmplices para sua mediocridade, adora fazer joguinhos políticos do tipo “Com certeza ganharei algo com isso” e mais, desconfia de todos porque não é confiável, critica a tudo e a todos mas não suporta críticas, é muito “sincero” com as pessoas mas não agüenta sinceridade, sente prazer na queda do irmão, mesmo que este prazer se disfarce de mórbida “comoção”.
10 – O adulto cresceu, amadureceu, por isso mesmo sabe que pode ficar sozinho a qualquer momento, sabe que as emoções humanas são traiçoeiras, sabe respeitar o ser humano e não as aparências, sabe que seu pior inimigo é ele mesmo, conhece seu lado de luz e escuridão, seu lado bom e perverso, seu ego e sua “sombra”.
Por isso, no contexto de Coríntios 13, o versículo 13 coloca a fé, a esperança e o amor como dádivas sublimes, porém, ao menino creio ser possível ter fé e esperança, mas o maior destes que é o amor, só é reservado aos adultos espirituais.

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