domingo, 16 de dezembro de 2007

CORAGEM PARA DIZER A VERDADE

Coragem para dizer a verdadeO jornal alemão "Die Welt" chamou Yasser Arafat de "belicista"
Apesar de ter recebido o Prêmio Nobel da Paz, Arafat continuou um homem de armas, de lutas, de amargura.
A importante publicação comentou sobre a história do Oriente Médio:
...ela não indica um final feliz. O drama no Oriente Médio retorna constantemente ao início, como se um misterioso poder estivesse apertando constantemente a tecla de repetição... De forma obstinada, Arafat conseguiu determinar a política dos palestinos durante meio século, até ser identificado completamente com ela. Hoje ele é um fracassado, um traidor, um velhaco, mas continua sendo o único capaz de unir os palestinos (se é que isso é possível). Se houvesse ao menos um mínimo de justiça no mundo, deveria ser cancelado seu Prêmio Nobel da Paz, pois ele provocou exclusivamente conflitos... [Apesar de ter recebido essa honraria,] Arafat continuou um homem de armas, de lutas, de amargura. Sua noção de política e de poder é a da militância. No final das contas, ele não mudou – exceto que suas feições se tornaram cada vez mais agressivas. Arafat é uma figura desagradável, que reúne apenas subservientes à sua volta e os comanda. Seu rosto é incapaz de esboçar um sorriso, porque parece que não o deseja. Ele é representante de um povo que cultua o sacrifício e só vê a realização do próprio impulso de liberdade na destruição do lado oposto... Infelizes dos palestinos, que desperdiçaram, desprezaram e perderam suas chances, porque não foram capazes de se libertar das amarras do sistema de clãs e do despotismo, tendo um líder que prefere ser mártir a moderador.
Essas são palavras claras, apropriadas, raramente ouvidas da parte dos políticos mundiais. Para muitos deles, Arafat continua sendo o único interlocutor – não lhes importando se assim agem traiçoeiramente com Israel. O fracassado primeiro-ministro palestino Mahmoud Abbas, por exemplo, teve que abandonar seu cargo porque os europeus foram dúbios com relação a ele e não o fortaleceram diante de Arafat. A este, entretanto, eles continuam dando as mãos e o apoiando em sua obstinação ditatorial. Desse modo, eles contribuem para que não haja paz e para que prossiga o "culto ao sacrifício" dos palestinos, que só buscam a aniquilação dos israelenses.
Infelizmente, até entre os cristãos as opiniões sobre o Oriente Médio são inacreditavelmente confusas. Durante uma conferência, por exemplo, veio falar comigo um participante que só tinha acusações contra Israel e o primeiro-ministro Sharon. Quanto aos palestinos, entretanto, ele manifestava compreensão e quase nada dizia sobre o terrorismo e o comportamento de Arafat. Muitos líderes eclesiásticos também não têm atitudes bíblicas e cristãs com relação a Israel. Isso me faz lembrar das palavras do Salmo 52.4: "Amas todas as palavras devoradoras, ó língua fraudulenta".
O misterioso poder da "tecla de repetição" que impede a paz deve-se, em parte, à posição dúbia do Ocidente com relação ao terrorismo em Israel. Não há consenso em reconhecer o direito de Israel, não se condena o terrorismo com veemência e, assim, deixa-se explodir as chamas do ódio. Se o Ocidente se unisse na condenação das organizações terroristas e reagisse de forma coerente, provavelmente já teria sido alcançada a paz.
Por outro lado, do ponto de vista espiritual, o fracasso dos esforços para se obter a paz se deve ao fato de que ela só poderá ser alcançada através do Messias, de Jesus Cristo. Israel será conduzido ao ponto em que terá de reconhecer, como o paralítico junto ao tanque de Betesda: "Senhor, não tenho ninguém..." (Jo 5.7). Nenhum homem, nenhuma nação, nenhum presidente e nenhuma organização pode libertar Israel das negociações de paz "paralisadas". Para tanto é necessário o encontro pessoal com o Messias. Da mesma forma como o paralítico foi ajudado por Jesus num sábado, também Israel experimentará o Seu auxílio e o povo judeu será conduzido ao descanso sabático pelo Messias. Como cristãos que confiam na Bíblia, essa esperança nos dá tranqüilidade.
Ao mesmo tempo, lembramos do povo palestino, que sofre sob seus líderes. Lemos em Zacarias 9.5-7: "Asquelom o verá e temerá; também Gaza e terá grande dor; igualmente Ecrom, porque a sua esperança será iludida; o rei de Gaza perecerá, e Asquelom não será habitada. Povo bastardo habitará em Asdode, e exterminarei a soberba dos filisteus. Da boca destes tirarei o sangue dos sacrifícios idólatras e, dentre os seus dentes, tais abominações; então, ficarão eles como um restante para o nosso Deus; e serão como chefes em Judá, e Ecrom, como jebuseu". O domínio tirânico sobre o povo palestino desaparecerá; a soberba das organizações terroristas será derrubada, os atentados suicidas acabarão e um remanescente dos palestinos será incorporado ao povo e à terra de Israel (veja Ez 47.22-23). Maranata, vem em breve, Senhor Jesus!

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