sábado, 26 de janeiro de 2008

ESSAS MULHERES MARAVILHOSAS E SEUS FILHOS AMADOS

Onde quer que olhemos elas estão lá com um no colo, um na barriga, dois pelas mãos
“Quem é esta que aparece como a alva do dia, formosa como a lua, brilhante como o sol, formidável como um exército de bandeiras?” (Ct. 6:10)
É a auxiliadora que Deus fez para estar com o homem. É carne de sua carne e osso de seus ossos. Ela se chamará varoa, porquanto do varão foi tomada para serem ambos uma só carne. É a submissa Sara. É a dedicada Rebeca que abriu mão da família para atender a uma orientação de Deus para se casar com Isaque. Mais tarde fez cumprir o plano de Deus que falava: “O mais velho servirá ao mais moço”. Valorosa é também Débora, mulher profetiza, esposa de Lapidote, juíza que se levantou por mãe em Israel; profetizou uma vitória e comandou presen­cial­mente a batalha cuja honra coube a uma mulher. Maravilhosa é Ana que orou por um filho e ao receber a graça, entregou-o ao serviço do Senhor como havia prometido. Pv. 14:1 diz que a mulher sábia edifica sua casa, e o Pv. 31 faz uma verdadeira apologia à mulher virtuosa cujo valor excede ao de finas jóias. Seus filhos a chamam ditosa e seu marido a louva dizendo: “muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tú a todas sobrepujas.”
Muitas mulheres se destacaram no Antigo e no Novo Testamento, mas uma delas teve a importância maior pela gran­dio­sidade e conse­qüên­cia de seu ato: Maria. A virgem que achou graça diante de Deus para trazer ao mundo o Salvador da humanidade. Ainda hoje, em nossos dias, temos presenciado muitas mulheres que não têm cedido à malignidade e têm resistido às intempéries do mundo moderno e, despojando-se de si mesmas, têm se atirado como lobas ferozes em defesa de sua ninhada. São mulheres modernas, mas que não seguem o modernismo do século. Escolhem viver para Deus e Sua obra. São mulheres que se guardam, são mulheres que lutam. Nasceram, por uma questão de tempo­ra­li­da­de, num mundo onde apesar de serem mulheres, ter que gerar filhos, cuidar deles e de suas casas, têm que duplamente trabalhar como os homens e trazer como homem o sustento para seus filhos. Elas têm que ser pai e mãe ao mesmo tempo. Outras mulheres foram abandonadas pelos seus maridos e sozinhas têm que arcar com o peso da responsabilidade da criação de seus filhos. São guerreiras. Muitas erraram mesmo; e hoje estão colhendo o que plantaram. Muitas pecaram e não são poucos os seus pecados. Mas Deus, que não desampara ninguém, capacitou essas mulheres com uma força descomunal, para se levantarem como guerreiras e lutarem por seus filhos. Para elas não há coisa difícil ou complicada quando se trata de cuidar de sua prole. Saem de madrugada, dormem tarde, trabalham na rua, trabalham em casa, correm pra cá e pra lá, fazem as compras, arrumam as roupas, a casa, levam filhos para escola, buscam na ginástica, costuram a roupa que estragou, levantam de madrugada para dar remédio, cobrir os filhos, atendem todos os chamados e, quando se deitam, dizem: – Graças a Deus que este dia foi muito bom.
As desabonadas sofrem ainda mais, pois, além de trabalhar árduamente de sol a sol, ainda têm que carregar junto uma pequena creche de 4 a 6 filhos, cada um de um pai, e que elas não abandonam por nada deste mundo. Fazem todo tipo de erro, mas o amor pelos filhos e a garra para trabalhar para eles é louvável e temos que tirar o chapéu para elas. Mais uma vez eu digo: erraram, pecaram, procederam mal, mas não é isto que estamos exaltando. Aliás nem é a elas que devemos louvar mas a Deus que as criou assim. O que está em questão aqui é a atitude delas se levantando com a força natural que Deus lhes deu para assumir o erro; enfrentá-lo de frente e receber em si mesmas as devidas punições conseqüentes dos próprios atos, sem reclamar. Vemo-las por todos os lados. Nas ruas, nas praças, nos sinais de trânsito vendendo balas, nas praias vendendo espetinhos, nos postos de saúde levando os filhos, nas portas das escolas com as crianças, enfim, onde quer que olhemos elas estão lá com um no colo, um na barriga, dois pelas mãos e, às vezes, alguns andando atrás delas. “Todavia será preservada pela sua missão de mãe” (I Tm. 2:15). Aí compreendemos esse provérbio. Pois apesar do quadro social terrível dessas mulheres, podemos ver nelas o amor de Deus, mesmo que elas desconheçam isso, dando a elas força, saúde e sabedoria para cuidar daquela prole que, na verdade, não pertence a elas, mas a Deus. “Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão” (Sl 127:3)
Mulheres amadas, levantemo-nos como mães em Israel. Levan­temo-nos como Débora para lutar por nossos filhos: em oração, em batalhas e nos cuidados com eles, pois essa é a nossa missão. Isto é que prevalece em nós para Deus. Quando houve a queda e Deus amaldiçoou a terra por causa do pecado, coube ao homem a condenação do trabalho para o sustento da casa e coube à mulher a função de gerar filhos e de se submeter ao seu marido. Ordem de Deus é ordem de Deus. Não adianta lutar contra. Não vamos sair do lugar como não saíram as feministas até hoje. Tudo o que conquistaram foi o direito de trabalhar como o homem e viverem como homens com suas liberdades sexuais. Mas adquiriram também os mesmos deveres deles, ou seja, o de ser pai, trazendo o sustento e a provisão para os filhos. E não poucas vezes, também para o marido que tranquila­mente aguarda em casa sua mulher chegar do trabalho. Esses homens são preguiçosos? Nem sempre. Simplesmente sua vaga no emprego foi ocupada pela sua mulher. Os papéis se inverteram. A mulher que era valorizada pelo homem por causa da maternidade, que lhe dava privilégios, honra e glórias, buscou o ser igual a ele e chegou a essa situação de humilhação.Agora, além da maternidade com seus encargos e preocupações, ela tem também sobre si o peso da responsabilidade financeira.
Amadas, não foi Deus quem instituiu essa carga sobre seus ombros. Ele deixou bem claro e determinado em Gn 3:16-19, o papel e a função de cada um. Em Deus não existe superior ou inferior mas papéis determinados para que essa orquestra que é a família funcione har­mo­niosa­men­te. Como posso ser boa e eficiente mãe, cuidando bem de minha casa, se tenho que estar dividida com as questões financeiras deste século? São lutas empresa­riais, balanços financeiros, piso salarial, déficits financeiros, crises econômicas, etc. Isso não combina, minhas amadas, com fralda, mamadeira, sopinha, banho de sol e parquinho. A maternidade demanda tempo, abnegação, dedicação, entrega, paciência. O que não acontece no mundo dos negócios, que exige pressa, horário, disputa de cargo, competi­tivi­da­de. Eu sei, queridas, que em nossos dias, isso não é mais uma opção mas, necessidade. Caímos na malha do mundo tramada por nós mesmas, onde tais procedimentos são exigências até por parte dos maridos, que dizem: “estou casando para somar e não para dividir”. Como se a maternidade não fosse soma no casamento. Há uma tendência generalizada de se valorizar somente o que traz retorno financeiro porque o dinheiro é o deus do nosso século. As mais jovens não podem entender essa fala porque já nasceram nesse contexto. Sei que a própria sociedade, que até os anos 60 chamava de prostituta a mulher que trabalhava fora de casa, hoje chama de preguiçosa aquela que se dedica aos filhos. Os tempos mudaram e os discursos também. Mas nosso Deus e sua palavra são imutáveis. Porque todos seguem hoje um padrão mundano, não significa que nós mulheres cristãs também precisemos segui-lo. Levantemo-nos como mulheres modernas sim, mas mulheres cristãs que sabem porque estão fazendo isto ou aquilo. Que sabem porque trabalham ou não trabalham. Que planejam. Que conquistam. Que vencem. Não porque o mundo nos empurra, mas porque temos um Deus que nos orienta, que nos aconselha e que nos dirige. Temos a Bíblia como base para nossa vida e temos o Espírito Santo para sustentar a nossa fé. Levantemo-nos como guerreiras, como mulheres de Deus que somos, com garra. Demonstremos o varão que há dentro de nós, nos deixando conduzir pelo Espírito Santo. “Os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Rm 8:14). Coloquemos as coisas nos seus devidos lugares. Busquemos o conselho de Deus em nossos diálogos com nossos esposos nas decisões à respeito dos filhos e do trabalho secular. Sejamos sim, mulheres modernas, mas orientadas por Deus em tudo para o louvor, honra e glória do nosso Senhor Jesus Cristo.

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